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02/03/2004
-
18h58
ELAINE COTTA
da Folha Online
A MCI, controladora da Embratel, poderá desistir da venda da operadora brasileira, segundo o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira. Em passagem por São Paulo, ele disse que a própria Embratel teria avisado sobre a possibilidade de a venda não ser concluída.
O ministro afirmou que o presidente da Embratel, Jorge Rodriguez, chegou a admitir a possibilidade de desistência da venda.
"O presidente [da Embratel] disse que, inclusive, a MCI poderia desistir da venda", afirmou durante visita à Telexpo, evento de tecnologia da informação e telecomunicações.
Oliveira afirmou ainda que tem conversado sobre o tema com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e com a própria empresa no Brasil, mas que até o momento "não existe um fato concreto [sobre a venda]".
"Essa é uma questão da própria empresa que até agora não nos entregou nada de concreto e objetivo", afirmou.
Procurada pela Folha Online, a Embratel informou que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre as declarações do ministro. Nos EUA, a diretora de comunicação corporativa da MCI para a América Latina, Regla Perez Pino, disse que a posição da empresa continua sendo a mesma.
Segundo a executiva, quando anunciou a intenção de vender a Embratel, em novembro do ano passado, a MCI informou que "ainda não havia identificado um comprador e que resultado da negociação não poderia ser assegurado". "A nossa posição ainda é a mesma", disse Pino.
O presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller, preferiu não fazer comentários sobre o andamento das negociações. "Não há fato novo. Os detalhes estão sendo tratados nos EUA e quando a Anatel tiver de se pronunciar sobre esse assunto, o fará por meios oficiais", disse Ziller.
A MCI, antiga WorldCom, anunciou a intenção de vender sua participação de quase 52% no capital votante da Embratel no dia 12 de novembro do ano passado. A empresa também é dona de 19,3% das ações preferenciais da operadora brasileira.
Na época, a companhia americana informou que pretendia se desfazer dos ativos considerados "não-estratégicos" para reduzir custos e fortalecer suas operações no mercado dos EUA.
"Após uma cuidadosa avaliação, nós determinamos que deveríamos vender nossa participação na Embratel", disse, na época, em comunicado, o vice-presidente de desenvolvimento corporativo e estratégia da MCI, Jonathan Crane.
Propostas
De acordo com analistas, a venda da Embratel poderia render até US$ 400 milhões aos cofres da MCI. No final do ano passado foram entregues três propostas para a compra da empresa: a de um consórcio formado pelas três maiores companhias de telefonia fixa do país --Telemar, Telefônica e Brasil Telecom; do Telos --fundo de pensão dos funcionários da Embratel--e o grupo mexicano Telmex, que no Brasil já controla a Claro, de telefonia celular.
Crise
A WorldCom decretou moratória em 2002 por conta de um escândalo contábil de US$ 11 bilhões que levou ao indiciamento criminal do ex-presidente da empresa Bernard Ebbers, hoje na Justiça dos EUA. O caso foi considerado uma das maiores moratórias da história dos EUA.
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Ex-presidente da WordCom é processado por fraude
Ministro diz que MCI pode desistir da venda da Embratel
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da Folha Online
A MCI, controladora da Embratel, poderá desistir da venda da operadora brasileira, segundo o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira. Em passagem por São Paulo, ele disse que a própria Embratel teria avisado sobre a possibilidade de a venda não ser concluída.
O ministro afirmou que o presidente da Embratel, Jorge Rodriguez, chegou a admitir a possibilidade de desistência da venda.
"O presidente [da Embratel] disse que, inclusive, a MCI poderia desistir da venda", afirmou durante visita à Telexpo, evento de tecnologia da informação e telecomunicações.
Oliveira afirmou ainda que tem conversado sobre o tema com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e com a própria empresa no Brasil, mas que até o momento "não existe um fato concreto [sobre a venda]".
"Essa é uma questão da própria empresa que até agora não nos entregou nada de concreto e objetivo", afirmou.
Procurada pela Folha Online, a Embratel informou que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre as declarações do ministro. Nos EUA, a diretora de comunicação corporativa da MCI para a América Latina, Regla Perez Pino, disse que a posição da empresa continua sendo a mesma.
Segundo a executiva, quando anunciou a intenção de vender a Embratel, em novembro do ano passado, a MCI informou que "ainda não havia identificado um comprador e que resultado da negociação não poderia ser assegurado". "A nossa posição ainda é a mesma", disse Pino.
O presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller, preferiu não fazer comentários sobre o andamento das negociações. "Não há fato novo. Os detalhes estão sendo tratados nos EUA e quando a Anatel tiver de se pronunciar sobre esse assunto, o fará por meios oficiais", disse Ziller.
A MCI, antiga WorldCom, anunciou a intenção de vender sua participação de quase 52% no capital votante da Embratel no dia 12 de novembro do ano passado. A empresa também é dona de 19,3% das ações preferenciais da operadora brasileira.
Na época, a companhia americana informou que pretendia se desfazer dos ativos considerados "não-estratégicos" para reduzir custos e fortalecer suas operações no mercado dos EUA.
"Após uma cuidadosa avaliação, nós determinamos que deveríamos vender nossa participação na Embratel", disse, na época, em comunicado, o vice-presidente de desenvolvimento corporativo e estratégia da MCI, Jonathan Crane.
Propostas
De acordo com analistas, a venda da Embratel poderia render até US$ 400 milhões aos cofres da MCI. No final do ano passado foram entregues três propostas para a compra da empresa: a de um consórcio formado pelas três maiores companhias de telefonia fixa do país --Telemar, Telefônica e Brasil Telecom; do Telos --fundo de pensão dos funcionários da Embratel--e o grupo mexicano Telmex, que no Brasil já controla a Claro, de telefonia celular.
Crise
A WorldCom decretou moratória em 2002 por conta de um escândalo contábil de US$ 11 bilhões que levou ao indiciamento criminal do ex-presidente da empresa Bernard Ebbers, hoje na Justiça dos EUA. O caso foi considerado uma das maiores moratórias da história dos EUA.
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