Publicidade
Publicidade
18/06/2004
-
20h21
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
Ao tentar convencer o investidor a adquirir suas ações, a Gol lista também uma série de "riscos que podem prejudicar o seu negócio e provocar perda ao acionista", como o aumento da competição, a alta do dólar, do combustível e do seguro. A empresa estréia na Bovespa na próxima sexta (25).
O prospecto da oferta pública menciona ainda um assunto considerado tabu no setor: o risco de acidentes aéreos envolvendo suas aeronaves e o prejuízo a sua "reputação".
"Reivindicações substanciais resultantes de um acidente que forem superiores às coberturas de nossos seguros podem prejudicar nossos negócios e resultados", cita a Gol.
O documento diz ainda que qualquer acidente ou incidente aéreo, mesmo que totalmente coberto por seguro, pode causar a impressão ao público de que oferece vôos menos seguros ou confiáveis do que a concorrência.
O risco do uso de aviões em ataques terroristas cresceu desde os atentados ao World Trade Center e ao Pentágono, em 2001, nos EUA, elevando as despesas das empresas aéreas com seguros.
No prospecto, a Gol informa que, desde o 11 de Setembro, "as seguradoras aumentaram drasticamente os prêmios dos seguros de linhas aéreas e reduziram consideravelmente o montante de cobertura" em caso de ataques, seqüestros e quedas de aviões.
Nas mãos da Petrobras
Sobre o setor, a Gol afirma que "muitas companhias que operam na aviação civil brasileira têm experimentado dificuldades financeiras", mas ressalva que essa situação acompanha a tendência global. "As autoridades reguladoras têm assumido uma postura de maior ingerência para monitorar o desenvolvimento do mercado brasileiro de aviação civil."
A empresa também aponta como risco ao lucro o custo do combustível, que respondeu por 31% de suas despesas operacionais no primeiro trimestre. A Petrobras é sua única fornecedora de querosene.
"Caso a Petrobras Distribuidora venha a aumentar significativamente o preço que ela cobra pelo combustível, nossos negócios e os resultados de nossas operações podem ser afetados adversamente", cita o prospecto.
Com 228 páginas e disponível nos sites das corretoras e da CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), o prospecto analisa também os riscos da economia: "A inflação e certas medidas governamentais para combatê-la podem contribuir para a incerteza econômica no Brasil e prejudicar nossos negócios e o valor das ações."
Vantagens
Antes de mencionar fatores negativos, a empresa destaca como vantagens a política de "baixo custo, baixa tarifa" e solidez financeira. E empresa relaciona suas medidas para reduzir custos, melhorar o aproveitamento das aeronaves e atrair mais passageiros.
A Gol sustenta que a terceirização de serviços como call center, a venda de bilhetes pela internet e a oferta apenas de lanches leves em vôos reduzem suas despesas.
"Nossa estratégia será a de continuar a oferecer um serviço de transporte aéreo simplificado, com baixas tarifas, observando padrões de alta qualidade e baixos custos operacionais", afirma.
Analistas recomendam que o investidor leia o documento antes de decidir comprar os papéis. O prazo de reserva termina na próxima segunda, e são 42 corretoras envolvidas no recebimento dos pedidos. Até o lançamento das ações, os executivos da Gol não comentam a operação.
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre a Gol
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre abertura de capital
Sites relacionados
Leia a íntegra do prospecto da Gol, em pdf
Gol quebra tabu e cita risco de acidente como ameaça ao lucro
Publicidade
da Folha Online
Ao tentar convencer o investidor a adquirir suas ações, a Gol lista também uma série de "riscos que podem prejudicar o seu negócio e provocar perda ao acionista", como o aumento da competição, a alta do dólar, do combustível e do seguro. A empresa estréia na Bovespa na próxima sexta (25).
O prospecto da oferta pública menciona ainda um assunto considerado tabu no setor: o risco de acidentes aéreos envolvendo suas aeronaves e o prejuízo a sua "reputação".
"Reivindicações substanciais resultantes de um acidente que forem superiores às coberturas de nossos seguros podem prejudicar nossos negócios e resultados", cita a Gol.
O documento diz ainda que qualquer acidente ou incidente aéreo, mesmo que totalmente coberto por seguro, pode causar a impressão ao público de que oferece vôos menos seguros ou confiáveis do que a concorrência.
O risco do uso de aviões em ataques terroristas cresceu desde os atentados ao World Trade Center e ao Pentágono, em 2001, nos EUA, elevando as despesas das empresas aéreas com seguros.
No prospecto, a Gol informa que, desde o 11 de Setembro, "as seguradoras aumentaram drasticamente os prêmios dos seguros de linhas aéreas e reduziram consideravelmente o montante de cobertura" em caso de ataques, seqüestros e quedas de aviões.
Nas mãos da Petrobras
Sobre o setor, a Gol afirma que "muitas companhias que operam na aviação civil brasileira têm experimentado dificuldades financeiras", mas ressalva que essa situação acompanha a tendência global. "As autoridades reguladoras têm assumido uma postura de maior ingerência para monitorar o desenvolvimento do mercado brasileiro de aviação civil."
A empresa também aponta como risco ao lucro o custo do combustível, que respondeu por 31% de suas despesas operacionais no primeiro trimestre. A Petrobras é sua única fornecedora de querosene.
"Caso a Petrobras Distribuidora venha a aumentar significativamente o preço que ela cobra pelo combustível, nossos negócios e os resultados de nossas operações podem ser afetados adversamente", cita o prospecto.
Com 228 páginas e disponível nos sites das corretoras e da CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), o prospecto analisa também os riscos da economia: "A inflação e certas medidas governamentais para combatê-la podem contribuir para a incerteza econômica no Brasil e prejudicar nossos negócios e o valor das ações."
Vantagens
Antes de mencionar fatores negativos, a empresa destaca como vantagens a política de "baixo custo, baixa tarifa" e solidez financeira. E empresa relaciona suas medidas para reduzir custos, melhorar o aproveitamento das aeronaves e atrair mais passageiros.
A Gol sustenta que a terceirização de serviços como call center, a venda de bilhetes pela internet e a oferta apenas de lanches leves em vôos reduzem suas despesas.
"Nossa estratégia será a de continuar a oferecer um serviço de transporte aéreo simplificado, com baixas tarifas, observando padrões de alta qualidade e baixos custos operacionais", afirma.
Analistas recomendam que o investidor leia o documento antes de decidir comprar os papéis. O prazo de reserva termina na próxima segunda, e são 42 corretoras envolvidas no recebimento dos pedidos. Até o lançamento das ações, os executivos da Gol não comentam a operação.
Especial
Sites relacionados
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice