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29/06/2004 - 16h49

Novo "cadastro positivo" do BC só deve atingir 5,6% das operações de crédito

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SANDRA MANFRINI
da Folha Online, em Brasília

O novo Sistema de Informações de Crédito do Banco Central entra em operação amanhã em substituição à Central de Risco de Crédito. O sistema, chamado de "cadastro positivo" dos clientes, só vai atingir, no entanto, 5,6% das operações de crédito realizadas no país.

Estarão no sistema informações sobre todos os clientes bancários que possuem operações de crédito de valor igual ou superior a R$ 5 mil. De acordo com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, isso representa 11 milhões de operações de crédito de um total de 196 milhões de operações. O número de clientes abrangido pelo sistema é 8,6 milhões.

Apesar de representar em termos percentuais um volume pequeno das operações de crédito do sistema financeiro nacional, em valores, a cobertura do sistema será de 86%.

Existe hoje no país um volume total de crédito de R$ 608 bilhões, incluindo operações de repasses interbancários e de coobrigações. Deste total, R$ 524 bilhões estarão dentro do sistema.

Concorrência

A expectativa do Banco Central é de que, com o novo sistema, a concorrência entre os bancos aumente, o que poderá resultar em queda dos spreads bancários e conseqüente redução das taxas de juros dos empréstimos. Segundo o presidente do BC, Henrique Meirelles, a transparência é uma peça importante no estímulo à concorrência.

O que o novo sistema tem de diferente da central de risco de crédito é a qualidade de informação. Além dos dados sobre o tipo de operação de crédito utilizado pelo cliente, o sistema vai trazer informações sobre prazo, tipo de correção, taxa de juros da operação, desde quando o cliente é correntista, pontualidade dos pagamentos e outras informações cadastrais.

Se o cliente de um determinado banco quiser buscar outra instituição, ele não terá que "começar a vida (bancária) de novo" em termos de informações cadastrais. Com o novo sistema, ele tem a portabilidade das informações cadastrais. Ou seja, com uma autorização do cliente, o banco pode consultar os seus dados e lhe oferecer uma operação mais atrativa.

"O sistema permitirá que o cliente tenha acesso às informações cadastradas no sistema, verificando sua acuracidade. Além disso, permitirá ao cidadão levar seu cadastro para qualquer instituição do sistema. Com isso, ele terá maior poder de barganha na negociação por melhores taxas e condições", disse Meirelles.

De acordo com Meirelles, a intenção do BC é expandir a cobertura do sistema. "Estamos num ritmo progressivo. Vamos progredir para ter uma cobertura maior", disse.

De 2003 para cá, o BC investiu R$ 14 milhões no sistema de informações de crédito. A previsão para este ano é de que mais R$ 40 milhões sejam investidos para ampliar a capacidade de processamento do BC.

Especial
  • Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre o cadastro positivo de crédito
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