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12/12/2003
-
16h10
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A histórica disputa entre a CUT e Força Sindical, as duas maiores centrais sindicais do país, chegou à festa de 1º de Maio. No próximo ano, a CUT fará uma megafesta, semelhante às promovidas pela Força Sindical, para comemorar o Dia do Trabalho. Para contra-atacar a ofensiva da CUT, a Força vai ampliar a distribuição de prêmios e as atrações musicais.
Para organizar a festa, que será realizada na avenida Paulista (região central de São Paulo), a CUT contará com a ajuda do marqueteiro André Guimarães, que por seis anos foi o responsável pela promoção dos eventos da Força Sindical.
O presidente da CUT-SP, Edílson de Paula, disse que o objetivo da central não é realizar uma festa para competir com a Força Sindical.
"Não estamos competindo. Sempre realizamos diversas atividades no 1º de Maio. No próximo ano queremos fazer uma festa à altura da CUT, uma central com 20 anos de existência", disse.
No entanto, Guimarães admite que a previsão da CUT é reunir de 500 mil a 800 mil pessoas na comemoração. "Mas se conseguirmos trazer 1 milhão ou 2 milhões de pessoas para a festa, será melhor ainda", disse o marqueteiro.
Em 2003, por exemplo, a Força reuniu 1,8 milhão de pessoas na praça Campo de Bagatele (zona norte), enquanto a CUT optou por eventos pulverizados --em diversos pontos da cidade--, que atraíram cerca de 300 mil pessoas.
Para 2004, além da megafesta da avenida Paulista, a CUT realizará quatro eventos preparatórios em abril. Os eventos --marcados pra os dias 4, 11, 18 e 25 de abril-- devem reunir 300 mil pessoas em diversas regiões de São Paulo.
Contra-ataque
A Força Sindical já se prepara para contra-atacar a ofensiva da CUT na festa de 1º de Maio. Entre as munições que serão usadas pela central sindical está a ampliação do valor e da quantidade de prêmios que serão distribuídos na festa.
Segundo o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a central vai distribuir "cinco caminhões do Faustão" (com móveis e eletrodomésticos para mobiliar uma casa inteira), cinco casas e dez automóveis na festa de 1º de Maio de 2004.
Neste ano, a Força distribuiu vales-compra de R$ 250 por mês para serem utilizados numa rede supermercadista além de automóveis.
A CUT informou que não pretende fazer distribuição de nenhum prêmio em sua festa do Dia do Trabalho. "Queremos fazer uma festa social. Será um grande evento de cidadania. Não tem nada a ver com distribuição de prêmios", afirmou Edílson de Paula.
Shows e patrocínio
Mesmo sem distribuição de prêmios, tanto a festa da CUT como a da Força serão patrocinadas por empresas privadas e estatais.
Pelos cálculos da Força, sua festa custará cerca de R$ 2 milhões e será patrocinada por empresas. A CUT ainda não fez as contas para saber o custo do megaevento de 2004. "Não dá para dizer que será R$ 2 milhões ou R$ 2,5 milhões. Esse era o custo das festas feitas para a Força. A festa da CUT será diferente", afirmou Guimarães.
Entre as diferenças estão as atrações musicais. Se depender da CUT, a festa será aberta com um show do ministro da Cultura, Gilberto Gil. Já a Força deve levar 25 atrações musicais para a Campo de Bagatele.
"Nós queremos fazer grandes concertos, prestigiar a cultura brasileira, a música brasileira. Teremos shows de verdade e não playback", disse Enílson de Paula referindo-se aos artistas que se apresentam na festa da Força.
CUT "fisga" marqueteiro da Força e acirra disputa por 1º de Maio
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da Folha Online
A histórica disputa entre a CUT e Força Sindical, as duas maiores centrais sindicais do país, chegou à festa de 1º de Maio. No próximo ano, a CUT fará uma megafesta, semelhante às promovidas pela Força Sindical, para comemorar o Dia do Trabalho. Para contra-atacar a ofensiva da CUT, a Força vai ampliar a distribuição de prêmios e as atrações musicais.
Para organizar a festa, que será realizada na avenida Paulista (região central de São Paulo), a CUT contará com a ajuda do marqueteiro André Guimarães, que por seis anos foi o responsável pela promoção dos eventos da Força Sindical.
O presidente da CUT-SP, Edílson de Paula, disse que o objetivo da central não é realizar uma festa para competir com a Força Sindical.
"Não estamos competindo. Sempre realizamos diversas atividades no 1º de Maio. No próximo ano queremos fazer uma festa à altura da CUT, uma central com 20 anos de existência", disse.
No entanto, Guimarães admite que a previsão da CUT é reunir de 500 mil a 800 mil pessoas na comemoração. "Mas se conseguirmos trazer 1 milhão ou 2 milhões de pessoas para a festa, será melhor ainda", disse o marqueteiro.
Em 2003, por exemplo, a Força reuniu 1,8 milhão de pessoas na praça Campo de Bagatele (zona norte), enquanto a CUT optou por eventos pulverizados --em diversos pontos da cidade--, que atraíram cerca de 300 mil pessoas.
Para 2004, além da megafesta da avenida Paulista, a CUT realizará quatro eventos preparatórios em abril. Os eventos --marcados pra os dias 4, 11, 18 e 25 de abril-- devem reunir 300 mil pessoas em diversas regiões de São Paulo.
Contra-ataque
A Força Sindical já se prepara para contra-atacar a ofensiva da CUT na festa de 1º de Maio. Entre as munições que serão usadas pela central sindical está a ampliação do valor e da quantidade de prêmios que serão distribuídos na festa.
Segundo o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a central vai distribuir "cinco caminhões do Faustão" (com móveis e eletrodomésticos para mobiliar uma casa inteira), cinco casas e dez automóveis na festa de 1º de Maio de 2004.
Neste ano, a Força distribuiu vales-compra de R$ 250 por mês para serem utilizados numa rede supermercadista além de automóveis.
A CUT informou que não pretende fazer distribuição de nenhum prêmio em sua festa do Dia do Trabalho. "Queremos fazer uma festa social. Será um grande evento de cidadania. Não tem nada a ver com distribuição de prêmios", afirmou Edílson de Paula.
Shows e patrocínio
Mesmo sem distribuição de prêmios, tanto a festa da CUT como a da Força serão patrocinadas por empresas privadas e estatais.
Pelos cálculos da Força, sua festa custará cerca de R$ 2 milhões e será patrocinada por empresas. A CUT ainda não fez as contas para saber o custo do megaevento de 2004. "Não dá para dizer que será R$ 2 milhões ou R$ 2,5 milhões. Esse era o custo das festas feitas para a Força. A festa da CUT será diferente", afirmou Guimarães.
Entre as diferenças estão as atrações musicais. Se depender da CUT, a festa será aberta com um show do ministro da Cultura, Gilberto Gil. Já a Força deve levar 25 atrações musicais para a Campo de Bagatele.
"Nós queremos fazer grandes concertos, prestigiar a cultura brasileira, a música brasileira. Teremos shows de verdade e não playback", disse Enílson de Paula referindo-se aos artistas que se apresentam na festa da Força.
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