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19/05/2004
-
09h52
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O dólar abriu hoje em baixa, vendido a R$ 3,112. Após a abertura, a moeda já recua para R$ 3,108 (-0,73%). O dia será de suspense com a espera pela decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que será divulgada só no início da noite, após o fechamento dos negócios. O risco Brasil, que mede a desconfiança estrangeira no país, recua 1,83%, aos 694 pontos.
Ontem, ganhou força no mercado a aposta de mais um corte simbólico do juro básico da economia, de 0,25 ponto percentual. Hoje a taxa Selic está em 16% ao ano. Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os juros recuaram. Quem espera uma redução da taxa cita como argumentos a inflação sob controle, dentro da meta fixada pelo governo, e a necessidade de estimular o crédito e a produção para garantir o crescimento de 3,5% da economia em 2004.
Já quem defende uma manutenção da taxa Selic recomenda a cautela ao Copom diante das recentes turbulências no mercado internacional. Nos últimos meses, o dólar e os juros privados dispararam, e a Bovespa despencou.
O rumo do petróleo também é monitorado de perto. Ontem, em dia de trégua, o contrato do barril para junho caiu 2,4%, cotado a US$ 40,54 em Nova York, um dia após bater o recorde de US$ 41,55. Há dúvidas sobre o patamar do preço do óleo no curto e médio prazo. As estimativas mais pessimistas apontam a permanência do barril acima de US$ 40 em direção ao valor de US$ 50. Outras previsões de analistas indicam a possibilidade de o barril retornar à casa dos US$ 30. A Opep (cartel dos países produtores) promete elevar a produção do óleo para acalmar o mercado.
Um novo choque do petróleo provocaria maior inflação, prejudicando o ritmo de crescimento da economia global. A disparada do preço do barril é atribuída às tensões geopolíticas, agradadas pela violência no Iraque e terrorismo, às ameaças de sabotagem de refinarias no Oriente Médio, à demanda crescente dos EUA e China e ao consumo maior de gasolina com a chegada do verão no hemisfério norte.
A véspera da divulgação de novos dados sobre a economia americana também pode retrair hoje os investidores. Amanhã saem os números sobre os pedidos de seguro-desemprego e os "leading indicators" (principais indicadores dos EUA), que devem mexer com as apostas do mercado sobre o momento em que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) começará a elevar os juros, hoje em 1% ao ano.
Ontem o dólar subiu 0,19%, cotado a R$ 3,131 na venda. A cotação foi pressionada por credores interessados em interferir na formação da Ptax (média oficial da moeda), que fechou em R$ 3,1169 na venda. Esse valor será usado para corrigir a dívida cambial de US$ 2,065 bilhões que vence hoje e será integralmente resgatada.
A divulgação da taxa, feita ontem à noite, sofreu atraso por um "problema técnico", segundo o BC. Foi a terceira vez no ano que isso aconteceu. No último dia 12, o motivo foi uma greve de servidores no BC.
Dólar e risco-país abrem em queda em dia de decisão sobre juros
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da Folha Online
O dólar abriu hoje em baixa, vendido a R$ 3,112. Após a abertura, a moeda já recua para R$ 3,108 (-0,73%). O dia será de suspense com a espera pela decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que será divulgada só no início da noite, após o fechamento dos negócios. O risco Brasil, que mede a desconfiança estrangeira no país, recua 1,83%, aos 694 pontos.
Ontem, ganhou força no mercado a aposta de mais um corte simbólico do juro básico da economia, de 0,25 ponto percentual. Hoje a taxa Selic está em 16% ao ano. Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os juros recuaram. Quem espera uma redução da taxa cita como argumentos a inflação sob controle, dentro da meta fixada pelo governo, e a necessidade de estimular o crédito e a produção para garantir o crescimento de 3,5% da economia em 2004.
Já quem defende uma manutenção da taxa Selic recomenda a cautela ao Copom diante das recentes turbulências no mercado internacional. Nos últimos meses, o dólar e os juros privados dispararam, e a Bovespa despencou.
O rumo do petróleo também é monitorado de perto. Ontem, em dia de trégua, o contrato do barril para junho caiu 2,4%, cotado a US$ 40,54 em Nova York, um dia após bater o recorde de US$ 41,55. Há dúvidas sobre o patamar do preço do óleo no curto e médio prazo. As estimativas mais pessimistas apontam a permanência do barril acima de US$ 40 em direção ao valor de US$ 50. Outras previsões de analistas indicam a possibilidade de o barril retornar à casa dos US$ 30. A Opep (cartel dos países produtores) promete elevar a produção do óleo para acalmar o mercado.
Um novo choque do petróleo provocaria maior inflação, prejudicando o ritmo de crescimento da economia global. A disparada do preço do barril é atribuída às tensões geopolíticas, agradadas pela violência no Iraque e terrorismo, às ameaças de sabotagem de refinarias no Oriente Médio, à demanda crescente dos EUA e China e ao consumo maior de gasolina com a chegada do verão no hemisfério norte.
A véspera da divulgação de novos dados sobre a economia americana também pode retrair hoje os investidores. Amanhã saem os números sobre os pedidos de seguro-desemprego e os "leading indicators" (principais indicadores dos EUA), que devem mexer com as apostas do mercado sobre o momento em que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) começará a elevar os juros, hoje em 1% ao ano.
Ontem o dólar subiu 0,19%, cotado a R$ 3,131 na venda. A cotação foi pressionada por credores interessados em interferir na formação da Ptax (média oficial da moeda), que fechou em R$ 3,1169 na venda. Esse valor será usado para corrigir a dívida cambial de US$ 2,065 bilhões que vence hoje e será integralmente resgatada.
A divulgação da taxa, feita ontem à noite, sofreu atraso por um "problema técnico", segundo o BC. Foi a terceira vez no ano que isso aconteceu. No último dia 12, o motivo foi uma greve de servidores no BC.
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