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25/06/2004
-
16h04
ELAINE COTTA
da Folha Online, no Rio*
A TIM (Telecom Italia Móbile) atingiu a marca dos 10,3 milhões de clientes no mês de junho e planeja subir para a segunda posição no ranking das maiores operadoras de telefonia celular do país até o final do ano. Atualmente, a TIM está em terceiro lugar em número de clientes, atrás da Vivo, que é a líder, e da Claro, a atual vice-líder.
Segundo o presidente da Telecom Itália, controladora da TIM Brasil, Marco de Benedetti, a filial brasileira já ocupa a segunda posição em receita, que somou R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre deste ano. "Já somos a segunda em receita, falta em número de clientes", disse.
Em conversa com um grupo de jornalistas na manhã desta sexta-feira, no Rio de Janeiro, Benedetti disse que o objetivo da empresa é chegar ao segundo lugar, mas que essa estratégia não será adotada a "qualquer custo". Segundo ele, a TIM não pretende perder rentabilidade para atingir a meta.
"O número de clientes não é o objetivo primário da empresa e sim a qualidade desse cliente. Queremos ter um crescimento rentável", disse.
Em 31 de março, a TIM havia ampliado a sua base de clientes em 10% em relação a dezembro de 2003, para 9,12 milhões de usuários no país. Ou seja, em três meses, ganhou mais 1 milhão usuários.
O presidente da Tim Brasil, Mario César Araújo, disse ainda que a empresa é a que apresenta a maior receita média por cliente --o chamado ARPU-- no mercado brasileiro, com cerca de R$ 40 mensais. A média do mercado de telefonia móvel brasileira é de R$ 33 por cliente.
Na Itália, onde é líder de mercado, a TIM possui 26,1 milhões de linhas de celular. O grupo, incluindo operações na Europa, América do Sul e Bacia do Mediterrâneo, atende 47,6 milhões de clientes. A expectativa de Benedetti é de que o mercado brasileiro continue crescendo nos próximos anos, ao contrário do europeu, que está em tendência declinante.
"Nossa estimativa é que o mercado brasileira seja de 80 milhões a 85 milhões de usuários. Atualmente, já são explorados 50% desse total e acreditamos que ainda há espaço para crescer nos próximos anos, antes de ter início a fase decrescente, que vai chegar", afirmou.
Até 2006, segundo Benedetti, o Brasil responderá por cerca de 18% da receita total das operações do grupo --que somaram 2,9 bilhões de euros no primeiro trimestre deste ano. Atualmente, os negócios do Brasil respondem por 15% do total. Para a América Latina, a estimativa que a região responda por 20% da receita total em dois anos.
Segundo os executivos, a taxa média de crescimento do grupo é de 8% ao ano. A previsão é que no Brasil, o mercado --área de atuação da empresa-- tenha expansão de 25%. Na Itália, as expectativas são de crescimento de 5% ao ano.
Investimentos
A TIM planeja investir US$ 2,5 bilhões no Brasil nos próximos três anos. Desse total, US$ 1 bilhão serão gastos ainda em 2004, segundo o presidente da TIM Brasil. Desde que chegou ao país, em 1997, a TIM investiu mais de US$ 6 bilhões.
Segundo o executivo, os recursos serão destinados principalmente à implantação e complementação de redes, que receberão cerca de 70% do total que será investido.
A prioridade, segundo Araújo, será a melhora das redes para a implantação do novo serviço que a TIM está lançando, o Edge (sigla para Enhanced Data rates for GSM Evolution, ou Velocidades Elevadas de Transmissão de Dados para a Evolução do GSM em português).
Esse produto visa aumentar a velocidade de transmissão de dados em banda larga e será disponibilizado em 15 cidades de 13 Estados do país, além do Distrito Federal.
Outro investimento da empresa é o Móbile TV, que deve entrar em operação no máximo em um mês. A idéia é disponibilizar pelo celular programas veiculados por emissoras de TV aberta e por cabo. Ou seja, as pessoas poderão assistir pelo celular programas que estão sendo veiculados em tempo real pela televisão.
Segundo o presidente da TIM Brasil, Marco César Araújo, a TIM já encerrou as negociações e deve assinar nos próximos dias contratos de acordo com a TV Senado, a MTV e a TV Globo para veicular as programações das emissoras.
A idéia, segundo o executivo, é cobrar uma taxa de assinatura do usuário que queira acessar os programas da TV pelo celular. Outra proposta é que, no futuro, as pessoas possam acessar pelo celular imagens sobre trânsito ou de câmeras e circuitos de segurança instalados nas residências.
