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16/12/2003
-
08h00
da Folha de S.Paulo, no Rio
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou ontem a aprovação de um financiamento de R$ 931 milhões para a estatal Eletronorte, subsidiária da Eletrobrás. Também estatal, o banco é a principal fonte de financiamentos de longo prazo do país.
O financiamento à Eletronorte, destinado às obras de duplicação de Tucuruí, faz parte de um pacote de R$ 1,4 bilhão aprovado na semana passada pela diretoria do BNDES para financiar obras hidrelétricas.
De acordo com Nelson Siffert, chefe do Departamento de Energia Elétrica do BNDES, o empréstimo à Eletronorte não está ferindo restrições de empréstimos do banco ao setor público --o BNDES só pode emprestar a empresas públicas até 45% do seu patrimônio líquido-- nem a restrições específicas de financiamentos à Eletrobrás.
Isso porque o financiamento recebeu autorização especial do CMN (Conselho Monetário Nacional), em resolução aprovada no mês passado. Segundo Siffert, uma parte do empréstimo (cerca de R$ 400 milhões) será usada pela Eletronorte para quitar um empréstimo-ponte de R$ 350 milhões que o BNDES concedeu em 2001 para obras na hidrelétrica de Tucuruí (PA), também com autorização especial do CMN.
A Companhia Energética Rio das Antas, controlada pela CPFL Energia,
receberá R$ 435,8 milhões para construir três usinas no rio das Antas (RS). A CPFL é controlada por fundos de pensão e pela VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa).
O grupo norte-americano Xcel Energy vai receber R$ 85 milhões para alongar a dívida decorrente da construção de uma usina no rio Itiquira (MT), inaugurada neste ano (156 megawatts). Siffert disse que o pedido de financiamento estava no banco desde 1999, mas a crise energética norte-americana dificultou a aprovação.
Segundo o BNDES, a operação com a Eletronorte não é inédita. O banco já destinou outros quatro empréstimos à estatal, que atua na geração e na distribuição de energia na região Norte.
As obras de duplicação de Tucuruí farão com que a usina, localizada no rio Tocantins, passe de uma potência instalada de 4,345 megawatts para
8.370 megawatts até julho de 2006.
Siffert disse que o BNDES deverá aprovar neste ano financiamentos de aproximadamente R$ 5 bilhões para obras hidrelétricas.
Elétricas terão empréstimo de R$ 1,4 bilhão do BNDES
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O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou ontem a aprovação de um financiamento de R$ 931 milhões para a estatal Eletronorte, subsidiária da Eletrobrás. Também estatal, o banco é a principal fonte de financiamentos de longo prazo do país.
O financiamento à Eletronorte, destinado às obras de duplicação de Tucuruí, faz parte de um pacote de R$ 1,4 bilhão aprovado na semana passada pela diretoria do BNDES para financiar obras hidrelétricas.
De acordo com Nelson Siffert, chefe do Departamento de Energia Elétrica do BNDES, o empréstimo à Eletronorte não está ferindo restrições de empréstimos do banco ao setor público --o BNDES só pode emprestar a empresas públicas até 45% do seu patrimônio líquido-- nem a restrições específicas de financiamentos à Eletrobrás.
Isso porque o financiamento recebeu autorização especial do CMN (Conselho Monetário Nacional), em resolução aprovada no mês passado. Segundo Siffert, uma parte do empréstimo (cerca de R$ 400 milhões) será usada pela Eletronorte para quitar um empréstimo-ponte de R$ 350 milhões que o BNDES concedeu em 2001 para obras na hidrelétrica de Tucuruí (PA), também com autorização especial do CMN.
A Companhia Energética Rio das Antas, controlada pela CPFL Energia,
receberá R$ 435,8 milhões para construir três usinas no rio das Antas (RS). A CPFL é controlada por fundos de pensão e pela VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa).
O grupo norte-americano Xcel Energy vai receber R$ 85 milhões para alongar a dívida decorrente da construção de uma usina no rio Itiquira (MT), inaugurada neste ano (156 megawatts). Siffert disse que o pedido de financiamento estava no banco desde 1999, mas a crise energética norte-americana dificultou a aprovação.
Segundo o BNDES, a operação com a Eletronorte não é inédita. O banco já destinou outros quatro empréstimos à estatal, que atua na geração e na distribuição de energia na região Norte.
As obras de duplicação de Tucuruí farão com que a usina, localizada no rio Tocantins, passe de uma potência instalada de 4,345 megawatts para
8.370 megawatts até julho de 2006.
Siffert disse que o BNDES deverá aprovar neste ano financiamentos de aproximadamente R$ 5 bilhões para obras hidrelétricas.
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