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12/02/2004
-
12h07
IVONE PORTES
da Folha Online
O lucro do Unibanco em 2003 ficou abaixo das estimativas feitas pelo banco no início do ano. No ano passado, o resultado líquido da instituição financeira somou R$ 1,05 bilhão, praticamente igual ao do ano anterior (R$ 1,01 bilhão).
"Tínhamos a expectativa de conseguir um resultado melhor em 2003. O objetivo do banco é de um crescimento da ordem de 15% ao ano", afirmou o diretor-executivo do Unibanco, Lucas Melo.
As operações de crédito do Unibanco totalizaram R$ 27,917 bilhões no ano passado, um crescimento de 4,4% em relação a 2002, bem abaixo das estimativas feitas no início do ano pelo banco, que apontavam expansão entre 15% e 20%.
"O ano foi difícil para todo mundo, com demanda fraca e pouco crescimento no crédito. Os investimentos na economia foram baixos", afirmou.
Outro fator que teve impacto negativo no resultado do banco foi a valorização do real em relação ao dólar no período. Esse movimento provocou despesas extras de R$ 215 milhões para o banco com "hedge" (proteção cambial), que não puderam ser deduzidas do total de impostos.
Como fatores favoráveis em 2003, Melo apontou o crescimento das receitas de prestação de serviços e o controle das despesas administrativas.
As receitas de serviços tiveram expansão de 8,5%, para R$ 2,838 bilhões. Já as despesas administrativas totalizaram R$ 4,578 bilhões, o que significa um crescimento de 8,2% em relação a 2002, porém abaixo da inflação registrada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE) no ano, que foi de 9,3%.
Previsões
Para 2004, o executivo projeta um crescimento entre 25% e 30% na carteira de crédito do Unibanco. "Estamos dentro do grupo dos otimistas", disse.
A expectativa, segundo ele, é que a economia do país deslanche após o terceiro trimestre.
Ele projeta uma expansão de 3,5% no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil e espera que o juro básico da economia chegue ao final de 2003 em 13% ao ano.
O dólar, na opinião dele, deve fechar o ano valendo R$ 3,05. Hoje, a moeda norte-americana é negociada a R$ 2,905.
Aquisições
Lucas Melo afirmou que o Unibanco estará atento às próximas privatizações. O banco chegou a se pré-qualificar para o leilão do BEM (Banco do Estado do Maranhão), mas desistiu de entrar na disputa antes de apresentar as garantias.
O banco maranhense foi comprado pelo Bradesco, por R$ 78 milhões, após leilão na Bovespa, que participou também o Itaú.
Também estão na lista para serem privatizados o Besc (Banco do Estado de Santa Catarina), o BEC (Banco do Estado do Ceará) e o BEP (Banco do Estado do Piauí).
"Temos interesse maior pelo Besc, que tem uma praça maior. Mas temos preferido o crescimento orgânico, que nos permite avaliar melhor onde abrir novas agências, e aquisições no setor de crédito para o consumo."
Em novembro do ano passado, o Unibanco comprou a financeira Creditec, do grupo carioca BBM, por R$ 47 milhões.
Lucro de 2003 fica abaixo das expectativas do Unibanco
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da Folha Online
O lucro do Unibanco em 2003 ficou abaixo das estimativas feitas pelo banco no início do ano. No ano passado, o resultado líquido da instituição financeira somou R$ 1,05 bilhão, praticamente igual ao do ano anterior (R$ 1,01 bilhão).
"Tínhamos a expectativa de conseguir um resultado melhor em 2003. O objetivo do banco é de um crescimento da ordem de 15% ao ano", afirmou o diretor-executivo do Unibanco, Lucas Melo.
As operações de crédito do Unibanco totalizaram R$ 27,917 bilhões no ano passado, um crescimento de 4,4% em relação a 2002, bem abaixo das estimativas feitas no início do ano pelo banco, que apontavam expansão entre 15% e 20%.
"O ano foi difícil para todo mundo, com demanda fraca e pouco crescimento no crédito. Os investimentos na economia foram baixos", afirmou.
Outro fator que teve impacto negativo no resultado do banco foi a valorização do real em relação ao dólar no período. Esse movimento provocou despesas extras de R$ 215 milhões para o banco com "hedge" (proteção cambial), que não puderam ser deduzidas do total de impostos.
Como fatores favoráveis em 2003, Melo apontou o crescimento das receitas de prestação de serviços e o controle das despesas administrativas.
As receitas de serviços tiveram expansão de 8,5%, para R$ 2,838 bilhões. Já as despesas administrativas totalizaram R$ 4,578 bilhões, o que significa um crescimento de 8,2% em relação a 2002, porém abaixo da inflação registrada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE) no ano, que foi de 9,3%.
Previsões
Para 2004, o executivo projeta um crescimento entre 25% e 30% na carteira de crédito do Unibanco. "Estamos dentro do grupo dos otimistas", disse.
A expectativa, segundo ele, é que a economia do país deslanche após o terceiro trimestre.
Ele projeta uma expansão de 3,5% no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil e espera que o juro básico da economia chegue ao final de 2003 em 13% ao ano.
O dólar, na opinião dele, deve fechar o ano valendo R$ 3,05. Hoje, a moeda norte-americana é negociada a R$ 2,905.
Aquisições
Lucas Melo afirmou que o Unibanco estará atento às próximas privatizações. O banco chegou a se pré-qualificar para o leilão do BEM (Banco do Estado do Maranhão), mas desistiu de entrar na disputa antes de apresentar as garantias.
O banco maranhense foi comprado pelo Bradesco, por R$ 78 milhões, após leilão na Bovespa, que participou também o Itaú.
Também estão na lista para serem privatizados o Besc (Banco do Estado de Santa Catarina), o BEC (Banco do Estado do Ceará) e o BEP (Banco do Estado do Piauí).
"Temos interesse maior pelo Besc, que tem uma praça maior. Mas temos preferido o crescimento orgânico, que nos permite avaliar melhor onde abrir novas agências, e aquisições no setor de crédito para o consumo."
Em novembro do ano passado, o Unibanco comprou a financeira Creditec, do grupo carioca BBM, por R$ 47 milhões.
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