BR Telecom
Benedetti afirmou que a TIM continua interessada em atuar no segmento de telefonia fixa no Brasil, mas não considera esse tipo de operação como fundamental para a expansão dos seus negócios no segmento de telefonia celular.
A empresa tenta voltar para o controle da Brasil Telecom, da qual se afastou por meio de um acordo de acionistas em agosto de 2002 justamente para ampliar sua área de atuação celular. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deve se posicionar sobre o caso até o dia 30 de junho.
"Não acredito que seja obrigatório que uma operadora móvel tenha que ter uma fixa para crescer", disse o CEO da Telecom Itália, Marco de Benedetti. Ele, no entanto, não descartou a vontade da empresa em voltar ao segmentos das fixas.
Benedetti evitou traçar comentários e expectativas sobre o futuro das negociações com os demais sócios da TIM na Brasil Telecom, mas admitiu que tem tido dificuldades nas negociações. "Não dá para traçar hipóteses, temos de esperar a decisão do Cade", disse.
"Temos interesse em operar na telefonia fixa", afirmou. Mas disse que seria "prematuro" fazer qualquer tipo de comentário sobre projeções futuras de sinergias ou desistência de operar nas áreas em que a TIM e a BR Telecom poderiam ter atuação concorrencial.
Segundo o executivo, o desenvolvimento da TIM não será afetado com o impasse das negociações. A estimativa da empresa é investir US$ 2,5 bilhões no Brasil no próximos três anos, dos quais US$ 1 bilhão será gasto em 2004.
Maxitel
Segundo os executivos, a transferência de controle da Maxitel para a TIM Celular deve ser concluída até o final deste ano. A operação faz parte do processo de simplificação societária da empresa, cuja operação mais recente foi a incorporação da Tele Nordeste Celular à Tele Celular Sul. A Maxitel é uma empresa de banda B que opera nas regiões de Minas Gerais, Bahia e Sergipe.
Atualmente, a companhia é controlada pelo grupo TIM, mas terá seu controle transferido totalmente para a TIM Celular. Ou seja, a Maxitel será subordinada somente à TIM Celular.
* A jornalista viajou a convite da TIM
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da Folha Online, no Rio*
A TIM (Telecom Italia Móbile) atingiu a marca dos 10,3 milhões de clientes no mês de junho e planeja subir para a segunda posição no ranking das maiores operadoras de telefonia celular do país até o final do ano. Atualmente, a TIM está em terceiro lugar em número de clientes, atrás da Vivo, que é a líder, e da Claro, a atual vice-líder.
Segundo o presidente da Telecom Itália, controladora da TIM Brasil, Marco de Benedetti, a filial brasileira já ocupa a segunda posição em receita, que somou R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre deste ano. "Já somos a segunda em receita, falta em número de clientes", disse.
Em conversa com um grupo de jornalistas na manhã desta sexta-feira, no Rio de Janeiro, Benedetti disse que o objetivo da empresa é chegar ao segundo lugar, mas que essa estratégia não será adotada a "qualquer custo". Segundo ele, a TIM não pretende perder rentabilidade para atingir a meta.
"O número de clientes não é o objetivo primário da empresa e sim a qualidade desse cliente. Queremos ter um crescimento rentável", disse.
Em 31 de março, a TIM havia ampliado a sua base de clientes em 10% em relação a dezembro de 2003, para 9,12 milhões de usuários no país. Ou seja, em três meses, ganhou mais 1 milhão usuários.
O presidente da Tim Brasil, Mario César Araújo, disse ainda que a empresa é a que apresenta a maior receita média por cliente --o chamado ARPU-- no mercado brasileiro, com cerca de R$ 40 mensais. A média do mercado de telefonia móvel brasileira é de R$ 33 por cliente.
Na Itália, onde é líder de mercado, a TIM possui 26,1 milhões de linhas de celular. O grupo, incluindo operações na Europa, América do Sul e Bacia do Mediterrâneo, atende 47,6 milhões de clientes. A expectativa de Benedetti é de que o mercado brasileiro continue crescendo nos próximos anos, ao contrário do europeu, que está em tendência declinante.
"Nossa estimativa é que o mercado brasileira seja de 80 milhões a 85 milhões de usuários. Atualmente, já são explorados 50% desse total e acreditamos que ainda há espaço para crescer nos próximos anos, antes de ter início a fase decrescente, que vai chegar", afirmou.
