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07/01/2004
-
09h08
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje de uma reunião da Câmara de Política Econômica para cobrar da equipe projetos que gerem empregos e maior eficiência nos gastos do próprio governo. Lula quer uma inflexão desenvolvimentista na agenda do governo para 2004.
Anteontem, Lula reuniu o chamado "núcleo duro" do governo --grupo de ministros e auxiliares que define com ele as diretrizes de sua gestão-- e insistiu em dois temas: geração de empregos e investimentos.
Uma grande preocupação do presidente é que o esperado crescimento econômico deste ano não gere empregos de forma significativa. Daí ele querer discutir com o ministro do Trabalho, Jaques Wagner, propostas para incentivar geração de empregos.
Em relação a investimentos, Lula tem duas preocupações. A primeira é aprovar o PPP (projeto de Parceria Público-Privado) na convocação extraordinária do Congresso sem grandes alterações.
Lula pretende realizar parcerias com a iniciativa privada para acelerar investimentos em obras públicas, especialmente na área de saneamento e de infra-estrutura (estradas, ferrovias etc.).
A segunda preocupação do presidente em relação a investimentos é melhorar bastante a execução orçamentária dos ministérios nessa área. No ano passado, a execução dos investimentos (gastos efetivamente realizados) ficou em menos de 30% do previsto na lei orçamentária ou em cerca de 60% do limite fixado pelo ajuste fiscal.
Ou seja, Lula pretende que em 2004 haja espaço para o Estado tentar impulsionar, direta (gasto governamental) ou indiretamente (parcerias do PPP), o crescimento econômico de modo a que haja maior geração de empregos.
Na campanha eleitoral de 2002, o programa de governo do PT falava na necessidade de geração de 10 milhões de novos empregos em quatro anos. No ano passado, houve geração de um milhão de empregos, mas 1,5 milhão de pessoas passou a procurar uma posição no mercado de trabalho.
O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, deverá reafirmar na reunião sua posição de que o combate ao desemprego passa por uma política "estruturante" e não por medidas emergenciais. Segundo ele, o governo continuará adotando iniciativas que estimulem setores da economia com alta capacidade de geração de emprego, como a construção civil.
Ele dirá na reunião que, no final do ano passado, o Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aprovou o maior Orçamento de sua história: R$ 7,45 bilhões para aplicação em saneamento, habitação e transportes.
Além disso, em dezembro, foi contratado R$ 1,7 bilhão em recursos do Fundo para obras de saneamento a serem realizadas por Estados e municípios. Nas contas do ministério, esse montante poderá garantir a geração de 250 mil postos de trabalho.
Participam da reunião os ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda), José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Comunicação de Governo), Luiz Dulci (Secretaria Geral), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Roberto Rodrigues (Agricultura), Ciro Gomes (Integração Nacional), Jaques Wagner (Trabalho) e Celso Amorim (Relações Externas), além do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Lula cobra hoje medidas da equipe econômica para estimular emprego
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje de uma reunião da Câmara de Política Econômica para cobrar da equipe projetos que gerem empregos e maior eficiência nos gastos do próprio governo. Lula quer uma inflexão desenvolvimentista na agenda do governo para 2004.
Anteontem, Lula reuniu o chamado "núcleo duro" do governo --grupo de ministros e auxiliares que define com ele as diretrizes de sua gestão-- e insistiu em dois temas: geração de empregos e investimentos.
Uma grande preocupação do presidente é que o esperado crescimento econômico deste ano não gere empregos de forma significativa. Daí ele querer discutir com o ministro do Trabalho, Jaques Wagner, propostas para incentivar geração de empregos.
Em relação a investimentos, Lula tem duas preocupações. A primeira é aprovar o PPP (projeto de Parceria Público-Privado) na convocação extraordinária do Congresso sem grandes alterações.
Lula pretende realizar parcerias com a iniciativa privada para acelerar investimentos em obras públicas, especialmente na área de saneamento e de infra-estrutura (estradas, ferrovias etc.).
A segunda preocupação do presidente em relação a investimentos é melhorar bastante a execução orçamentária dos ministérios nessa área. No ano passado, a execução dos investimentos (gastos efetivamente realizados) ficou em menos de 30% do previsto na lei orçamentária ou em cerca de 60% do limite fixado pelo ajuste fiscal.
Ou seja, Lula pretende que em 2004 haja espaço para o Estado tentar impulsionar, direta (gasto governamental) ou indiretamente (parcerias do PPP), o crescimento econômico de modo a que haja maior geração de empregos.
Na campanha eleitoral de 2002, o programa de governo do PT falava na necessidade de geração de 10 milhões de novos empregos em quatro anos. No ano passado, houve geração de um milhão de empregos, mas 1,5 milhão de pessoas passou a procurar uma posição no mercado de trabalho.
O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, deverá reafirmar na reunião sua posição de que o combate ao desemprego passa por uma política "estruturante" e não por medidas emergenciais. Segundo ele, o governo continuará adotando iniciativas que estimulem setores da economia com alta capacidade de geração de emprego, como a construção civil.
Ele dirá na reunião que, no final do ano passado, o Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aprovou o maior Orçamento de sua história: R$ 7,45 bilhões para aplicação em saneamento, habitação e transportes.
Além disso, em dezembro, foi contratado R$ 1,7 bilhão em recursos do Fundo para obras de saneamento a serem realizadas por Estados e municípios. Nas contas do ministério, esse montante poderá garantir a geração de 250 mil postos de trabalho.
Participam da reunião os ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda), José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Comunicação de Governo), Luiz Dulci (Secretaria Geral), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Roberto Rodrigues (Agricultura), Ciro Gomes (Integração Nacional), Jaques Wagner (Trabalho) e Celso Amorim (Relações Externas), além do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
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