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17/03/2004 - 20h03

Copom desafia crítica de motivação política e deve renovar ânimo do mercado

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de retomar o processo de corte da taxa Selic abriu espaço para críticas de que o Banco Central cedeu às pressões políticas. A avaliação é do economista-chefe da consultoria Global Station, Marcelo de Ávila.

Na sua opinião, o corte simbólico do juro em 0,25 ponto percentual, para 16,25% ao ano, poderá ser interpretado como uma forma de o governo Lula desviar a atenção de casos de CPI e de insatisfações em relação à condução da política econômica do ministro Antonio Palocci (Fazenda).

"Agora cabe ao Copom continuar com as reduções dos juros para iniciam um ciclo virtuoso de crescimento econômico", afirma Ávila.

Para a LCA Consultores, a redução da Selic "deve ajudar a atenuar o clima de desconforto com a política econômica --que se avolumou nas últimas semanas, sobretudo após o desgaste provocado pelo caso Waldomiro Diniz e pela divulgação da retração do PIB em 2003". A consultoria projeta o juro em 15% até junho e de 14% até dezembro.

Bovespa

O economista da corretora paulista Souza Barros, Clodoir Vieira, prevê a volta do Ibovespa para um patamar acima de 22 mil pontos, após a decisão do Copom de fazer um corte simbólico na taxa Selic. Hoje, o Ibovespa subiu 1,33%, fechando aos 21.900 pontos.

"Desde ontem, os juros futuros na BM&F já se ajustavam a uma expectativa de corte. Mas a decisão vai dar um ânimo novo à Bovespa amanhã", afirmou Vieira.

Merrill Lynch

A Merrill Lynch, a maior corretora do mundo, foi a primeira instituição financeira a prever em público que o Copom reduziria o juro hoje.

Em relatório divulgado na sexta-feira passada, a corretora contrariava o consenso do mercado e já projetava um corte simbólico de 0,25 ponto percentual, para 16,25% ao ano.

Na sexta-feira passada, o Ibovespa fechou com alta de 4,88%, a maior valorização percentual desde a eleição do presidente Lula, em outubro de 2002.
 

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