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07/07/2004 - 19h53

Após ter nota rebaixada, BNDES ataca Fitch e cita "caixa-preta"

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) divulgou nota, assinada pelo diretor financeiro Roberto Timótheo da Costa, atacando a decisão da agência de classificação de risco Fitch de rebaixar o rating (nota de crédito) do banco.

Para o BNDES, as avaliações de risco são uma "caixa-preta", sem fundamento "sólido e sério", que causam uma "sensação incômoda de uma enorme subjetividade", com capacidade de prejudicar os preços dos títulos do país no exterior e os custos de captação de recursos pelo banco.

Costa diz que a decisão "causou profunda estranheza" por ocorrer no dia em que o banco lançava na Bovespa um fundo de investimento, o PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa-50), voltado para pequeno investidor, com garantia de recompra. Isso significa que o banco cobrirá eventuais prejuízos se as cotas se desvalorizarem.

A decisão da Fitch foi divulgada à imprensa hoje, enquanto o lançamento do PIBB foi feito ontem. Mas, em geral, a agência comunica antes sua decisão à empresa ou banco que tem a nota alterada.

Para rebaixar a nota, a Fitch citou "preocupação" com o fato de o BNDES reduzir sua atuação como banco de investimento e se voltar mais para empréstimos sociais, o que pode "afetar o balanço".

O BNDES admite que dá cada vez mais ênfase ao fato de ser um banco de desenvolvimento, e não um banco de investimento ou de negócios.

"Atua como banco de desenvolvimento, com perfeito conhecimento das técnicas de gestão de risco, mas certo de que nem todas as soluções de mercado são as melhores para o país", afirma o BNDES.

O BNDES diz que os seus critérios de risco obedecem a normas do Banco Central e de organismos internacionais.

"A qualidade da carteira de crédito do BNDES, segundo dados do próprio Banco Central, supera a do Sistema Financeiro Nacional, incluindo instituições financeiras privadas e públicas em operação no país."

A instituição oficial de fomento refuta ainda preocupações da agência com seus resultados financeiros futuros.

"O banco apresentou, sucessivamente, os maiores resultados de sua história em 52 anos, no balanço de 31 de dezembro de 2003 e no balancete do primeiro trimestre deste ano. O desempenho deverá ser confirmado no balancete semestral a ser submetido brevemente ao conselho de administração", diz o diretor.

Especial
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