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02/01/2004
-
09h20
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O dólar começa 2004 em baixa de 0,06%, vendido a R$ 2,900. Na terça-feira passada, último dia de negócios de 2003, a moeda americana fechou em alta de 1,39%, cotada a R$ 2,902.
No ano passado, a divisa acumulou queda de 18,13%. Foi a primeira vez desde 1966 que o dólar encerrou um ano com depreciação em relação a uma moeda brasileira. O real foi a quinta moeda em 2003 que mais se valorizou no mundo.
"Em 2004, o mercado de câmbio deve continuar tranquilo, com o dólar na casa de R$ 2,90, com as empresas captando no exterior e com a balança comercial no azul. Não vejo motivos para a moeda subir muito além disso", afirma o gerente da mesa de câmbio da corretora Liquidez, Francisco Carvalho.
A alta da terça-feira passada foi considerada especulativa. Bancos credores tentaram inflar a média das cotações (ptax) para receber mais reais do governo, com o resgate de uma dívida cambial de US$ 2,6 bilhões nesta sexta-feira.
O clima positivo no mercado de câmbio deve continuar no mês de janeiro. Em 2003, a reservas internacionais somaram US$ 49,254 bilhões. A valorização do euro no mercado internacional favorece as reservas do país.
Em 2003, o dólar encerrou na sua menor cotação em relação ao euro em todos os tempos. No mercado londrino, a moeda européia terminou cotada em US$ 1,2616, novo recorde.
Já o risco Brasil caiu 67,5% em 2003, a maior queda da história do indicador, criado em 1994 pelo banco americano JP Morgan. Na terça-feira passada, o risco brasileiro estava em 471 pontos, o menor desde maio de 1998.
Para o economista do Banco Modal, Alexandre Póvoa, a queda do risco Brasil em 2003 foi também favorecida pelo ambiente favorável às aplicações em títulos de países emergentes, que ofereceram ganhos elevados no ano.
"Os juros nos EUA devem subir em 2004, melhorando o retorno dos seus papéis. Isso pode provocar uma saída de recursos no mercado dos países emergentes", afirma Póvoa.
Dólar começa 2004 com ligeira queda, vendido a R$ 2,90
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da Folha Online
O dólar começa 2004 em baixa de 0,06%, vendido a R$ 2,900. Na terça-feira passada, último dia de negócios de 2003, a moeda americana fechou em alta de 1,39%, cotada a R$ 2,902.
No ano passado, a divisa acumulou queda de 18,13%. Foi a primeira vez desde 1966 que o dólar encerrou um ano com depreciação em relação a uma moeda brasileira. O real foi a quinta moeda em 2003 que mais se valorizou no mundo.
"Em 2004, o mercado de câmbio deve continuar tranquilo, com o dólar na casa de R$ 2,90, com as empresas captando no exterior e com a balança comercial no azul. Não vejo motivos para a moeda subir muito além disso", afirma o gerente da mesa de câmbio da corretora Liquidez, Francisco Carvalho.
A alta da terça-feira passada foi considerada especulativa. Bancos credores tentaram inflar a média das cotações (ptax) para receber mais reais do governo, com o resgate de uma dívida cambial de US$ 2,6 bilhões nesta sexta-feira.
O clima positivo no mercado de câmbio deve continuar no mês de janeiro. Em 2003, a reservas internacionais somaram US$ 49,254 bilhões. A valorização do euro no mercado internacional favorece as reservas do país.
Em 2003, o dólar encerrou na sua menor cotação em relação ao euro em todos os tempos. No mercado londrino, a moeda européia terminou cotada em US$ 1,2616, novo recorde.
Já o risco Brasil caiu 67,5% em 2003, a maior queda da história do indicador, criado em 1994 pelo banco americano JP Morgan. Na terça-feira passada, o risco brasileiro estava em 471 pontos, o menor desde maio de 1998.
Para o economista do Banco Modal, Alexandre Póvoa, a queda do risco Brasil em 2003 foi também favorecida pelo ambiente favorável às aplicações em títulos de países emergentes, que ofereceram ganhos elevados no ano.
"Os juros nos EUA devem subir em 2004, melhorando o retorno dos seus papéis. Isso pode provocar uma saída de recursos no mercado dos países emergentes", afirma Póvoa.
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