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17/06/2004 - 18h06

Bovespa fecha em queda de 0,61%; ações da Vale param de cair

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

O Ibovespa, índice que reúne as 54 ações mais negociadas da Bolsa de Valores de São Paulo, oscilou bastante ao longo do dia e fechou em queda de 0,61%, aos 20.334 pontos. O volume financeiro atingiu R$ 1,047 bilhão, levemente abaixo da média diária do ano (R$ 1,1 bilhão). Em Nova York, o Dow Jones encerrou quase estável (-0,02%), e a Nasdaq caiu 0,73%.

Na mínima do dia (20.202 pontos), o Ibovespa chegou a cair 1,25%. Na máxima (20.697 pontos), o índice avançou 1,16%. Essas oscilações já refletem a disputa dos investidores interessados em garantir ganhos no vencimento dos contratos de opções na próxima segunda. O principal alvo é o preço da ação preferencial da Telemar, que hoje chegou a superar R$ 36, mas encerrou cotada a R$ 35,70, uma alta de 1,85%.

Se Telemar PN custar mais de R$ 36 na próxima segunda, os detentores dos contratos de compra do papel ao preço de R$ 36 vão exercer esse direito (opção) e lucrar com a diferença dos valores. Hoje o prêmio desse contrato disparou 95,6%, refletindo a aposta de que essa opção pode ser exercida.

Essa crença é alimentada pela aposta de que o governo conseguirá aprovar a medida provisória do salário mínino no Senado ainda na noite desta quinta-feira. O Planalto fechou um acordo com a oposição, que se comprometeu a não obstruir a sessão.

A decisão do Copom de manter o juro em 16%, anunciada ontem à noite, já era esperada e não teve impacto significativo no mercado.

Vale

Após três dias de queda, as ações da Companhia Vale do Rio Doce ensaiaram uma recuperação. Com a seqüência de baixas, os papéis ficaram baratos, atraindo compradores. Na lista das maiores altas, ficou a ação PNA com valorização de 2,8%, cotada a R$ 120,51. Foi a segunda maior alta. No início do mês, custava R$ 134,40. Já o papel ON subiu 2,5%, negociado a R$ 141,61. No início do mês, valia R$ 157.

Nos últimos dias, as ações da Vale desabaram com os rumores sobre uma possível aquisição da Noranda, maior mineradora do Canadá. Alguns analistas dizem que a Vale pode pagar caro pelo ativo. Outros destacam que a compra seria positiva, pois a Vale amplia espaço no setor e diversifica a produção. Comenta-se ainda que a mineradora russa Norilsk e a inglesa Rio Tinto também disputam a empresa canadense.

Ontem, a Noranda confirmou que recebeu várias propostas, mas evitou revelar os nomes dos potenciais compradores. A Vale não comenta os rumores. Em relatório, a corretora americana Merrill Lynch estima o negócio entre US$ 2,9 bilhões e US$ 5,7 bilhões, dependendo da participação a ser adquirida (51% a 100%).

Segundo o analista Marcelo Aguiar, da Merrill Lynch, a Vale tem interesse na participação (59%) da Noranda na Falconbridge (3ª maior produtora de níquel do mundo), cujo potencial de aumento da produção de níquel seria de 64% até o fim de 2010, e nos ativos de cobre da canadense em minas no Chile (Collahuasi e Lomas Bayas) e no Peru (Antamina).

O analista afirma que a Vale poderia pagar em dinheiro à vista e com seus ativos de cobre, estimados em até US$ 800 milhões. Dono de 42,7% do capital, o grupo Brascan controla a empresa canadense, cujos ativos somam US$ 11 bilhões. A Merrill Lynch reiterou sua recomendação de compra para as ações da Vale, citando que os preços já refletiram o impacto de uma possível aquisição da Noranda.
 

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