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12/02/2004
-
19h38
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
Pela primeira vez no mês, o risco Brasil fechou abaixo dos 500 pontos. O indicador, medido pelo banco americano JP Morgan, caiu 2,56%, aos 494 pontos, o menor patamar desde 30 de janeiro (493 pontos). Os dados são da CMA, empresa de informação financeira.
Apesar da queda, o risco brasileiro ainda acumula uma alta de 5,5% neste ano. No final de 2003, estava em 468 pontos. Em janeiro, chegou a ficar abaixo dos 400 pontos. O C-Bond, principal título da dívida externa do país, valorizou só 0,38%, cotado a 98,37% do valor de face. Em janeiro, esse papel chegou a superar 100% do seu valor.
Nos próximos dias, o mercado deve voltar a especular sobre o futuro do C-Bond. A partir da próxima segunda, começa a contar o prazo previsto nos contratos para o governo avisar os credores sobre uma possível decisão de resgatar os títulos antecipadamente.
A regra prevê que o resgate seja feito pelo valor de face (ao par, ou seja, 100%), acrescido dos juros decorridos até a data, sem qualquer prêmio ou penalidade, na data de pagamento de juro, ou seja, 15 de abril próximo ou 15 de outubro.
Mercados emergentes
Na prática, uma queda do risco tende a reduzir os custos da tomada de empréstimos no exterior por empresas e bancos brasileiros.
A baixa refletiu a valorização dos títulos da dívida externa do país, um dia após o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Alan Greenspan, descartar uma alta dos juros no país no curto prazo, o que provocou uma euforia nos mercados emergentes.
Foram os juros baixos nos EUA que provocaram, em 2003, uma corrida dos investidores estrangeiros aos papéis de países emergentes, que oferecem prêmios mais elevados. Desde junho do ano passado a taxa americana está em 1% ao ano, a menor desde 1948.
No final do mês passado, o mercado temeu que uma alta dos juros americanos neste semestre provocasse uma fuga de capitais dos países emergentes. Mas ontem, Greenspan disse que o Fed será "paciente", a inflação nos EUA está sob controle, e o mercado de trabalho ainda não acompanhou o ritmo do crescimento da economia.
O risco-país também acompanhou o rendimento dos títulos do Tesouro americano, que recuou devido à expectativa de que a taxa no país permaneça baixa por algum tempo.
Risco Brasil fecha abaixo de 500 pontos e C-Bond entra em prazo de recompra
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da Folha Online
Pela primeira vez no mês, o risco Brasil fechou abaixo dos 500 pontos. O indicador, medido pelo banco americano JP Morgan, caiu 2,56%, aos 494 pontos, o menor patamar desde 30 de janeiro (493 pontos). Os dados são da CMA, empresa de informação financeira.
Apesar da queda, o risco brasileiro ainda acumula uma alta de 5,5% neste ano. No final de 2003, estava em 468 pontos. Em janeiro, chegou a ficar abaixo dos 400 pontos. O C-Bond, principal título da dívida externa do país, valorizou só 0,38%, cotado a 98,37% do valor de face. Em janeiro, esse papel chegou a superar 100% do seu valor.
Nos próximos dias, o mercado deve voltar a especular sobre o futuro do C-Bond. A partir da próxima segunda, começa a contar o prazo previsto nos contratos para o governo avisar os credores sobre uma possível decisão de resgatar os títulos antecipadamente.
A regra prevê que o resgate seja feito pelo valor de face (ao par, ou seja, 100%), acrescido dos juros decorridos até a data, sem qualquer prêmio ou penalidade, na data de pagamento de juro, ou seja, 15 de abril próximo ou 15 de outubro.
Mercados emergentes
Na prática, uma queda do risco tende a reduzir os custos da tomada de empréstimos no exterior por empresas e bancos brasileiros.
A baixa refletiu a valorização dos títulos da dívida externa do país, um dia após o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Alan Greenspan, descartar uma alta dos juros no país no curto prazo, o que provocou uma euforia nos mercados emergentes.
Foram os juros baixos nos EUA que provocaram, em 2003, uma corrida dos investidores estrangeiros aos papéis de países emergentes, que oferecem prêmios mais elevados. Desde junho do ano passado a taxa americana está em 1% ao ano, a menor desde 1948.
No final do mês passado, o mercado temeu que uma alta dos juros americanos neste semestre provocasse uma fuga de capitais dos países emergentes. Mas ontem, Greenspan disse que o Fed será "paciente", a inflação nos EUA está sob controle, e o mercado de trabalho ainda não acompanhou o ritmo do crescimento da economia.
O risco-país também acompanhou o rendimento dos títulos do Tesouro americano, que recuou devido à expectativa de que a taxa no país permaneça baixa por algum tempo.
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