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29/06/2004
-
14h34
SANDRA MANFRINI
da Folha Online, em Brasília
O Banco Central lançou hoje uma novo cadastro de crédito bancário que promete reduzir os juros cobrados para os bons pagadores de empréstimos.
Chamado pelo BC de Sistema de Informações de Crédito e conhecido como "cadastro positivo", vai disponibilizar a partir de amanhã informações não apenas dos tomadores de crédito inadimplentes mas também revelará quais clientes têm histórico de bom pagador.
Essas pessoas seriam beneficiadas por dois motivos: passariam a ser disputadas por bancos em que não têm conta, inclusive com o oferecimento de taxas de juros mais atraentes, e não teriam seu histórico bancário "apagado" caso decidissem mudar de instituição financeira.
No entanto, o anúncio feito hoje pelo BC só inclui 5,6% das operações de crédito realizadas no país porque estarão no sistema de informações apenas os clientes bancários que já fizeram empréstimos de valor igual ou superior a R$ 5 mil --ou 8,6 milhões de pessoas.
Apesar de representar em termos percentuais um volume pequeno das operações de crédito do sistema financeiro nacional, em valores, a cobertura do sistema será de 86%.
Existe hoje no país um volume total de crédito de R$ 608 bilhões. Deste total, R$ 524 bilhões estarão dentro do sistema.
Concorrência
A expectativa do Banco Central é de que, com o novo sistema, a concorrência entre os bancos aumente, o que poderá resultar em queda dos spreads (ganho bruto dos bancos com empréstimos) e redução das taxas de juros dos empréstimos.
O que o novo sistema tem de diferente da Central de Risco de Crédito é a qualidade de informação. Além dos dados sobre o tipo de operação de crédito utilizado pelo cliente, o sistema vai trazer informações sobre prazo, tipo de correção, taxa de juros da operação, desde quando é correntista, pontualidade dos pagamentos e outras informações cadastrais.
Se o cliente de um determinado banco quiser buscar outra instituição, ele não terá que "começar a vida [bancária] de novo" em termos de informações cadastrais. Com o novo sistema, ele tem a portabilidade das informações cadastrais. Ou seja, com uma autorização do cliente, outro banco pode consultar seus dados e lhe oferecer uma operação mais atrativa.
"O sistema permitirá que o cliente tenha acesso às informações cadastradas, verificando sua acuracidade. Além disso, permitirá ao cidadão levar seu cadastro para qualquer instituição do sistema. Com isso, ele terá maior poder de barganha na negociação por melhores taxas e condições", disse Meirelles.
De acordo com Meirelles, a intenção do BC é expandir a cobertura do sistema. "Estamos num ritmo progressivo. Vamos progredir para ter uma cobertura maior", disse.
De 2003 para cá, o BC investiu R$ 14 milhões no sistema de informações de crédito. A previsão para este ano é de que mais R$ 40 milhões sejam investidos para ampliar a capacidade de processamento do BC.
Especial
Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre o cadastro positivo de crédito
BC lança cadastro de crédito que deve reduzir juro para bom pagador
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da Folha Online, em Brasília
O Banco Central lançou hoje uma novo cadastro de crédito bancário que promete reduzir os juros cobrados para os bons pagadores de empréstimos.
Chamado pelo BC de Sistema de Informações de Crédito e conhecido como "cadastro positivo", vai disponibilizar a partir de amanhã informações não apenas dos tomadores de crédito inadimplentes mas também revelará quais clientes têm histórico de bom pagador.
Essas pessoas seriam beneficiadas por dois motivos: passariam a ser disputadas por bancos em que não têm conta, inclusive com o oferecimento de taxas de juros mais atraentes, e não teriam seu histórico bancário "apagado" caso decidissem mudar de instituição financeira.
No entanto, o anúncio feito hoje pelo BC só inclui 5,6% das operações de crédito realizadas no país porque estarão no sistema de informações apenas os clientes bancários que já fizeram empréstimos de valor igual ou superior a R$ 5 mil --ou 8,6 milhões de pessoas.
Apesar de representar em termos percentuais um volume pequeno das operações de crédito do sistema financeiro nacional, em valores, a cobertura do sistema será de 86%.
Existe hoje no país um volume total de crédito de R$ 608 bilhões. Deste total, R$ 524 bilhões estarão dentro do sistema.
Concorrência
A expectativa do Banco Central é de que, com o novo sistema, a concorrência entre os bancos aumente, o que poderá resultar em queda dos spreads (ganho bruto dos bancos com empréstimos) e redução das taxas de juros dos empréstimos.
O que o novo sistema tem de diferente da Central de Risco de Crédito é a qualidade de informação. Além dos dados sobre o tipo de operação de crédito utilizado pelo cliente, o sistema vai trazer informações sobre prazo, tipo de correção, taxa de juros da operação, desde quando é correntista, pontualidade dos pagamentos e outras informações cadastrais.
Se o cliente de um determinado banco quiser buscar outra instituição, ele não terá que "começar a vida [bancária] de novo" em termos de informações cadastrais. Com o novo sistema, ele tem a portabilidade das informações cadastrais. Ou seja, com uma autorização do cliente, outro banco pode consultar seus dados e lhe oferecer uma operação mais atrativa.
"O sistema permitirá que o cliente tenha acesso às informações cadastradas, verificando sua acuracidade. Além disso, permitirá ao cidadão levar seu cadastro para qualquer instituição do sistema. Com isso, ele terá maior poder de barganha na negociação por melhores taxas e condições", disse Meirelles.
De acordo com Meirelles, a intenção do BC é expandir a cobertura do sistema. "Estamos num ritmo progressivo. Vamos progredir para ter uma cobertura maior", disse.
De 2003 para cá, o BC investiu R$ 14 milhões no sistema de informações de crédito. A previsão para este ano é de que mais R$ 40 milhões sejam investidos para ampliar a capacidade de processamento do BC.
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