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14/04/2004 - 16h02

Importações de aço começam a cair na China

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INAIÊ SANCHEZ
da Folha Online

As medidas para restringir o crédito na China começam a provocar seus primeiros efeitos. O ritmo das importações de aço do país está diminuindo, de acordo com relatório da consultoria internacional CRUspi, que traça projeções para o preço do aço no mercado global.

Além disso, a expansão do parque siderúrgico chinês também deve levar à redução das compras de aço por parte do país, influenciando os preços no futuro.

Tal previsão, entretanto, "não contém nenhuma perspectiva alarmante", disse à Folha Online o analista Luis Caetano, da Brascan Corretora de Títulos e Valores.

O aço continua em alta no mercado internacional. A CRUspi prevê que os preços do produto devem subir 9,9% neste segundo trimestre, em comparação ao primeiro trimestre do ano.

O índice Global da CRUspi já acumula uma alta de 40,4% em 2004, mesmo depois de um ganho de 54,7% nos dois últimos anos.

"Somente em abril de 2004, os preços globais já avançaram 12,4%, com destaque para os aços planos, que tiveram alta de 15,8%", diz Caetano.
Os aços planos foram o destaque no mês, mas os aços longos não ficaram atrás, registrando um forte aumento de 68,2%.

Uma das razões para este desempenho têm sido a persistência do consumo chinês. "Porém, o mercado na China já parece estar em passo mais desacelerado, sendo 'substituído' pela Europa e EUA, que estão puxando os preços", diz o analista do BancoBrascan, citando dados da CRUspi.

Ele acrescenta que a diminuição das importações chinesas, além de poder reduzir os preços do produto final, já estão fazendo cair as cotações de matérias-primas como a sucata. "Isso pode aumentar as margens das siderúrgicas no curto prazo, mas prenunciam quedas futuras no preço do aço".

Outro fator que pode contribuir para a redução da demanda por aço na China está ligado ao patamar dos juros no país. De acordo com análises do Deutsche Bank, os setores mais sensíveis ao aumento das taxas são o imobiliário e o de cimento, seguidos pelo de aço e bancário.

Portanto, se foram confirmadas as previsões de alta de juros na China este ano para tentar frear o crescimento da economia, a queda pela demanda por aço pode ser sentida mais intensamente.

"A procura por outras commodities deverá ser bem menos afetada", dizem os estrategistas do banco alemão.

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