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27/11/2003 - 10h05

Para BC, consumo também começa a se recuperar

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SANDRA MANFRINI
da Folha Online, em Brasília

Os indicadores sobre o nível de atividade estão confirmando o cenário de recuperação econômica a partir do terceiro trimestre deste ano. A avaliação é do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central que constatou, em sua última reunião, que "começa-se a delinear de forma mais clara o quadro de recuperação do consumo, cuja recuperação tem sido mais lenta do que a verificada na produção".

De acordo com a ata da reunião do Copom, divulgada hoje pelo BC, a previsão é de que a trajetória de recuperação do consumo se consolide nos próximos meses. A razão para esse movimento seriam as melhores condições de crédito, a recuperação progressiva da renda real em função dos recentes dissídios salariais e dos resultados recentes no mercado de trabalho.

"No curto prazo, a recuperação do consumo deverá ser sustentada ainda pelo pagamento do décimo-terceiro salário num contexto de expectativas mais favoráveis em relação à economia", diz a ata.

O Copom avaliou ainda que outro resultado importante para a consolidação do cenário de melhora da atividade econômica foi a evidência de que o investimento começa a apresentar sinais de recuperação. De acordo com dados do BC, em setembro, houve um aumento de 11,4% da absorção de bens de capital, na comparação com o mês anterior. Esse indicador corresponde à soma da produção e das exportações líquidas de bens de capital e, segundo o BC, é um bom indicador de investimento da economia.

"O aumento de investimento reforça a avaliação do Copom de que o crescimento da economia se dará de forma balanceada, sem pressões inflacionárias, com aproveitamento do excesso de capacidade ociosa no período inicial e, posteriormente, com aumento da capacidade instalada", diz a ata.

Com relação ao cenário externo, a avaliação feita pelo Copom foi de que, nos "últimos meses, tem aumentado a probabilidade de ocorrência de um cenário de recuperação sincronizada da economia mundial, com perspectivas favoráveis para as três grandes economias: Estados Unidos, Europa e Japão".

Além disso, segundo a ata, as perspectivas de crescimento para as economias emergentes são as melhores em vários anos. Para o Copom, o melhor desempenho da economia mundial vai permitir condições mais adequadas de liquidez internacional, o que deve aumentar a demanda pelas exportações brasileiras. Assim, a avaliação do BC é de que a recuperação econômica do Brasil no próximo ano possa ocorrer sem pressões significativas sobre o balanço de pagamentos e também sobre a taxa de câmbio.
 

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