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24/11/2003
-
09h04
da Folha de S.Paulo
Um plano de aposentadoria é diferente de um investimento em um fundo qualquer, ainda que também sirva para juntar dinheiro. "Ao contratar um plano de previdência, o cliente compra um seguro para garantir o futuro", diz Márcia Dessen, diretora do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.
A seguradora cobra para assumir o risco de o cliente viver mais do que o projetado com base em estatísticas. "O risco de quem investe em previdência é morrer cedo ou a seguradora quebrar no caminho", afirma Dessen.
Para o plano valer mais que um fundo de investimento, o cliente tem de poder diferir (adiar) o imposto, não tocar no dinheiro aplicado, nem pagar taxas altas.
No quadro acima, Valter Hime, da Aon Consulting, faz uma comparação entre previdência e fundo de investimento. Ele considerou taxas de administração de 1% e de carregamento de 2% nos planos.
Contratar um plano desses em dezembro e resgatar tudo em janeiro para comprar um carro é mais comum do que se imagina.
"Se era para sacar tão rápido, um fundo de investimento teria sido melhor. Teria pago 20% de imposto e não 27,5%. O resgate anulou o benefício fiscal ", diz.
Planejamento
Retirar só uma parte também é perder dinheiro. O cliente não conseguirá bater a rentabilidade dos fundos de investimento e se distanciará do montante que queria juntar para a aposentadoria.
Para Hime, antes do plano de previdência, a pessoa precisa acumular quantias separadas destinadas a emergências e gastos como compras e viagens.
"Quem, mesmo com pouco dinheiro, investir em previdência, tem que esquecê-la. Não pode nem receber extrato do fundo de aposentadoria para não cair em tentação", afirma Hime.
Quem está convencido de que quer esse seguro para garantir renda futura deve se apressar.
Retardar o início dessa poupança significa investir quantias maiores por mês e ter menos vantagens com os juros sobre juros.
Para uma aposentadoria mensal de R$ 5.000, o cliente que tiver 30 anos para poupar terá que aplicar R$ 143 por mês. Quem tiver apenas 10 anos, terá que guardar todo mês R$ 2.173, segundo estimativas da FGV.
Plano de aposentadoria funciona como um seguro
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Um plano de aposentadoria é diferente de um investimento em um fundo qualquer, ainda que também sirva para juntar dinheiro. "Ao contratar um plano de previdência, o cliente compra um seguro para garantir o futuro", diz Márcia Dessen, diretora do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.
A seguradora cobra para assumir o risco de o cliente viver mais do que o projetado com base em estatísticas. "O risco de quem investe em previdência é morrer cedo ou a seguradora quebrar no caminho", afirma Dessen.
Para o plano valer mais que um fundo de investimento, o cliente tem de poder diferir (adiar) o imposto, não tocar no dinheiro aplicado, nem pagar taxas altas.
No quadro acima, Valter Hime, da Aon Consulting, faz uma comparação entre previdência e fundo de investimento. Ele considerou taxas de administração de 1% e de carregamento de 2% nos planos.
Contratar um plano desses em dezembro e resgatar tudo em janeiro para comprar um carro é mais comum do que se imagina.
"Se era para sacar tão rápido, um fundo de investimento teria sido melhor. Teria pago 20% de imposto e não 27,5%. O resgate anulou o benefício fiscal ", diz.
Planejamento
Retirar só uma parte também é perder dinheiro. O cliente não conseguirá bater a rentabilidade dos fundos de investimento e se distanciará do montante que queria juntar para a aposentadoria.
Para Hime, antes do plano de previdência, a pessoa precisa acumular quantias separadas destinadas a emergências e gastos como compras e viagens.
"Quem, mesmo com pouco dinheiro, investir em previdência, tem que esquecê-la. Não pode nem receber extrato do fundo de aposentadoria para não cair em tentação", afirma Hime.
Quem está convencido de que quer esse seguro para garantir renda futura deve se apressar.
Retardar o início dessa poupança significa investir quantias maiores por mês e ter menos vantagens com os juros sobre juros.
Para uma aposentadoria mensal de R$ 5.000, o cliente que tiver 30 anos para poupar terá que aplicar R$ 143 por mês. Quem tiver apenas 10 anos, terá que guardar todo mês R$ 2.173, segundo estimativas da FGV.
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