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16/03/2004 - 10h36

Ritmo de recuperação e atentados afetam confiança na economia alemã

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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

A confiança dos investidores e analistas na recuperação econômica da Alemanha caiu pelo terceiro mês consecutivo em março, segundo informou hoje o instituto econômico ZEW --um dos mais importantes da Alemanha.

Os temores sobre o ritmo da recuperação econômica do país e os ataques a bomba em Madri na semana passada aumentaram as preocupações.

O índice do instituto ZEW, chamado "índice da atual situação", mostrou que as expectativas de investidores institucionais e analistas caiu de 69,9 em fevereiro para 57,6 pontos neste mês.

"Eles ainda prevêem que a recuperação econômica continuará, mas duvidam do ritmo em que ela ocorrerá", disse o instituto. O índice ZEW mede as expectativas de conjuntura na Alemanha para os próximos seis meses.

O ZEW dividiu as 313 entrevistas que serviram de base para a composição do índice entre as que foram enviadas antes e depois dos ataques em Madri, na Espanha (que mataram 201 pessoas e feriram mais de 1.600 na última quinta-feira). Segundo o instituto, se as respostas tivessem sido enviadas antes dos ataques, o índice teria caído um pouco menos, para 59,1 pontos. Se todas as entrevistas tivessem sido enviadas após os ataques, a queda teria sido para 55,9.

"Isso significa que preocupações mais gerais sobre a economia foram responsáveis pela queda do índice, mais do que os ataques", afirmou o economista do MM Warburg, Christian Jasperneite.

Superávit

A Alemanha deverá registrar um superávit comercial de cerca de 139 bilhões de euros (US$ 169,9 bilhões) neste ano, segundo previsão da associação de exportadores BGA nesta terça-feira. De acordo com a associação, as exportações crescerão 3,8%, contra 3% das importações.

Para o presidente da BGA, Anton Boerner, os membros do grupo industrial podem viver "com esforço" com uma taxa de câmbio do euro entre US$ 1,22 e US$ 1,28. Ele disse que o alto preço do petróleo, de US$ 33 por barril, representa um sério risco para o crescimento econômico global.

Boerner também afirmou que a ameaça de organizações terroristas internacionais teve um impacto relativamente pequeno na economia alemã, com exceção da indústria turística. "Nós ficaríamos preocupados se a situação se deteriorasse mais", disse ele em comunicado.

A maior economia européia deverá crescer 1,2% neste ano, prevê Boerner. "Com um superávit comercial recorde, o comércio estrangeiro dará um forte impulso à economia alemã este ano."

Com agências internacionais
 

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