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02/12/2003 - 09h23

Indicadores mostram melhora nas vendas do comércio

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SANDRA BALBI
da Folha de S.Paulo

As vendas no comércio ganharam fôlego em novembro, de acordo com três indicadores divulgados ontem. Mas o movimento ainda está abaixo da média histórica do setor para o mês que antecede o Natal.

As consultas ao Telecheque, empresa de verificação e garantia de cheques que atende 7.000 lojas em todo o país, cresceram 10,76% em relação a novembro do ano passado e apenas 1,4% na comparação com outubro deste ano.

"O resultado ficou abaixo da nossa expectativa, que era a de um crescimento de 5% em relação ao mês de outubro", diz Eliel Vilela, diretor da Telecheque. Segundo ele, o aumento de mais de 10% em relação a novembro do ano passado deve-se à comparação com uma base muito baixa. "Ainda estamos abaixo da média histórica de consultas para um mês de novembro", diz Vilela.

Outro indicador que aponta para uma retomada moderada do varejo são as consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), que cresceram 4% em novembro, na comparação com novembro de 2002. Já as consultas ao Usecheque caíram 0,3%. As consultas ao SPC retratam as vendas a prazo na cidade de São Paulo. As feitas ao Usecheque, as vendas à vista.

Segundo Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo, o movimento de vendas voltou ao patamar de 2001, o ano do apagão, que foi considerado ruim. "No entanto a média diária de consultas ao SPC cresceu 5,8% em relação a outubro, o que mostra uma aceleração do indicador e nos faz esperar um Natal melhor do que o de 2002."

Ele lembra, entretanto, que está acontecendo um aumento no número de operações, mas não de faturamento. "O comércio está vendendo muito celular e pouca geladeira", diz. Segundo Alfieri, em novembro cresceram também as vendas de DVDs e televisores, além de móveis. "A demanda aumentou por conta do crediário, que já trabalha com prazos mais longos, de dez a 12 meses", diz.

Os bens que dependem mais de crédito e, portanto, de taxa de juros são os que estão tendo maior reação de vendas. A Servloj, empresa que administra o crediário de 600 lojas no país, informa que o financiamento ao consumidor subiu 6% em novembro, na comparação com novembro de 2002.

A taxa média de juros praticada em novembro pela rede que a Servloj atende, foi de 6,35% mensais. Em outubro, a taxa média era de 6,5%. "A queda dos juros teve impacto em dois setores onde as compras são planejadas: peças e serviços e material de construção", diz Oswaldo de Freitas Queiroz, diretor da empresa.

Segundo Queiroz, as vendas de material para construção cresceram 6,5% em relação a novembro do ano passado e 9,5% na comparação com outubro deste ano. "Com juro menor, as pessoas ficam mais confiantes para iniciar uma obra ou uma reforma", diz.
 

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