Até 2006, segundo Benedetti, o Brasil responderá por cerca de 18% da receita total das operações do grupo --que somaram 2,9 bilhões de euros no primeiro trimestre deste ano. Atualmente, os negócios do Brasil respondem por 15% do total. Para a América Latina, a estimativa que a região responda por 20% da receita total em dois anos.
Segundo os executivos, a taxa média de crescimento do grupo é de 8% ao ano. A previsão é que no Brasil, o mercado --área de atuação da empresa-- tenha expansão de 25%. Na Itália, as expectativas são de crescimento de 5% ao ano.
Investimentos
A TIM planeja investir US$ 2,5 bilhões no Brasil nos próximos três anos. Desse total, US$ 1 bilhão serão gastos ainda em 2004, segundo o presidente da TIM Brasil. Desde que chegou ao país, em 1997, a TIM investiu mais de US$ 6 bilhões.
Segundo o executivo, os recursos serão destinados principalmente à implantação e complementação de redes, que receberão cerca de 70% do total que será investido.
A prioridade, segundo Araújo, será a melhora das redes para a implantação do novo serviço que a TIM está lançando, o Edge (sigla para Enhanced Data rates for GSM Evolution, ou Velocidades Elevadas de Transmissão de Dados para a Evolução do GSM em português).
Esse produto visa aumentar a velocidade de transmissão de dados em banda larga e será disponibilizado em 15 cidades de 13 Estados do país, além do Distrito Federal.
Outro investimento da empresa é o Móbile TV, que deve entrar em operação no máximo em um mês. A idéia é disponibilizar pelo celular programas veiculados por emissoras de TV aberta e por cabo. Ou seja, as pessoas poderão assistir pelo celular programas que estão sendo veiculados em tempo real pela televisão.
Segundo o presidente da TIM Brasil, Marco César Araújo, a TIM já encerrou as negociações e deve assinar nos próximos dias contratos de acordo com a TV Senado, a MTV e a TV Globo para veicular as programações das emissoras.
A idéia, segundo o executivo, é cobrar uma taxa de assinatura do usuário que queira acessar os programas da TV pelo celular. Outra proposta é que, no futuro, as pessoas possam acessar pelo celular imagens sobre trânsito ou de câmeras e circuitos de segurança instalados nas residências.
BR Telecom
Benedetti afirmou que a TIM continua interessada em atuar no segmento de telefonia fixa no Brasil, mas não considera esse tipo de operação como fundamental para a expansão dos seus negócios no segmento de telefonia celular.
A empresa tenta voltar para o controle da Brasil Telecom, da qual se afastou por meio de um acordo de acionistas em agosto de 2002 justamente para ampliar sua área de atuação celular. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deve se posicionar sobre o caso até o dia 30 de junho.
"Não acredito que seja obrigatório que uma operadora móvel tenha que ter uma fixa para crescer", disse o CEO da Telecom Itália, Marco de Benedetti. Ele, no entanto, não descartou a vontade da empresa em voltar ao segmentos das fixas.
Benedetti evitou traçar comentários e expectativas sobre o futuro das negociações com os demais sócios da TIM na Brasil Telecom, mas admitiu que tem tido dificuldades nas negociações. "Não dá para traçar hipóteses, temos de esperar a decisão do Cade", disse.
"Temos interesse em operar na telefonia fixa", afirmou. Mas disse que seria "prematuro" fazer qualquer tipo de comentário sobre projeções futuras de sinergias ou desistência de operar nas áreas em que a TIM e a BR Telecom poderiam ter atuação concorrencial.
Segundo o executivo, o desenvolvimento da TIM não será afetado com o impasse das negociações. A estimativa da empresa é investir US$ 2,5 bilhões no Brasil no próximos três anos, dos quais US$ 1 bilhão será gasto em 2004.
Maxitel
Segundo os executivos, a transferência de controle da Maxitel para a TIM Celular deve ser concluída até o final deste ano. A operação faz parte do processo de simplificação societária da empresa, cuja operação mais recente foi a incorporação da Tele Nordeste Celular à Tele Celular Sul. A Maxitel é uma empresa de banda B que opera nas regiões de Minas Gerais, Bahia e Sergipe.
Atualmente, a companhia é controlada pelo grupo TIM, mas terá seu controle transferido totalmente para a TIM Celular. Ou seja, a Maxitel será subordinada somente à TIM Celular.
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