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01/12/2003
-
11h09
SANDRA MANFRINI
da Folha Online, em Brasília
Os analistas e economistas do mercado financeiro reduziram a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas pelo país) para este ano de 0,68% para 0,30%.
A nova projeção consta da pesquisa semanal realizada pelo Banco Central junto aos economistas do mercado financeiro e é menor que a previsão com que trabalha o governo agora, de crescimento de apenas 0,40%. Para 2004, os analistas mantiveram a previsão de crescimento de 3,5%.
As estimativas mais pessimistas são resultado da divulgação do PIB do terceiro trimestre na semana passada. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB cresceu só 0,4% em relação ao segundo trimestre. O resultado ficou bem abaixo das estimativas do mercado, que esperava alta de 1% a 3%.
No entanto, para incentivar o reaquecimento da combalida economia brasileira os analistas de mercado apostam agora que o BC fará um corte maior que o esperado na taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic.
Segundo a pesquisa divulgada hoje, o mercado espera um corte de 1 ponto percentual em dezembro, reduzindo a taxa para 16,5% ao ano. Até a semana passada, a expectativa era de um corte de só 0,5 ponto.
Inflação
O crescimento menor, no entanto, favorece a redução da inflação, já que os empresários são obrigados a baixar preços para disputar mercado em um cenário de demanda fraca.
Com isso, pela sexta semana consecutiva os analistas reduziram a previsão do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para os próximos 12 meses, desta vez de 5,89% para 5,80%. Para este ano, a projeção também caiu, pela quinta vez consecutiva, de 9,23% para 9,19% e, para 2004, foi mantida em 6%.
Com relação à inflação de novembro, a expectativa do mercado é de que o IPCA fique em 0,35%, contra uma previsão de 0,38% da semana anterior. Para dezembro, as projeções também caíram de um IPCA de 0,46% para 0,45%.
Com relação à taxa de câmbio, a estimativa para o final deste ano continua apontando para uma taxa de R$ 3,00 e, para 2004, R$ 3,25. Já a relação dívida líquida/PIB deverá fechar 2003, segundo os analistas, em 57,7% e não mais em 57,6% como previsto anteriormente. Em 2004, essa relação cairia para 56%.
Para a balança comercial, foi mantida a previsão de superávit de US$ 23,5 bilhões em 2003, a mesma do Banco Central, e, para 2004, a projeção subiu de US$ 18,10 bilhões para US$ 18,33 bilhões.
Os analistas também mantiveram a estimativa de ingressos de investimento estrangeiro direto neste ano de US$ 9 bilhões e de US$ 12 bilhões para 2004.
Mercado vê alta de só 0,3% do PIB e corte de 1 ponto nos juros
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da Folha Online, em Brasília
Os analistas e economistas do mercado financeiro reduziram a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas pelo país) para este ano de 0,68% para 0,30%.
A nova projeção consta da pesquisa semanal realizada pelo Banco Central junto aos economistas do mercado financeiro e é menor que a previsão com que trabalha o governo agora, de crescimento de apenas 0,40%. Para 2004, os analistas mantiveram a previsão de crescimento de 3,5%.
As estimativas mais pessimistas são resultado da divulgação do PIB do terceiro trimestre na semana passada. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB cresceu só 0,4% em relação ao segundo trimestre. O resultado ficou bem abaixo das estimativas do mercado, que esperava alta de 1% a 3%.
No entanto, para incentivar o reaquecimento da combalida economia brasileira os analistas de mercado apostam agora que o BC fará um corte maior que o esperado na taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic.
Segundo a pesquisa divulgada hoje, o mercado espera um corte de 1 ponto percentual em dezembro, reduzindo a taxa para 16,5% ao ano. Até a semana passada, a expectativa era de um corte de só 0,5 ponto.
Inflação
O crescimento menor, no entanto, favorece a redução da inflação, já que os empresários são obrigados a baixar preços para disputar mercado em um cenário de demanda fraca.
Com isso, pela sexta semana consecutiva os analistas reduziram a previsão do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para os próximos 12 meses, desta vez de 5,89% para 5,80%. Para este ano, a projeção também caiu, pela quinta vez consecutiva, de 9,23% para 9,19% e, para 2004, foi mantida em 6%.
Com relação à inflação de novembro, a expectativa do mercado é de que o IPCA fique em 0,35%, contra uma previsão de 0,38% da semana anterior. Para dezembro, as projeções também caíram de um IPCA de 0,46% para 0,45%.
Com relação à taxa de câmbio, a estimativa para o final deste ano continua apontando para uma taxa de R$ 3,00 e, para 2004, R$ 3,25. Já a relação dívida líquida/PIB deverá fechar 2003, segundo os analistas, em 57,7% e não mais em 57,6% como previsto anteriormente. Em 2004, essa relação cairia para 56%.
Para a balança comercial, foi mantida a previsão de superávit de US$ 23,5 bilhões em 2003, a mesma do Banco Central, e, para 2004, a projeção subiu de US$ 18,10 bilhões para US$ 18,33 bilhões.
Os analistas também mantiveram a estimativa de ingressos de investimento estrangeiro direto neste ano de US$ 9 bilhões e de US$ 12 bilhões para 2004.
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