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01/03/2004
-
19h51
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O mercado financeiro começou março com otimismo, alta na Bovespa e queda do dólar, dos juros futuros e da taxa de risco dos títulos da dívida. Após a turbulência de fevereiro, atribuída à crise política no governo Lula e ao receio de uma alta no juro dos EUA no curto prazo, os investidores estrangeiros voltaram hoje às compras de papéis brasileiros, em busca de ganhos elevados.
O principal índice da Bolsa paulista subiu 3,41% e voltou a acumular ganho (1,1%) no ano. Já o dólar teve a quinta queda e ficou abaixo dos R$ 2,90 pela primeira vez desde o início do caso Waldomiro Diniz, em 13 de fevereiro. A baixa de 0,44% fez a moeda dos EUA fechar a R$ 2,896, menor valor desde 27 de janeiro passado. O risco brasileiro recuou 4,5%, aos 552 pontos, menor patamar em duas semanas. O C-Bond valorizou 0,65% para 96,56% de seu valor de face.
O apoio ao governo brasileiro manifestado no último domingo pelo diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, ajudou a melhorar os indicadores, segundo analistas. Após encontro com o presidente Lula, Köhler falou em crescimento "forte" do Brasil neste ano e sinalizou mudança no cálculo do superávit primário (valor economizado pelo país para pagar juro da dívida) para permitir maior investimento em infra-estrutura.
"O FMI conhece o Brasil pelo avesso. Uma opinião positiva do Fundo é muito importante para os investidores estrangeiros e serve para reduzir as especulações políticas", afirmou o gerente da corretora Moeda, José Carlos Benites.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os juros futuros também refletiram o clima mais tranqüilo dos investidores e encerraram em queda. O contrato que estima o juro do mercado para janeiro de 2005, o mais negociado, projetou taxa anual de 15,58%, abaixo da registrada na sexta (15,78%).
"O mercado começou a corrigir a forte alta nos juros futuros verificada no auge da crise política. Mas ainda há dúvidas se o Banco Central voltará a cortar os juros já em março", disse o analista da corretora Pentágono, Marcelo Ribeiro.
No pregão da Bovespa, a ação ordinária (com direito a voto) da AmBev disparou 15,97%,cotada a R$ 835. Já o papel preferencial (sem direito a voto) subiu 4,62% e foi a terceira mais negociada do dia, após a empresa confirmar rumores de que negocia uma fusão com a cervejaria belga Interbrew.
Só uma das 54 ações que formam o Ibovespa fechou em queda. Foi o papel da Braskem, que caiu 2,5%. Foi só um ajuste de preço, após a ação ter registrado a maior alta do Ibovespa em fevereiro (14,75%). Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,89% e a Bolsa eletrônica Nasdaq, 1,38%.
Após "fevereiro negro", mercado retoma otimismo com Brasil
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da Folha Online
O mercado financeiro começou março com otimismo, alta na Bovespa e queda do dólar, dos juros futuros e da taxa de risco dos títulos da dívida. Após a turbulência de fevereiro, atribuída à crise política no governo Lula e ao receio de uma alta no juro dos EUA no curto prazo, os investidores estrangeiros voltaram hoje às compras de papéis brasileiros, em busca de ganhos elevados.
O principal índice da Bolsa paulista subiu 3,41% e voltou a acumular ganho (1,1%) no ano. Já o dólar teve a quinta queda e ficou abaixo dos R$ 2,90 pela primeira vez desde o início do caso Waldomiro Diniz, em 13 de fevereiro. A baixa de 0,44% fez a moeda dos EUA fechar a R$ 2,896, menor valor desde 27 de janeiro passado. O risco brasileiro recuou 4,5%, aos 552 pontos, menor patamar em duas semanas. O C-Bond valorizou 0,65% para 96,56% de seu valor de face.
O apoio ao governo brasileiro manifestado no último domingo pelo diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, ajudou a melhorar os indicadores, segundo analistas. Após encontro com o presidente Lula, Köhler falou em crescimento "forte" do Brasil neste ano e sinalizou mudança no cálculo do superávit primário (valor economizado pelo país para pagar juro da dívida) para permitir maior investimento em infra-estrutura.
"O FMI conhece o Brasil pelo avesso. Uma opinião positiva do Fundo é muito importante para os investidores estrangeiros e serve para reduzir as especulações políticas", afirmou o gerente da corretora Moeda, José Carlos Benites.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os juros futuros também refletiram o clima mais tranqüilo dos investidores e encerraram em queda. O contrato que estima o juro do mercado para janeiro de 2005, o mais negociado, projetou taxa anual de 15,58%, abaixo da registrada na sexta (15,78%).
"O mercado começou a corrigir a forte alta nos juros futuros verificada no auge da crise política. Mas ainda há dúvidas se o Banco Central voltará a cortar os juros já em março", disse o analista da corretora Pentágono, Marcelo Ribeiro.
No pregão da Bovespa, a ação ordinária (com direito a voto) da AmBev disparou 15,97%,cotada a R$ 835. Já o papel preferencial (sem direito a voto) subiu 4,62% e foi a terceira mais negociada do dia, após a empresa confirmar rumores de que negocia uma fusão com a cervejaria belga Interbrew.
Só uma das 54 ações que formam o Ibovespa fechou em queda. Foi o papel da Braskem, que caiu 2,5%. Foi só um ajuste de preço, após a ação ter registrado a maior alta do Ibovespa em fevereiro (14,75%). Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,89% e a Bolsa eletrônica Nasdaq, 1,38%.
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