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23/03/2004
-
20h13
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba
A paralisação no porto de Paranaguá (PR) completou hoje cinco dias, sem que houvesse uma solução para a retomada do embarque de navios para exportação da safra de soja de 2004. A Delegacia Regional do Trabalho tentou intermediar um acordo no início da tarde, mas representantes da administração do porto e dos sindicatos que lideram o protesto não chegaram a um consenso. O movimento é liderado por operadores portuários e exportadores.
No final da tarde, o governador Roberto Requião (PMDB) abriu um canal de negociações, e representantes do governo receberam uma comissão de líderes do protesto. Antes Requião antecipou que não atenderia a principal reivindicação.
Operadores, agentes marítimos e trabalhadores do porto paralisaram o terminal exigindo a queda do superintendente Eduardo Requião, que é irmão do governador.
"Essa não é a única reivindicação", disse antes do encontro o presidente da Câmara Municipal de Paranaguá e um dos líderes do protesto, Antonio Ricardo dos Santos (PPS), dando sinais de que o impasse poderia ser contornado.
Segundo a administração do porto, parte dos 43 navios que esperavam ao largo para atracar retomou a viagem para outros pontos, sem previsão de que voltem para carregar no porto paranaense.
Revoltados com a demora, alguns dos cerca de 5.000 caminhoneiros que estão parados na fila esperando entregar a carga --os primeiros da fila completaram hoje oito dias parados--, ameaçavam bloquear o trecho da BR-277 para o trânsito normal e jogar a carga na pista.
"Alguma coisa vai acontecer. Ficar parado aqui é que a gente não pode mais", disse o motorista Jacir Galvão, 47, que está com o caminhão carregado de soja de Assis Chateaubriand parado no acostamento a 16 km do ponto de desembarque. "Desci a serra (do Mar) na terça-feira (da semana passada) e não andei mais", contou.
Os motoristas também reclamam de roubos noturnos de peças dos caminhões, de de insônia e do risco de acidentes. Na segunda à noite, dois caminhões bateram quando um da fila manobrava, mas não houve feridos.
Paralisação e filas continuam no 5º dia de protestos no porto de Paranaguá
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da Agência Folha, em Curitiba
A paralisação no porto de Paranaguá (PR) completou hoje cinco dias, sem que houvesse uma solução para a retomada do embarque de navios para exportação da safra de soja de 2004. A Delegacia Regional do Trabalho tentou intermediar um acordo no início da tarde, mas representantes da administração do porto e dos sindicatos que lideram o protesto não chegaram a um consenso. O movimento é liderado por operadores portuários e exportadores.
No final da tarde, o governador Roberto Requião (PMDB) abriu um canal de negociações, e representantes do governo receberam uma comissão de líderes do protesto. Antes Requião antecipou que não atenderia a principal reivindicação.
Operadores, agentes marítimos e trabalhadores do porto paralisaram o terminal exigindo a queda do superintendente Eduardo Requião, que é irmão do governador.
"Essa não é a única reivindicação", disse antes do encontro o presidente da Câmara Municipal de Paranaguá e um dos líderes do protesto, Antonio Ricardo dos Santos (PPS), dando sinais de que o impasse poderia ser contornado.
Segundo a administração do porto, parte dos 43 navios que esperavam ao largo para atracar retomou a viagem para outros pontos, sem previsão de que voltem para carregar no porto paranaense.
Revoltados com a demora, alguns dos cerca de 5.000 caminhoneiros que estão parados na fila esperando entregar a carga --os primeiros da fila completaram hoje oito dias parados--, ameaçavam bloquear o trecho da BR-277 para o trânsito normal e jogar a carga na pista.
"Alguma coisa vai acontecer. Ficar parado aqui é que a gente não pode mais", disse o motorista Jacir Galvão, 47, que está com o caminhão carregado de soja de Assis Chateaubriand parado no acostamento a 16 km do ponto de desembarque. "Desci a serra (do Mar) na terça-feira (da semana passada) e não andei mais", contou.
Os motoristas também reclamam de roubos noturnos de peças dos caminhões, de de insônia e do risco de acidentes. Na segunda à noite, dois caminhões bateram quando um da fila manobrava, mas não houve feridos.
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