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04/02/2004
-
07h43
LEONARDO SOUZA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ministro Guido Mantega (Planejamento) estima que os fundos de pensão tenham capacidade para investir de R$ 9,5 bilhões a R$ 19 bilhões nos projetos de PPP (Parceria Público-Privada) num primeiro momento, o que corresponde a cerca de 5% a 10% do capital das fundações.
Mantega ressaltou, no entanto, que essa era uma "conta grosseira", dizendo que os fundos teriam um cálculo mais preciso. Pela manhã, em audiência pública na Câmara, o presidente da Previ (fundo dos funcionários do Banco do Brasil), Sérgio Rosa, fez previsão menos otimista. Segundo ele, os fundos poderiam dispor de R$ 4 bilhões a R$ 10 bilhões.
Apesar de o governo contar com forte participação dos fundos nos projetos de PPP, Mantega afirmou que as fundações não
recebem "orientação" do governo sobre em que empreendimentos investir.
Disse que esses projetos são interessantes para os fundos porque são empreendimentos de longo prazo e com boas perspectivas de rentabilidade.
Na audiência, o presidente da Petros, Wagner Pinheiro, disse que os fundos de pensão têm interesse em investir nos projetos da PPP, mas desde que o retorno seja maior do que os garantidos por títulos públicos federais.
A rentabilidade desses papéis hoje está em torno de 9,5% em termos reais (descontada a inflação). Mantega concorda com a avaliação dos fundos de que os projetos, para atrair capital, têm de oferecer taxa de retorno superior à dos papéis do governo.
Segundo ele, isso não é difícil para os projetos no setor de infra-estrutura (principal alvo da PPP). Mantega disse que empreendimentos nessa área costumam apresentar rendimento de 12% a 15% ao ano em termos reais.
Como a expectativa é que o Banco Central corte mais os juros básicos da economia (atualmente em 16,5% ao ano), a atratividade desses projetos seria maior. "Não vai faltar dinheiro", disse o ministro, lembrando que foi grande o interesse de investidores estrangeiros em seminários sobre o tema realizados pelo governo na semana passada na Europa.
Segundo o relator do projeto de lei, deputado Paulo Bernardo (PT-PR), o projeto deve ser votado pela comissão amanhã ou na terça da semana que vem, ficando a votação em plenário para a próxima quarta-feira.
Governo espera até R$ 19 bi de fundos na PPP
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ministro Guido Mantega (Planejamento) estima que os fundos de pensão tenham capacidade para investir de R$ 9,5 bilhões a R$ 19 bilhões nos projetos de PPP (Parceria Público-Privada) num primeiro momento, o que corresponde a cerca de 5% a 10% do capital das fundações.
Mantega ressaltou, no entanto, que essa era uma "conta grosseira", dizendo que os fundos teriam um cálculo mais preciso. Pela manhã, em audiência pública na Câmara, o presidente da Previ (fundo dos funcionários do Banco do Brasil), Sérgio Rosa, fez previsão menos otimista. Segundo ele, os fundos poderiam dispor de R$ 4 bilhões a R$ 10 bilhões.
Apesar de o governo contar com forte participação dos fundos nos projetos de PPP, Mantega afirmou que as fundações não
recebem "orientação" do governo sobre em que empreendimentos investir.
Disse que esses projetos são interessantes para os fundos porque são empreendimentos de longo prazo e com boas perspectivas de rentabilidade.
Na audiência, o presidente da Petros, Wagner Pinheiro, disse que os fundos de pensão têm interesse em investir nos projetos da PPP, mas desde que o retorno seja maior do que os garantidos por títulos públicos federais.
A rentabilidade desses papéis hoje está em torno de 9,5% em termos reais (descontada a inflação). Mantega concorda com a avaliação dos fundos de que os projetos, para atrair capital, têm de oferecer taxa de retorno superior à dos papéis do governo.
Segundo ele, isso não é difícil para os projetos no setor de infra-estrutura (principal alvo da PPP). Mantega disse que empreendimentos nessa área costumam apresentar rendimento de 12% a 15% ao ano em termos reais.
Como a expectativa é que o Banco Central corte mais os juros básicos da economia (atualmente em 16,5% ao ano), a atratividade desses projetos seria maior. "Não vai faltar dinheiro", disse o ministro, lembrando que foi grande o interesse de investidores estrangeiros em seminários sobre o tema realizados pelo governo na semana passada na Europa.
Segundo o relator do projeto de lei, deputado Paulo Bernardo (PT-PR), o projeto deve ser votado pela comissão amanhã ou na terça da semana que vem, ficando a votação em plenário para a próxima quarta-feira.
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