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17/03/2004
-
12h55
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
Os principais boatos que circularam na Bovespa neste primeiro trimestre se concretizaram. A Embratel foi vendida para a mexicana Telmex. A AmBev se uniu à belga Interbrew. A Eletropaulo renegociou sua dívida. O Wal-Mart comprou o Bompreço.
Se esses casos reforçam a tradição do mercado de "comprar no boato e vender no fato", há ainda histórias pendentes que prometem muitas especulações no pregão, leitura de notinhas na imprensa especializada, em bate-papos, lista de discussões e fóruns de operadores da Bolsa.
Exemplos: em janeiro, houve euforia com as ações da Ipiranga Petroquímica com a aposta de que a Petrobras iria comprar a empresa. As duas empresas negaram tudo, em notas enviadas à Bovespa, mas a situação da companhia gaúcha continua no radar dos analistas do setor.
Já os papéis da Braskem também dispararam com a sinalização dada no final de dezembro pelo presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, de que a estatal tinha interesse em aumentar sua participação na Braskem, que hoje é de 11%, para 32%, igualando-se à Odebrecht.
O fato é que, no primeiro bimestre, Braskem PNA valorizou 15%, terceira maior alta do Ibovespa no período.
Também sofreu forte oscilação a ação da Tractebel Energia, maior empresa privada do setor elétrico brasileiro, com a volta dos boatos de fechamento de capital, o que gerou desmentido pelo diretor de relações com investidores da Tractebel, Marc Jacques Zelie Verstraete.
Após a venda da Embratel, os operadores da Bovespa esforçam-se agora para descobrir as novas "vedetes" da boataria, a fim de garimpar as melhores oportunidades de ganhos com os papéis. No setor de telecomunicações, podem "ressuscitar" as especulações sobre a venda da Telemig Celular para a Vivo. No mês passado, o presidente da Vivo, Francisco Padinha, negou que estivesse negociando com a Telemig.
O futuro da Net também é apontado como a principal fonte de boatos. Após a reestruturação de sua dívida, especula-se sobre o aumento da participação da Microsoft na empresa. O boato eclodiu após a visita ao Brasil do bilionário Paul Allen, sócio de Bill Gates, durante o Carnaval no Rio. No mês passado, também agitou o mercado a notícia --depois negada-- sobre a fusão entre Sky e a DirecTV, donas de canais de TV via satélite, no Brasil.
No setor de siderurgia, a eventual fusão entre Usiminas e a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) pode voltar à pauta. No fim do ano passado, o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, sinalizou que uma possível megafusão da siderurgia brasileira demoraria no mínimo um ano para ser concretizada. Aguarda-se ainda a decisão da Gerdau sobre construir uma usina em Araçariguama (50 km a oeste da capital), na região de Sorocaba. O vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da Gerdau, Osvaldo Schirmer, prometeu a decisão para até o final deste mês.
Operadores da Bovespa buscam renovar "estoque de boatos"
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da Folha Online
Os principais boatos que circularam na Bovespa neste primeiro trimestre se concretizaram. A Embratel foi vendida para a mexicana Telmex. A AmBev se uniu à belga Interbrew. A Eletropaulo renegociou sua dívida. O Wal-Mart comprou o Bompreço.
Se esses casos reforçam a tradição do mercado de "comprar no boato e vender no fato", há ainda histórias pendentes que prometem muitas especulações no pregão, leitura de notinhas na imprensa especializada, em bate-papos, lista de discussões e fóruns de operadores da Bolsa.
Exemplos: em janeiro, houve euforia com as ações da Ipiranga Petroquímica com a aposta de que a Petrobras iria comprar a empresa. As duas empresas negaram tudo, em notas enviadas à Bovespa, mas a situação da companhia gaúcha continua no radar dos analistas do setor.
Já os papéis da Braskem também dispararam com a sinalização dada no final de dezembro pelo presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, de que a estatal tinha interesse em aumentar sua participação na Braskem, que hoje é de 11%, para 32%, igualando-se à Odebrecht.
O fato é que, no primeiro bimestre, Braskem PNA valorizou 15%, terceira maior alta do Ibovespa no período.
Também sofreu forte oscilação a ação da Tractebel Energia, maior empresa privada do setor elétrico brasileiro, com a volta dos boatos de fechamento de capital, o que gerou desmentido pelo diretor de relações com investidores da Tractebel, Marc Jacques Zelie Verstraete.
Após a venda da Embratel, os operadores da Bovespa esforçam-se agora para descobrir as novas "vedetes" da boataria, a fim de garimpar as melhores oportunidades de ganhos com os papéis. No setor de telecomunicações, podem "ressuscitar" as especulações sobre a venda da Telemig Celular para a Vivo. No mês passado, o presidente da Vivo, Francisco Padinha, negou que estivesse negociando com a Telemig.
O futuro da Net também é apontado como a principal fonte de boatos. Após a reestruturação de sua dívida, especula-se sobre o aumento da participação da Microsoft na empresa. O boato eclodiu após a visita ao Brasil do bilionário Paul Allen, sócio de Bill Gates, durante o Carnaval no Rio. No mês passado, também agitou o mercado a notícia --depois negada-- sobre a fusão entre Sky e a DirecTV, donas de canais de TV via satélite, no Brasil.
No setor de siderurgia, a eventual fusão entre Usiminas e a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) pode voltar à pauta. No fim do ano passado, o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, sinalizou que uma possível megafusão da siderurgia brasileira demoraria no mínimo um ano para ser concretizada. Aguarda-se ainda a decisão da Gerdau sobre construir uma usina em Araçariguama (50 km a oeste da capital), na região de Sorocaba. O vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da Gerdau, Osvaldo Schirmer, prometeu a decisão para até o final deste mês.
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