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21/06/2004
-
10h25
da Agência Folha, em Porto Alegre
Brasil e China chegaram a um acordo para dar fim ao embargo à soja brasileira, informou a assessoria do governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB).
De acordo com o governo gaúcho, ainda não há data para a retomada das importações chinesas. Em Brasília, o ministério da Agricultura diz que ainda não teve informações precisas sobre o resultado da reunião que aconteceu hoje em Pequim.
Ontem, negociadores brasileiros definiram a argumentação que seria apresentadada aos chineses. Os brasileiros apresentariam um relato do controle rigoroso que passaram a adotar na exportação da soja.
O principal argumento utilizado para flexibilizar a postura chinesa é o de que o Brasil adotou uma regra rígida de permitir no máximo uma semente contaminada por quilo de soja.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a tolerância é de três sementes contaminadas por quilo.
Os chineses também seriam convidados a acompanhar os trabalhos de fiscalização realizados no porto de Rio Grande.
Segundo a assessoria do governo gaúcho, a reunião de hoje teve a participação de cinco autoridades brasileiras e de cinco autoridades do Ministério da Quarentena (que cuida do controle de importações da China).
Além do governador Germano Rigotto, teriam participado do encontro, hoje, o secretário estadual da Agricultura, Odacyr Klein, e o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Maçao Tadano.
No caso específico do Rio Grande do Sul, cerca de 70% da exportação de soja tem como destino a China. Rigotto chegou a defender que o Brasil recorresse à OMC (Organização Mundial do Comércio) para resolver o conflito.
A safra gaúcha neste ano é de 5,5 milhões de toneladas. Em 2003, foi bem maior, da ordem de 9,5 milhões de toneladas. A queda se deve à estiagem no Estado.
A viagem de Rigotto à China não se deveu à crise comercial existente entre os dois países --ela já havia sido marcada e foi adiada em razão de problemas envolvendo a difícil situação financeira do Estado. O governador não quis, na ocasião, ausentar-se.
A viagem, iniciada na última terça-feira, ocorreu exatamente no momento em que se desenvolveu a crise. Para agricultores, exportadores e autoridades brasileiras, a China tenta, recusando os carregamentos brasileiros, baixar o preço internacional da soja.
Especial
Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre o veto chinês à soja brasileira
Governo gaúcho diz que fechou acordo com chineses para acabar com embargo à soja
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Brasil e China chegaram a um acordo para dar fim ao embargo à soja brasileira, informou a assessoria do governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB).
De acordo com o governo gaúcho, ainda não há data para a retomada das importações chinesas. Em Brasília, o ministério da Agricultura diz que ainda não teve informações precisas sobre o resultado da reunião que aconteceu hoje em Pequim.
Ontem, negociadores brasileiros definiram a argumentação que seria apresentadada aos chineses. Os brasileiros apresentariam um relato do controle rigoroso que passaram a adotar na exportação da soja.
O principal argumento utilizado para flexibilizar a postura chinesa é o de que o Brasil adotou uma regra rígida de permitir no máximo uma semente contaminada por quilo de soja.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a tolerância é de três sementes contaminadas por quilo.
Os chineses também seriam convidados a acompanhar os trabalhos de fiscalização realizados no porto de Rio Grande.
Segundo a assessoria do governo gaúcho, a reunião de hoje teve a participação de cinco autoridades brasileiras e de cinco autoridades do Ministério da Quarentena (que cuida do controle de importações da China).
Além do governador Germano Rigotto, teriam participado do encontro, hoje, o secretário estadual da Agricultura, Odacyr Klein, e o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Maçao Tadano.
No caso específico do Rio Grande do Sul, cerca de 70% da exportação de soja tem como destino a China. Rigotto chegou a defender que o Brasil recorresse à OMC (Organização Mundial do Comércio) para resolver o conflito.
A safra gaúcha neste ano é de 5,5 milhões de toneladas. Em 2003, foi bem maior, da ordem de 9,5 milhões de toneladas. A queda se deve à estiagem no Estado.
A viagem de Rigotto à China não se deveu à crise comercial existente entre os dois países --ela já havia sido marcada e foi adiada em razão de problemas envolvendo a difícil situação financeira do Estado. O governador não quis, na ocasião, ausentar-se.
A viagem, iniciada na última terça-feira, ocorreu exatamente no momento em que se desenvolveu a crise. Para agricultores, exportadores e autoridades brasileiras, a China tenta, recusando os carregamentos brasileiros, baixar o preço internacional da soja.
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