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07/07/2004
-
08h19
da Folha de S.Paulo, no Rio
A Polícia Federal desmontou mais uma conexão da suposta máfia dos combustíveis que opera no Estado do Rio de Janeiro. Foram presas 26 pessoas e apreendidas 18 carretas com combustível adulterado.
O produto estava estocado no que a PF classificou como uma "destilaria clandestina" localizada em Barra Mansa, no km 257 da rodovia Presidente Dutra.
Segundo cálculos da PF, o grupo obtinha um ganho de até R$ 1,5 milhão por mês com a venda. O lucro com a adulteração seria de R$ 0,30 por litro de gasolina, e movimentaria de 3 milhões a 5 milhões de litros por mês.
O suposto líder do esquema, de acordo com a polícia, seria um empresário conhecido como Zé Maria, que não estava no local na hora da apreensão. Até a conclusão desta edição, nem seu nome nem o das pessoas detidas havia sido divulgado. O inquérito ainda não havia sido instaurado.
A base contava com cinco tanques de 150 mil litros cada um. Segundo a PF, a gasolina era adulterada, sendo misturado com o álcool numa proporção maior do que a permitida --25%.
Depois, os adulteradores adicionariam produtos químicos, como corantes, para fazer com que a gasolina não perdesse suas características (cheio e cor), mesmo contendo mais álcool.
Fiscais da ANP (Agência Nacional do Petróleo) foram ontem até o local da apreensão para colher amostras do produto para análise.
A PF diz que, inicialmente, não existem indícios que relacionem o esquema descoberto ontem com o supostamente liderado por Antônio Carlos Chebabe, preso em março deste ano com um fiscal da ANP e agentes da Polícia Rodoviária Federal e da Receita.
Acusado de sonegação, corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, Chebabe, dono de uma distribuidora com o mesmo nome, é suspeito de burlar o fisco, segundo a denúncia do Ministério Público de Campos (norte fluminense).
Um dos mecanismos era simular uma venda de combustível para o Espírito Santo, onde o ICMS é de 7%. Com a anuência de fiscais e policiais rodoviários, o produto, porém, era levado para São Paulo, onde o ICMS é maior (18%).
Especial
Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre as supostas máfias dos combustíveis
PF prende 26 pessoas e interdita "destilaria clandestina" no Rio
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A Polícia Federal desmontou mais uma conexão da suposta máfia dos combustíveis que opera no Estado do Rio de Janeiro. Foram presas 26 pessoas e apreendidas 18 carretas com combustível adulterado.
O produto estava estocado no que a PF classificou como uma "destilaria clandestina" localizada em Barra Mansa, no km 257 da rodovia Presidente Dutra.
Segundo cálculos da PF, o grupo obtinha um ganho de até R$ 1,5 milhão por mês com a venda. O lucro com a adulteração seria de R$ 0,30 por litro de gasolina, e movimentaria de 3 milhões a 5 milhões de litros por mês.
O suposto líder do esquema, de acordo com a polícia, seria um empresário conhecido como Zé Maria, que não estava no local na hora da apreensão. Até a conclusão desta edição, nem seu nome nem o das pessoas detidas havia sido divulgado. O inquérito ainda não havia sido instaurado.
A base contava com cinco tanques de 150 mil litros cada um. Segundo a PF, a gasolina era adulterada, sendo misturado com o álcool numa proporção maior do que a permitida --25%.
Depois, os adulteradores adicionariam produtos químicos, como corantes, para fazer com que a gasolina não perdesse suas características (cheio e cor), mesmo contendo mais álcool.
Fiscais da ANP (Agência Nacional do Petróleo) foram ontem até o local da apreensão para colher amostras do produto para análise.
A PF diz que, inicialmente, não existem indícios que relacionem o esquema descoberto ontem com o supostamente liderado por Antônio Carlos Chebabe, preso em março deste ano com um fiscal da ANP e agentes da Polícia Rodoviária Federal e da Receita.
Acusado de sonegação, corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, Chebabe, dono de uma distribuidora com o mesmo nome, é suspeito de burlar o fisco, segundo a denúncia do Ministério Público de Campos (norte fluminense).
Um dos mecanismos era simular uma venda de combustível para o Espírito Santo, onde o ICMS é de 7%. Com a anuência de fiscais e policiais rodoviários, o produto, porém, era levado para São Paulo, onde o ICMS é maior (18%).
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