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05/05/2004
-
18h22
INAIÊ SANCHEZ
da Folha Online
Os preços do petróleo continuaram subindo hoje com os temores de novos atentados terroristas e dificuldades no abastecimento internacional.
Além do aumento da violência no Oriente Médio, em particular no Iraque, preocupam o mercado o recrudescimento da crise na Nigéria, maior exportadora africana, e problemas no embarque de barris em porto na Geórgia.
As preocupações geopolíticas minimizaram inclusive a boa notícia do aumento das reservas nos Estados Unidos.
Em Nova York, o petroleo do tipo cru leve já se aproxima de US$ 40. O barril para entrega em junho, o contrato mais negociado, chegou nesta quarta-feira a US$ 39,74, encerrando o dia com alta de US$ 0,59, a US$ 39,57. Foi o fechamento mais alto desde 12 de outubro de 1990, antes do início da Guerra do Golfo em janeiro de 1991.
Já o barril do óleo Brent para junho, negociado em Londres, fechou hoje com alta de US$ 0,79, a US$ 36,72. Durante a jornada, chegou na casa dos US$ 36,90.
De acordo com especialistas, o mercado está mais preocupado com as incertezas geopolíticas do que com o nível de reservas nos EUA.
Teme-se que o aumento da violência no Oriente Médio possa criar problemas no abastecimento.
No final de semana, militantes islâmicos mataram a tiros funcionários de uma companhia de prospecção na cidade saudita de Yanbu. Dez dias antes, forças dos EUA enfrentaram uma missão suicida no terminal exportador de petróleo em Basra, no Iraque.
Nos EUA, a demanda por combustível continua crescendo fortemente, de acordo com os números do Departamento de Energia e do Instituto Americano do Petróleo divulgados hoje. O consumo nas últimas quatro semanas ficou na casa de 9,1 milhões de barris por dia, ou 3,8% a mais em relação ao mesmo período do ano passado.
Nigéria e Geórgia
Na Nigéria, a polícia informou que centenas de muçulmanos foram mortos pela milícia cristã em uma luta étnica na cidade de Yelwa, na parte central do país. Embora a localidade seja distante das instalações petrolíferas nigerianas, a violência gerou temores de possíveis problemas na distribuição por parte do maior produtor africano de óleo.
Na Geórgia, teme-se que possa haver interrupções na distribuição diária de 200 mil barris no terminal exportador de Batumi, no Mar Negro. O ministro da Defesa do país, Gela Bezhuashvili, disse a uma televisão local que o terminal da região de Adzhara havia sido minado.
Ele não esclareceu quem pôs os explosivos, mas o líder rebelde Aslan Abashidze atualmente está com o controle da região.
Gasolina
Por outro lado, o relatório forneceu algum alívio para os que temiam o pior no fornecimento nos postos norte-americanos neste verão, com a gasolina tendo batido ontem, em Nova York, o recorde de US$ 1,3095 por galão (3,785 litros).
Segundo os dados publicados, os estoques de gasolina aumentaram em 4 milhões de barris para 204 milhões de barris na semana terminada em 30 de abril --muito mais do que a previsão de 1,5 milhão de barris.
Petróleo se aproxima de US$ 40 com tensão no Oriente Médio, Nigéria e Geórgia
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da Folha Online
Os preços do petróleo continuaram subindo hoje com os temores de novos atentados terroristas e dificuldades no abastecimento internacional.
Além do aumento da violência no Oriente Médio, em particular no Iraque, preocupam o mercado o recrudescimento da crise na Nigéria, maior exportadora africana, e problemas no embarque de barris em porto na Geórgia.
As preocupações geopolíticas minimizaram inclusive a boa notícia do aumento das reservas nos Estados Unidos.
Em Nova York, o petroleo do tipo cru leve já se aproxima de US$ 40. O barril para entrega em junho, o contrato mais negociado, chegou nesta quarta-feira a US$ 39,74, encerrando o dia com alta de US$ 0,59, a US$ 39,57. Foi o fechamento mais alto desde 12 de outubro de 1990, antes do início da Guerra do Golfo em janeiro de 1991.
Já o barril do óleo Brent para junho, negociado em Londres, fechou hoje com alta de US$ 0,79, a US$ 36,72. Durante a jornada, chegou na casa dos US$ 36,90.
De acordo com especialistas, o mercado está mais preocupado com as incertezas geopolíticas do que com o nível de reservas nos EUA.
Teme-se que o aumento da violência no Oriente Médio possa criar problemas no abastecimento.
No final de semana, militantes islâmicos mataram a tiros funcionários de uma companhia de prospecção na cidade saudita de Yanbu. Dez dias antes, forças dos EUA enfrentaram uma missão suicida no terminal exportador de petróleo em Basra, no Iraque.
Nos EUA, a demanda por combustível continua crescendo fortemente, de acordo com os números do Departamento de Energia e do Instituto Americano do Petróleo divulgados hoje. O consumo nas últimas quatro semanas ficou na casa de 9,1 milhões de barris por dia, ou 3,8% a mais em relação ao mesmo período do ano passado.
Nigéria e Geórgia
Na Nigéria, a polícia informou que centenas de muçulmanos foram mortos pela milícia cristã em uma luta étnica na cidade de Yelwa, na parte central do país. Embora a localidade seja distante das instalações petrolíferas nigerianas, a violência gerou temores de possíveis problemas na distribuição por parte do maior produtor africano de óleo.
Na Geórgia, teme-se que possa haver interrupções na distribuição diária de 200 mil barris no terminal exportador de Batumi, no Mar Negro. O ministro da Defesa do país, Gela Bezhuashvili, disse a uma televisão local que o terminal da região de Adzhara havia sido minado.
Ele não esclareceu quem pôs os explosivos, mas o líder rebelde Aslan Abashidze atualmente está com o controle da região.
Gasolina
Por outro lado, o relatório forneceu algum alívio para os que temiam o pior no fornecimento nos postos norte-americanos neste verão, com a gasolina tendo batido ontem, em Nova York, o recorde de US$ 1,3095 por galão (3,785 litros).
Segundo os dados publicados, os estoques de gasolina aumentaram em 4 milhões de barris para 204 milhões de barris na semana terminada em 30 de abril --muito mais do que a previsão de 1,5 milhão de barris.
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