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02/02/2004
-
14h38
IVONE PORTES
da Folha Online
O lucro recorde de R$ 2,306 bilhões obtido pelo Bradesco em 2003 é resultado do crescimento das receitas com tarifas e serviços. A informação é do presidente do conglomerado, Márcio Cypriano.
O banco registrou no ano passado o maior resultado financeiro da sua história. O lucro de 2003 superou em 14% o de 2002 (R$ 2,022 bilhões).
As receitas de prestação de serviços do Bradesco cresceram 11,3% no período, passando de R$ 11,472 bilhões para R$ 12,778 bilhões entre 2002 e 2003.
Um dos fatores que contribuiu para o avanço das receitas de serviços, segundo Cypriano, foi o aumento da base de correntistas, que passou de 13 milhões para 14,5 milhões. A base de clientes, segundo estimativas do presidente do conglomerado, deve aumentar entre 1,5 milhão e 2 milhões em 2004.
Vale lembrar que em 2003 o juro básico da economia continuou alto, o que contribuiu para a expansão do resultado do banco, embora não tenha impulsionado muito o crédito. A taxa começou o ano subindo --de 25% para 25,5% ao ano-- e passou a recuar somente em junho, quando caiu de 26,5% para 26% ao ano. Terminou o período em 16,5%, patamar atual.
A carteira de crédito do banco cresceu 6,9% em 2003 e somava R$ 54,336 bilhões no fim de dezembro.
O executivo destacou também a melhora na cotação dos títulos do governo, passado o impacto da marcação a mercado (novo tipo de contabilização dos papéis que compunham os fundos). Parte da carteira do banco é composta por estes papéis.
Outro fator que teve reflexo positivo no resultado do banco foi a venda da Latasa, produtora de latas e tampas para bebidas, que gerou lucro líquido de R$ 120 milhões para grupo. "A intenção é concentrar nosso foco na área financeira", afirmou.
O resultado do banco poderia ser ainda maior se não fossem as amortizações de ágios, em razão de aquisições, no valor de R$ 1,035 bilhão, sendo R$ 799 milhões extraordinários, ou seja, que não precisavam ser pagos agora.
Apostas
O grupo apostou no ano passado nas aquisições e na ampliação do banco postal. Em 2003, o Bradesco adquiriu o BBV e a financeira Zogbi.
"A aquisição do BBV vai fortalecer nossa presença no varejo e à da Zogbi complementará nossos produtos e serviços de financiamento ao consumo", disse o executivo.
O total de pontos do Banco Postal aumentou no ano passado, de 2.500 para 4.000. A perspectiva é chegar ao final de 2004 com 5.500 pontos em agências de Correios.
O Bradesco está de "olho" também na privatização do BEM (Banco do Estado do Maranhão). O leilão de venda do banco maranhense está marcado para o próximo dia 10. Além do Bradesco, estão pré-qualificados a participar do leilão o grupo GE Capital, Itaú e Unibanco.
Cypriano demonstrou também interesse pelo BEC (Banco do Estado do Ceará), que, segundo ele, também pode ser privatizado ainda neste ano.
Lucro de R$ 2,3 bi do Bradesco em 2003 é recorde, diz Cypriano
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da Folha Online
O lucro recorde de R$ 2,306 bilhões obtido pelo Bradesco em 2003 é resultado do crescimento das receitas com tarifas e serviços. A informação é do presidente do conglomerado, Márcio Cypriano.
O banco registrou no ano passado o maior resultado financeiro da sua história. O lucro de 2003 superou em 14% o de 2002 (R$ 2,022 bilhões).
As receitas de prestação de serviços do Bradesco cresceram 11,3% no período, passando de R$ 11,472 bilhões para R$ 12,778 bilhões entre 2002 e 2003.
Um dos fatores que contribuiu para o avanço das receitas de serviços, segundo Cypriano, foi o aumento da base de correntistas, que passou de 13 milhões para 14,5 milhões. A base de clientes, segundo estimativas do presidente do conglomerado, deve aumentar entre 1,5 milhão e 2 milhões em 2004.
Vale lembrar que em 2003 o juro básico da economia continuou alto, o que contribuiu para a expansão do resultado do banco, embora não tenha impulsionado muito o crédito. A taxa começou o ano subindo --de 25% para 25,5% ao ano-- e passou a recuar somente em junho, quando caiu de 26,5% para 26% ao ano. Terminou o período em 16,5%, patamar atual.
A carteira de crédito do banco cresceu 6,9% em 2003 e somava R$ 54,336 bilhões no fim de dezembro.
O executivo destacou também a melhora na cotação dos títulos do governo, passado o impacto da marcação a mercado (novo tipo de contabilização dos papéis que compunham os fundos). Parte da carteira do banco é composta por estes papéis.
Outro fator que teve reflexo positivo no resultado do banco foi a venda da Latasa, produtora de latas e tampas para bebidas, que gerou lucro líquido de R$ 120 milhões para grupo. "A intenção é concentrar nosso foco na área financeira", afirmou.
O resultado do banco poderia ser ainda maior se não fossem as amortizações de ágios, em razão de aquisições, no valor de R$ 1,035 bilhão, sendo R$ 799 milhões extraordinários, ou seja, que não precisavam ser pagos agora.
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O grupo apostou no ano passado nas aquisições e na ampliação do banco postal. Em 2003, o Bradesco adquiriu o BBV e a financeira Zogbi.
"A aquisição do BBV vai fortalecer nossa presença no varejo e à da Zogbi complementará nossos produtos e serviços de financiamento ao consumo", disse o executivo.
O total de pontos do Banco Postal aumentou no ano passado, de 2.500 para 4.000. A perspectiva é chegar ao final de 2004 com 5.500 pontos em agências de Correios.
O Bradesco está de "olho" também na privatização do BEM (Banco do Estado do Maranhão). O leilão de venda do banco maranhense está marcado para o próximo dia 10. Além do Bradesco, estão pré-qualificados a participar do leilão o grupo GE Capital, Itaú e Unibanco.
Cypriano demonstrou também interesse pelo BEC (Banco do Estado do Ceará), que, segundo ele, também pode ser privatizado ainda neste ano.
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