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06/07/2004
-
13h24
IVONE PORTES
da Folha Online
As exportações de veículos e máquinas agrícolas brasileiras vão crescer em 2004 mais do que se esperava inicialmente. O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Rogelio Golfarb, revisou hoje de 20% para 25% a previsão de aumento de vendas externas do setor neste ano.
A Anfavea estima que as exportações deverão somar US$ 6,9 bilhões no ano, contra US$ 5,5 bilhões em 2003.
Em junho, as vendas externas de veículos somaram US$ 699,65 milhões, um crescimento de 43,9% em relação a igual mês de 2003. Foi o melhor resultado já alcançado pelas montadoras em um mês. No acumulado de janeiro a junho, as exportações totalizaram US$ 3,580 bilhões, uma expansão de 53,1% sobre o mesmo período do ano passado. O resultado acumulado no semestre também é recorde.
O presidente da Anfavea atribui o crescimento das exportações à recuperação da economia mundial, principalmente da Argentina e de países do Grupo Andino (Colômbia, Venezuela, Bolívia, Equador e Peru), com destaque para a Venezuela.
Parceiros
As exportações de veículos brasileiros para a Argentina somaram de janeiro a maio US$ 1,019 bilhão --crescimento de 150% na comparação com o mesmo período de 2003, quando as exportações totalizaram US$ 407,2 milhões. A participação da Argentina nas exportações brasileiras de veículos aumentou de 11,2% para 21% no período, de acordo com dados da Anfavea.
Neste ano, inclusive, as vendas de veículos do Brasil para a Argentina superaram o comércio com o México, que comprou US$ 688 milhões em veículos do país de janeiro a maio, valor praticamente igual ao mesmo período do ano passado.
No entanto, o ritmo de crescimento das exportações deve diminuir no segundo semestre deste ano. Golfarb considera que será difícil repetir o desempenho registrado de janeiro a junho.
Argentina
Sobre a possibilidade de a Argentina vir a criar restrições à compra de veículos brasileiros, Golfarb disse apenas esperar que isso não aconteça. O ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, manifestou ontem preocupação com a entrada de carros brasileiros no mercado argentino, durante o anúncio de barreiras aos eletrodomésticos brasileiros.
"Vimos com certa normalidade a declaração do ministro [Roberto Lavagna]. Não nos surpreende que no momento em que a Argentina começa a crescer nossas exportações para o país aumentem. Acordos comerciais não funcionam só no momento da assinatura. Eles necessitam de ajustes constantes, dependendo da situação de cada país", afirmou Golfarb.
Produção e vendas
O presidente da Anfavea manteve as projeções de crescimento para produção e vendas de veículos no mercado interno. Segundo ele, a produção de veículos deve crescer 8,9% no ano e os licenciamentos, termômetro de vendas no mercado interno, terão expansão de 7,8%.
No primeiro semestre deste ano, a indústria automobilística produziu o volume recorde de 1,038 milhão de veículos --crescimento de 14,8% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.
Foram licenciados no mercado interno, de janeiro a junho, 723.083 veículos novos nacionais e importados --aumento de 11,4% sobre igual período de 2003.
Na avaliação de Golfarb, não se sabe ainda se o crescimento das vendas no mercado interno tem sustentabilidade no longo prazo.
Ele ressaltou que as vendas no segundo semestre do ano passado e início de 2004 foram estimuladas pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para o setor. Também influenciou positivamente as vendas no começo deste ano o reaquecimento da economia brasileira.
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As exportações de veículos e máquinas agrícolas brasileiras vão crescer em 2004 mais do que se esperava inicialmente. O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Rogelio Golfarb, revisou hoje de 20% para 25% a previsão de aumento de vendas externas do setor neste ano.
A Anfavea estima que as exportações deverão somar US$ 6,9 bilhões no ano, contra US$ 5,5 bilhões em 2003.
Em junho, as vendas externas de veículos somaram US$ 699,65 milhões, um crescimento de 43,9% em relação a igual mês de 2003. Foi o melhor resultado já alcançado pelas montadoras em um mês. No acumulado de janeiro a junho, as exportações totalizaram US$ 3,580 bilhões, uma expansão de 53,1% sobre o mesmo período do ano passado. O resultado acumulado no semestre também é recorde.
O presidente da Anfavea atribui o crescimento das exportações à recuperação da economia mundial, principalmente da Argentina e de países do Grupo Andino (Colômbia, Venezuela, Bolívia, Equador e Peru), com destaque para a Venezuela.
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As exportações de veículos brasileiros para a Argentina somaram de janeiro a maio US$ 1,019 bilhão --crescimento de 150% na comparação com o mesmo período de 2003, quando as exportações totalizaram US$ 407,2 milhões. A participação da Argentina nas exportações brasileiras de veículos aumentou de 11,2% para 21% no período, de acordo com dados da Anfavea.
Neste ano, inclusive, as vendas de veículos do Brasil para a Argentina superaram o comércio com o México, que comprou US$ 688 milhões em veículos do país de janeiro a maio, valor praticamente igual ao mesmo período do ano passado.
No entanto, o ritmo de crescimento das exportações deve diminuir no segundo semestre deste ano. Golfarb considera que será difícil repetir o desempenho registrado de janeiro a junho.
Argentina
Sobre a possibilidade de a Argentina vir a criar restrições à compra de veículos brasileiros, Golfarb disse apenas esperar que isso não aconteça. O ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, manifestou ontem preocupação com a entrada de carros brasileiros no mercado argentino, durante o anúncio de barreiras aos eletrodomésticos brasileiros.
"Vimos com certa normalidade a declaração do ministro [Roberto Lavagna]. Não nos surpreende que no momento em que a Argentina começa a crescer nossas exportações para o país aumentem. Acordos comerciais não funcionam só no momento da assinatura. Eles necessitam de ajustes constantes, dependendo da situação de cada país", afirmou Golfarb.
Produção e vendas
O presidente da Anfavea manteve as projeções de crescimento para produção e vendas de veículos no mercado interno. Segundo ele, a produção de veículos deve crescer 8,9% no ano e os licenciamentos, termômetro de vendas no mercado interno, terão expansão de 7,8%.
No primeiro semestre deste ano, a indústria automobilística produziu o volume recorde de 1,038 milhão de veículos --crescimento de 14,8% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.
Foram licenciados no mercado interno, de janeiro a junho, 723.083 veículos novos nacionais e importados --aumento de 11,4% sobre igual período de 2003.
Na avaliação de Golfarb, não se sabe ainda se o crescimento das vendas no mercado interno tem sustentabilidade no longo prazo.
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