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24/06/2004 - 18h21

Bovespa fecha em queda, mas ação da Gol estréia com forte alta

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

Após subir 3,15% na véspera, o principal índice da Bovespa fechou hoje em queda de 0,61%, aos 20.708 pontos, acompanhando o dia negativo em Wall Street. Os investidores aguardam amanhã a divulgação do dado final do PIB (Produto Interno Bruto) americano no primeiro trimestre.

O principal destaque do dia foi a estréia da ação preferencial da Gol Linhas Aéreas, que encerrou cotada a R$ 28, alta de 5,38% em relação ao preço fixado pela oferta pública (R$ 26,57). A empresa ganhou mais de 12 mil acionistas pessoas físicas.

O papel teve o quarto maior giro da Bovespa, movimentando R$ 64,069 milhões, que corresponde a 7,4% do total. Na Bolsa de Nova York, o recibo da Gol fechou vendido a US$ 18,22, alta de mais de 6% em relação ao preço da oferta (US$ 17,15).Segundo levantamento feito pela consultoria Economática, as ações da Gol tiveram o sétimo maior volume financeiro negociado hoje dentre as Bolsas da América Latina.

Amanhã, é a vez do início da negociação das ações da ALL (América Latina Logística). Será a terceira empresa no ano a listar papéis. No fim de maio, a Natura abriu capital e "ressuscitou" o interesse dos investidores por IPO (oferta pública inicial de ações). Desde fevereiro de 2002, não havia ingresso de companhia na Bovespa.

A Bolsa prevê que, até o início de 2005, o pregão deve ganhar cinco novas empresas. As mais cotadas são Banco Santos, Troller, Magazine Luiza, CPFL, Microsiga, Nossa Caixa, Caixa Econômica Federal, Pierre Alexander, Zoomp Eliane Revestimentos.

A maior alta do Ibovespa foi de Net PN, que subiu 7,5%, a R$ 0,86, com a expectativa de anúncio de um acordo com credores para reestruturar a sua dívida em debêntures que está em moratória desde dezembro de 2002.

Para o diretor da corretora Planner, Luiz Antonio Vaz das Neves, o mercado de ações deve ficar travado até a próxima terça, quando o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) decide se eleva ou não o juro. A expectativa dominante é a de uma elevação de 0,25 ponto percentual, para 1,25% ao ano.

Em Brasília, foi divulgado hoje a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) com justificativas sobre a manutenção do juro em 16% na semana passada. O texto do BC reforçou as preocupações com a inflação, mas considerou o problema transitório, sinalizando a volta dos cortes de juros a partir de agosto.

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