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18/03/2004
-
16h32
IVONE PORTES
da Folha Online
As culturas de soja e milho foram as mais prejudicas pelas alterações de clima ocorridas no país neste ano. De acordo com dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) do acompanhamento de safra desta semana, o excesso de chuvas causou perdas à soja em Mato Grosso, maior produtor nacional do grão. No Sul do país e no Mato Grosso do Sul, a estiagem provocou quebra na produção de milho.
A quantificação das perdas ainda será apurada, durante a pesquisa de campo, que ocorre de 11 a 17 de abril. Mas, de acordo com estimativas do economista da Conab, Carlos Eduardo Tavares, a safrinha de milho, que começará em junho, deve colher 4 milhões de toneladas a menos do que o esperado.
A última previsão era que a produção de milho atingisse 12,7 milhões de toneladas na safrinha. Quanto à soja, a previsão é que a primeira safra, estimada em 57 milhões de toneladas, fique 2 milhões de toneladas menor.
As quebras das safras de milho e soja, porém, não devem ter impacto nos preços dos produtos e em seus derivados no mercado interno, avalia Tavares.
De acordo com ele, a produção da primeira safra de milho vinha crescendo mais do que o consumo, devido ao aumento da produtividade e da utilização de tecnologia. No caso da soja, que tem cerca de 70% da sua produção voltada para as exportações, o economista considera que o produto já está "muito caro".
Segundo ele, hoje a saca de soja é vendida por R$ 55 no porto de Paranaguá e o milho, a R$ 19 a saca.
Regiões
A soja foi prejudicada tanto pelas chuvas acima da média, no Centro-Oeste, quanto pela deficiência hídrica ocorrida no Sul. Segundo o gerente de Levantamento de Safras da Conab, Eledon Oliveira, há significativa redução na produtividade do grão no Sul, principalmente nos municípios gaúchos de Santa Rosa, Ijuí e Santa Maria.
No Paraná, de acordo com Oliveira, a quebra será maior que a registrada no último levantamento de campo, realizado em fevereiro.
Na pesquisa passada, a Conab apontava uma produção de soja menor em 1 milhão de toneladas em todo o país. No Mato Grosso do Sul, a falta de chuva também deve provocar redução na colheita da oleaginosa.
O excesso de chuva foi responsável ainda, segundo a Conab, por significativas perdas em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso, no Mato Grosso.
Além dos prejuízos causados por fatores climáticos, os produtores do Centro-Oeste vão sofrer com quebras devido à ferrugem asiática.
Já a falta de chuva afetou a lavoura de milho no Rio Grande do Sul, principalmente nos municípios de São Luiz Gonzaga, Canguçu e Arroio do Tigre.
Em Santa Catarina, as regiões mais atingidas são as de Lages a Campos Novos e do Alto do Vale do Itajaí.
Mudanças de clima provocam perdas em safras de soja e milho
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da Folha Online
As culturas de soja e milho foram as mais prejudicas pelas alterações de clima ocorridas no país neste ano. De acordo com dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) do acompanhamento de safra desta semana, o excesso de chuvas causou perdas à soja em Mato Grosso, maior produtor nacional do grão. No Sul do país e no Mato Grosso do Sul, a estiagem provocou quebra na produção de milho.
A quantificação das perdas ainda será apurada, durante a pesquisa de campo, que ocorre de 11 a 17 de abril. Mas, de acordo com estimativas do economista da Conab, Carlos Eduardo Tavares, a safrinha de milho, que começará em junho, deve colher 4 milhões de toneladas a menos do que o esperado.
A última previsão era que a produção de milho atingisse 12,7 milhões de toneladas na safrinha. Quanto à soja, a previsão é que a primeira safra, estimada em 57 milhões de toneladas, fique 2 milhões de toneladas menor.
As quebras das safras de milho e soja, porém, não devem ter impacto nos preços dos produtos e em seus derivados no mercado interno, avalia Tavares.
De acordo com ele, a produção da primeira safra de milho vinha crescendo mais do que o consumo, devido ao aumento da produtividade e da utilização de tecnologia. No caso da soja, que tem cerca de 70% da sua produção voltada para as exportações, o economista considera que o produto já está "muito caro".
Segundo ele, hoje a saca de soja é vendida por R$ 55 no porto de Paranaguá e o milho, a R$ 19 a saca.
Regiões
A soja foi prejudicada tanto pelas chuvas acima da média, no Centro-Oeste, quanto pela deficiência hídrica ocorrida no Sul. Segundo o gerente de Levantamento de Safras da Conab, Eledon Oliveira, há significativa redução na produtividade do grão no Sul, principalmente nos municípios gaúchos de Santa Rosa, Ijuí e Santa Maria.
No Paraná, de acordo com Oliveira, a quebra será maior que a registrada no último levantamento de campo, realizado em fevereiro.
Na pesquisa passada, a Conab apontava uma produção de soja menor em 1 milhão de toneladas em todo o país. No Mato Grosso do Sul, a falta de chuva também deve provocar redução na colheita da oleaginosa.
O excesso de chuva foi responsável ainda, segundo a Conab, por significativas perdas em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso, no Mato Grosso.
Além dos prejuízos causados por fatores climáticos, os produtores do Centro-Oeste vão sofrer com quebras devido à ferrugem asiática.
Já a falta de chuva afetou a lavoura de milho no Rio Grande do Sul, principalmente nos municípios de São Luiz Gonzaga, Canguçu e Arroio do Tigre.
Em Santa Catarina, as regiões mais atingidas são as de Lages a Campos Novos e do Alto do Vale do Itajaí.
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