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21/01/2004 - 14h53

Produtor avícola brasileiro quer se prevenir contra "gripe do frango"

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ELAINE COTTA
da Folha Online

Os produtores de frango do Brasil negam que haja risco de contágio, mas mesmo assim estão adotando medidas sanitárias adicionais --além das já anunciadas pelo governo-- para evitar que a "gripe do frango", que atingiu as produções de países da Ásia, chegue ao Brasil.

José Carlos Teixeira da Silva, diretor-executivo da APA (Associação Paulista de Avicultura) elogiou a decisão do governo de proibir a entrada no país de aves, seus produtos e subprodutos que venham de países onde tenha ocorrido a "gripe do frango".

"Não há nenhuma ameaça real de a gripe do frango atingir o país. Recomendando aos empresários do setor a manutenção de medidas sanitárias normais, o chamado 'feijão com arroz', o que nunca é demais", disse.

O governo também intensificou a vigilância em portos e aeroportos, com vistoria de bagagens procedentes de países onde houve a ocorrência da doença.

"Aplaudimos a determinação das autoridades, que agem rapidamente para proteger o mercado nacional", afirmou Silva.

Perigo

O primeiro caso de transmissão de influenza aviária para humanos ocorreu em 1997, em Hong Kong, e provocou 18 casos e 6 mortes.

Estudos genéticos associaram esse surto em humanos à influenza aviária. Foram sacrificadas cerca de 1,5 milhão de aves naquele país.

Outros surtos de influenza aviária em humanos foram identificados recentemente: um em Hong Kong em fevereiro de 2003, com dois casos e uma morte; e outro na Bélgica e Holanda, em abril de 2003, com 83 casos e a morte de um veterinário.

Hoje, a OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou que o vírus da gripe do frango poderá se tornar ainda mais grave do que a Sars (síndrome respiratória aguda grave).

"Se o vírus H5N1 (gripe aviária, ou, como é mais popularmente conhecida, gripe do frango) se associar ao vírus comum da gripe que afeta o homem e passar a ser transmissível aos seres humanos, isso pode ser muito nocivo", disse o porta-voz da agência regional da OMS em Manila, Peter Cordingley.

Na segunda-feira (12), a OMS confirmou que a morte de duas crianças e um adulto foi causada pelo vírus da gripe das aves, doença que em 1997 infectou 18 pessoas em Hong Kong, com seis casos fatais.

Cordingley informou que a taxa de mortalidade da gripe do frango é muito maior do que a da epidemia de Sars. "Além disso, a doença pode se espalhar pelo ar e não apenas por meio das partículas de secreções, como no caso da Sars", disse.

A epidemia de superpneumonia no primeiro semestre de 2003 causou a morte de 774 das 8.000 pessoas infectadas em 27 países. A China confirmou na semana passada dois casos da doença, os primeiros registrados em seis meses.
 

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