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25/03/2004
-
07h12
ELAINE COTTA
da Folha Online
O Ministério de Minas e Energia pretende fazer um credenciamento para listar as empresas interessadas em comercializar energia para a Argentina.
O modelo de como será esse credenciamento, no entanto, ainda não está definido, segundo a ministra Dilma Rousseff, que esteve ontem na Assembléia Legislativa de São Paulo para falar sobre o novo modelo do setor elétrico para os deputados do Estado.
"Tudo indica que a Argentina pode passar por uma situação bastante difícil e por isso nós discutimos o intercâmbio. Nossa idéia é credenciar empresas no Brasil interessadas em disputar a venda de energia na Argentina", disse Dilma.
Na sexta-feira passada uma comitiva liderada por Dilma, e integrada por técnicos da Eletrobrás, esteve em Buenos Aires para discutir a venda de energia do Brasil para o país vizinho a partir de maio.
A intenção é exportar cerca 300 megawatts médios, chegando no pico a 500 megawatts por meio de linhas de transmissão que ligam Itá (em Santa Catarina) a Garabi, na Província argentina de Corrientes.
A compra de energia do Brasil é um reflexo da crise energética vivida atualmente pela Argentina, já que a geração não é suficiente para cobrir a demanda no país.
A crise de energia da Argentina é provocada pela falta de investimentos em obras de infra-estrutura, ampliação e manutenção dos serviços, que poderá até levar o país a um racionamento.
As empresas que administram as concessões públicas do setor de energia paralisaram investimentos por conta da crise econômica e do congelamento de preços, iniciado em janeiro de 2002.
Uruguai
A ministra também confirmou que o Uruguai também pretende comprar energia elétrica do Brasil. Segundo ela, o país já está sofrendo problemas de abastecimento por conta da interrupção do contrato de fornecimento que tinha com a Argentina.
"Eles [os uruguaios] emprestaram energia para nós em 2001 [durante o racionamento] e nós vamos devolver. Além disso, nos pediram um contrato de exportação de energia", disse.
No começo da semana, o governo uruguaio admitiu que o país pretende comprar até 70 megawatts/hora de energia do Brasil. Técnicos da UTE (Empresa Estatal de Energia do Uruguai) já estiveram em Brasília para discutir o tema.
A compra de energia do Brasil é um reflexo da crise energética vivida atualmente pela Argentina. Os argentinos sempre foram o principal fornecedor de energia do Uruguai.
Atualmente, o consumo dos uruguaios nas horas consideradas 'de pico' supera os 1.000 megawatts por hora, dos quais quase 40% eram fornecidos pela Argentina (cerca de 338 megawatts/hora). Mas, nas últimas semanas, a venda de energia da Argentina para o país caiu para cerca de 20 megawatts por hora.
Brasil vai credenciar empresas para exportar energia à Argentina
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da Folha Online
O Ministério de Minas e Energia pretende fazer um credenciamento para listar as empresas interessadas em comercializar energia para a Argentina.
O modelo de como será esse credenciamento, no entanto, ainda não está definido, segundo a ministra Dilma Rousseff, que esteve ontem na Assembléia Legislativa de São Paulo para falar sobre o novo modelo do setor elétrico para os deputados do Estado.
"Tudo indica que a Argentina pode passar por uma situação bastante difícil e por isso nós discutimos o intercâmbio. Nossa idéia é credenciar empresas no Brasil interessadas em disputar a venda de energia na Argentina", disse Dilma.
Na sexta-feira passada uma comitiva liderada por Dilma, e integrada por técnicos da Eletrobrás, esteve em Buenos Aires para discutir a venda de energia do Brasil para o país vizinho a partir de maio.
A intenção é exportar cerca 300 megawatts médios, chegando no pico a 500 megawatts por meio de linhas de transmissão que ligam Itá (em Santa Catarina) a Garabi, na Província argentina de Corrientes.
A compra de energia do Brasil é um reflexo da crise energética vivida atualmente pela Argentina, já que a geração não é suficiente para cobrir a demanda no país.
A crise de energia da Argentina é provocada pela falta de investimentos em obras de infra-estrutura, ampliação e manutenção dos serviços, que poderá até levar o país a um racionamento.
As empresas que administram as concessões públicas do setor de energia paralisaram investimentos por conta da crise econômica e do congelamento de preços, iniciado em janeiro de 2002.
Uruguai
A ministra também confirmou que o Uruguai também pretende comprar energia elétrica do Brasil. Segundo ela, o país já está sofrendo problemas de abastecimento por conta da interrupção do contrato de fornecimento que tinha com a Argentina.
"Eles [os uruguaios] emprestaram energia para nós em 2001 [durante o racionamento] e nós vamos devolver. Além disso, nos pediram um contrato de exportação de energia", disse.
No começo da semana, o governo uruguaio admitiu que o país pretende comprar até 70 megawatts/hora de energia do Brasil. Técnicos da UTE (Empresa Estatal de Energia do Uruguai) já estiveram em Brasília para discutir o tema.
A compra de energia do Brasil é um reflexo da crise energética vivida atualmente pela Argentina. Os argentinos sempre foram o principal fornecedor de energia do Uruguai.
Atualmente, o consumo dos uruguaios nas horas consideradas 'de pico' supera os 1.000 megawatts por hora, dos quais quase 40% eram fornecidos pela Argentina (cerca de 338 megawatts/hora). Mas, nas últimas semanas, a venda de energia da Argentina para o país caiu para cerca de 20 megawatts por hora.
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