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08/05/2004
-
10h05
INAIÊ SANCHEZ
da Folha Online
O petróleo bateu em US$ 40 nesta semana, mas poderá subir ainda mais caso aumente a violência na Arábia Saudita. Nos vários cenários traçados para a evolução dos preços, o mais provável ainda é que algum alívio aconteça nas próximas semanas, desde que a superaquecida economia chinesa não entre em colapso, o que poderia derrubar as cotações para a casa dos US$ 25.
Devido aos ataques do final de semana passado a instalações petroquímicas da Arábia Saudita e ao volátil prazo de 30 de junho para a transição política no Iraque, o preço do barril do petróleo negociado em Nova York deve ficar em torno de US$ 40 nos próximos dias, estimam os analistas do banco americano Morgan Stanley. Para o óleo Brent, negociado em Londres, eles prevêem uma cotação média de US$ 38 para junho.
De acordo com os economistas Eric Chaney e Richard Berner, os mercados já estão embutindo nos preços uma probabilidade significativa de problemas no abastecimento.
"O panorama de curto prazo pressupõe cotações altas, refletindo um prêmio de risco maior devido a tensões mais evidentes tanto no Iraque como na Arábia Saudita", dizem.
Cenários
Os analistas do Morgan Stanley traçaram três cenários para o mercado global de óleo: 1) Fim da ameaça no abastecimento. Este é o panorama mais provável, com 65% de chances de ocorrer. Para tanto, além da redução da tensão no Oriente Médio, seria necessário que a economia chinesa começasse a esfriar, mas de modo organizado.
"Uma estabilização das importações chinesas do setor de energia ajudaria a aliviar a demanda global e, assim, as tensões nos preços", apontam.
Nesse caso, Eric Chaney e Richard Berner vêem o barril do Brent, em 2005, cotado a US$ 30.
2) Aumento da violência na Arábia Saudita. Este é o pior cenário, que seria caracterizado como um terceiro choque do petróleo, e teria 20% de possibilidade de ocorrência.
Para isso, conflitos na Arábia Saudita cortariam pela metade a produção diária de 8 milhões de barris. Apesar de esse volume representar a perda de apenas 5% da produção global de petróleo, "tal choque no abastecimento dobraria temporariamente o atual preço do barril", estimam.
Nesse caso, o Brent poderia chegar a US$ 75 no último trimestre deste ano. A economia global poderia viver, então, uma recessão de curto prazo, com o barril retrocedendo para uma média de US$ 55, em 2005. 3) A quebra da China. Neste último cenário, com chances de 15%, aconteceria o inverso. A demanda cairia assustadoramente e sobraria petróleo. Para isso, os estrategistas do Morgan Stanley assumem que as autoridades chinesas não conseguiriam desacelerar a economia apropriadamente e o país enfrentaria, então, um colapso.
China pode derrubar preço do petróleo, mas terror elevaria cotação ainda mais
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da Folha Online
O petróleo bateu em US$ 40 nesta semana, mas poderá subir ainda mais caso aumente a violência na Arábia Saudita. Nos vários cenários traçados para a evolução dos preços, o mais provável ainda é que algum alívio aconteça nas próximas semanas, desde que a superaquecida economia chinesa não entre em colapso, o que poderia derrubar as cotações para a casa dos US$ 25.
Devido aos ataques do final de semana passado a instalações petroquímicas da Arábia Saudita e ao volátil prazo de 30 de junho para a transição política no Iraque, o preço do barril do petróleo negociado em Nova York deve ficar em torno de US$ 40 nos próximos dias, estimam os analistas do banco americano Morgan Stanley. Para o óleo Brent, negociado em Londres, eles prevêem uma cotação média de US$ 38 para junho.
De acordo com os economistas Eric Chaney e Richard Berner, os mercados já estão embutindo nos preços uma probabilidade significativa de problemas no abastecimento.
"O panorama de curto prazo pressupõe cotações altas, refletindo um prêmio de risco maior devido a tensões mais evidentes tanto no Iraque como na Arábia Saudita", dizem.
Cenários
Os analistas do Morgan Stanley traçaram três cenários para o mercado global de óleo: 1) Fim da ameaça no abastecimento. Este é o panorama mais provável, com 65% de chances de ocorrer. Para tanto, além da redução da tensão no Oriente Médio, seria necessário que a economia chinesa começasse a esfriar, mas de modo organizado.
"Uma estabilização das importações chinesas do setor de energia ajudaria a aliviar a demanda global e, assim, as tensões nos preços", apontam.
Nesse caso, Eric Chaney e Richard Berner vêem o barril do Brent, em 2005, cotado a US$ 30.
2) Aumento da violência na Arábia Saudita. Este é o pior cenário, que seria caracterizado como um terceiro choque do petróleo, e teria 20% de possibilidade de ocorrência.
Para isso, conflitos na Arábia Saudita cortariam pela metade a produção diária de 8 milhões de barris. Apesar de esse volume representar a perda de apenas 5% da produção global de petróleo, "tal choque no abastecimento dobraria temporariamente o atual preço do barril", estimam.
Nesse caso, o Brent poderia chegar a US$ 75 no último trimestre deste ano. A economia global poderia viver, então, uma recessão de curto prazo, com o barril retrocedendo para uma média de US$ 55, em 2005. 3) A quebra da China. Neste último cenário, com chances de 15%, aconteceria o inverso. A demanda cairia assustadoramente e sobraria petróleo. Para isso, os estrategistas do Morgan Stanley assumem que as autoridades chinesas não conseguiriam desacelerar a economia apropriadamente e o país enfrentaria, então, um colapso.
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