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17/01/2004
-
14h17
da France Presse, em Nova York
A empresária e apresentadora de TV americana Martha Stewart deve comparecer na próxima terça-feira (20) a um tribunal federal de Nova York para o início de um julgamento por obstrução da Justiça em um caso de uso de informação financeira privilegiada.
O caso, que explodiu na mesma época de outros escândalos relacionados a grandes empresas, como a Tyco e a Worldcom, teve enorme repercussão nos Estados Unidos, onde Stewart era considerada musa das donas-de-casa por suas publicações e programas de televisão.
Stewart, 62, dona de um império da mídia, é investigada por cinco acusações de obstrução da Justiça e destruição de documentos.
Ela é acusada de mentir aos investigadores que tentam esclarecer as circunstâncias da venda de 4.000 ações da empresa de biotecnologia ImClone, na época dirigida por um de seus amigos, Samuel Waksal.
Segundo a acusação, Stewart ordenou a seu corretor que vendesse sua participação na ImClone em dezembro de 2001, depois de ter recebido a informação de que o tratamento contra o câncer desenvolvido pela empresa não receberia aprovação federal.
Assim como Waksal, condenado a mais de sete anos de prisão em 2003, Stewart vendeu suas ações na véspera do anúncio da decisão da agência americana que controla medicamentos e alimentos (FDA), que derrubou o valor dos papéis.
A FDA rejeitou os testes clínicos do Erbitux, um remédio de combate ao câncer que a ImClone considerava esperançoso.
Corretor
O ex-conselheiro financeiro da apresentadora, Peter Bacanovic, também será julgado na terça-feira. Ele supervisionou a venda das ações quando era corretor da Bolsa na empresa Merrill Lynch.
Os dois devem se declarar inocentes. Stewart pode ser condenada a até 30 anos de prisão.
O julgamento no tribunal de Manhattan, comandado pela juíza Miriam Goldman Cedarbaum, deve durar seis semanas.
Depois das acusações, Stewart abandonou a presidência da Martha Stewart Living Omnimedia, da qual mantém 61% das ações.
Julgamento de apresentadora de TV americana começa na terça-feira
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A empresária e apresentadora de TV americana Martha Stewart deve comparecer na próxima terça-feira (20) a um tribunal federal de Nova York para o início de um julgamento por obstrução da Justiça em um caso de uso de informação financeira privilegiada.
O caso, que explodiu na mesma época de outros escândalos relacionados a grandes empresas, como a Tyco e a Worldcom, teve enorme repercussão nos Estados Unidos, onde Stewart era considerada musa das donas-de-casa por suas publicações e programas de televisão.
Associated Press |
Martha Stewart, empresária e apresentadora de TV americana |
Ela é acusada de mentir aos investigadores que tentam esclarecer as circunstâncias da venda de 4.000 ações da empresa de biotecnologia ImClone, na época dirigida por um de seus amigos, Samuel Waksal.
Segundo a acusação, Stewart ordenou a seu corretor que vendesse sua participação na ImClone em dezembro de 2001, depois de ter recebido a informação de que o tratamento contra o câncer desenvolvido pela empresa não receberia aprovação federal.
Assim como Waksal, condenado a mais de sete anos de prisão em 2003, Stewart vendeu suas ações na véspera do anúncio da decisão da agência americana que controla medicamentos e alimentos (FDA), que derrubou o valor dos papéis.
A FDA rejeitou os testes clínicos do Erbitux, um remédio de combate ao câncer que a ImClone considerava esperançoso.
Corretor
O ex-conselheiro financeiro da apresentadora, Peter Bacanovic, também será julgado na terça-feira. Ele supervisionou a venda das ações quando era corretor da Bolsa na empresa Merrill Lynch.
Os dois devem se declarar inocentes. Stewart pode ser condenada a até 30 anos de prisão.
O julgamento no tribunal de Manhattan, comandado pela juíza Miriam Goldman Cedarbaum, deve durar seis semanas.
Depois das acusações, Stewart abandonou a presidência da Martha Stewart Living Omnimedia, da qual mantém 61% das ações.
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