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22/01/2004 - 16h41

Confiança da indústria sobe 12%, mas Copom pode mudar expectativas

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) cresceu 12% em janeiro, com relação outubro, de acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), passando de 55,7 pontos na última pesquisa trimestral para 62,4 pontos. Acima de 50 pontos, o indicador é considerado em território positivo, que varia até os 100 pontos.

Entre os grandes empresários, o índice de confiança cresceu 10% e entre os pequenos e médios, 13,2%. O índice é o maior desde janeiro de 2001, quando o indicador 65,3 pontos.

O indicador sobre as condições atuais em relação aos últimos seis meses saltou de 43,4 pontos na pesquisa de outubro para 52,9 pontos, o que reflete principalmente uma melhora nos negócios. Este foi o primeiro índice positivo (acima de 50 pontos) para o indicador desde janeiro de 2002, quando ficou em 50,1%, e pela primeiva vez desde janeiro de 2001, todos os indicadores da pesquisa apresentaram resultados acima de 50 pontos.

A avaliação sobre a economia brasileira (56,1 pontos), no entanto, ainda é melhor do que o resultado da análise sobre a própria empresa (53,7 pontos). O coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, explicou que esse resultado mostra que os fundamentos macroeconômicos melhoraram mas ainda não refletiram nas empresas.

Ele considerou ainda que a alta na confiança significa que o crescimento industrial brasileiro deverá retornar com força ainda no primeiro semestre do ano.

Mau sinal do Copom

Castelo Branco admitiu, no entanto, que a decisão tomada ontem pelo Conselho de Política Monetária do Banco Central de interromper o processo de redução da taxa básica de juros significa uma frustração para os empresários da indústria e terá impacto no setor nos próximos meses.

Mas Castelo Branco não soube avaliar a intensidade desse reflexo, alegando que vai depender de quando e como a trajetória de queda dos juros será retomada pelo BC. Ele destacou que a medida poderá refletir nas expectativas e decisões dos empresários sobre investimentos e contratações.

"A decisão do BC traz incertezas quanto à trajetória da taxa de juros, e incerteza nunca é um bom sinal", avaliou o economista da CNI. Por enquanto, segundo ele, ainda não é possível dizer se a decisão de ontem do Copom fará a CNI rever a sua previsão de crescimento de 3,5% para o PIB (Produto Interno Bruto) e de 4,5% para a atividade industrial.

Expectativas

A expectativa dos empresários industriais para os próximos seis meses atingiu na última pesquisa da CNI 67,2 pontos, resultado ainda melhor do que o registrado em outubro do ano passado, quando estava em 61,9 pontos.

Diferente da avaliação das condições atuais, em que a situação da economia é melhor do que a das empresas, segundo a pesquisa, a expectativa dos empresários alcançou 69,5 pontos com relação à própria empresa, contra 66 pontos da economia brasileira.

Para chegar ao Índice de Confiança do Empresário Industrial, os técnicos da CNI ouviram 945 pequenas e médios empresários e 206 grandes entre os dias 26 de dezembro e 21 de janeiro.
 

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