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09/07/2004
-
09h35
ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio
A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu para 0,71% em junho devido ao avanço dos preços dos alimentos e dos transportes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa, a maior desde de janeiro, ficou pouco acima da variação de 0,67% estimada pelo mercado, de acordo com pesquisa do Banco Central. O índice de inflação do mês passado supera os resultados de maio (0,51%) e de junho do ano passado (deflação de 0,15%).
No grupo transportes, a gasolina teve o maior impacto individual na inflação. A alta do combustível, de 3,52% para o consumidor, ocorreu devido ao reajuste do preço nas refinarias de 10,8% anunciado pela Petrobras no início do mês passado.
Também houve o reajuste do álcool combustível (11,35%) por conta da alta da cotação da cana-de-açúcar. Ainda no grupo transportes, exerceram pressão os automóveis novos (1,13%) e tarifas de ônibus urbanos (0,62%).
Já alimentos tiveram alta de 0,72% após uma alta de 0,23% em maio. Entre os maiores reajustes, destacam-se a cebola (29,21%), o tomate (28,43%) e as hortaliças (6,34%). O avanço dos preços foi causado pelo frio, que gera perdas aos produtores.
Meta
O IPCA acumula variação de 3,48% nos seis primeiros meses deste ano, o que representa quase dois terços da meta de inflação 5,5% estabelecida pelo governo para 2004. Por isso, o próprio BC já avisou que a inflação deve ficar um pouco acima da meta, em 6,4%.
Mesmo assim, a alta dos preços ainda estará dentro da margem de tolerância da meta, de 2,5 pontos percentuais para cima para baixo --ou seja, dentro de uma faixa variação de 3% a 8%. Caso ficasse fora dessa margem, o Brasil teria que explicar ao FMI (Fundo Monetário Internacional) as razões para o descumprimento da meta de inflação.
Metodologia
O IPCA pode ser considerado o principal índice de inflação porque é usado como parâmetro para o sistema de metas de inflação do governo.
O indicador é calculado mensalmente pelo IBGE nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre e em Brasília e em Goiânia. O índice se refere a preços de produtos e serviços consumidos por famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.
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IPCA sobe para 0,71% em junho, maior desde janeiro
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da Folha Online, no Rio
A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu para 0,71% em junho devido ao avanço dos preços dos alimentos e dos transportes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa, a maior desde de janeiro, ficou pouco acima da variação de 0,67% estimada pelo mercado, de acordo com pesquisa do Banco Central. O índice de inflação do mês passado supera os resultados de maio (0,51%) e de junho do ano passado (deflação de 0,15%).
No grupo transportes, a gasolina teve o maior impacto individual na inflação. A alta do combustível, de 3,52% para o consumidor, ocorreu devido ao reajuste do preço nas refinarias de 10,8% anunciado pela Petrobras no início do mês passado.
Também houve o reajuste do álcool combustível (11,35%) por conta da alta da cotação da cana-de-açúcar. Ainda no grupo transportes, exerceram pressão os automóveis novos (1,13%) e tarifas de ônibus urbanos (0,62%).
Já alimentos tiveram alta de 0,72% após uma alta de 0,23% em maio. Entre os maiores reajustes, destacam-se a cebola (29,21%), o tomate (28,43%) e as hortaliças (6,34%). O avanço dos preços foi causado pelo frio, que gera perdas aos produtores.
Meta
O IPCA acumula variação de 3,48% nos seis primeiros meses deste ano, o que representa quase dois terços da meta de inflação 5,5% estabelecida pelo governo para 2004. Por isso, o próprio BC já avisou que a inflação deve ficar um pouco acima da meta, em 6,4%.
Mesmo assim, a alta dos preços ainda estará dentro da margem de tolerância da meta, de 2,5 pontos percentuais para cima para baixo --ou seja, dentro de uma faixa variação de 3% a 8%. Caso ficasse fora dessa margem, o Brasil teria que explicar ao FMI (Fundo Monetário Internacional) as razões para o descumprimento da meta de inflação.
Metodologia
O IPCA pode ser considerado o principal índice de inflação porque é usado como parâmetro para o sistema de metas de inflação do governo.
O indicador é calculado mensalmente pelo IBGE nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre e em Brasília e em Goiânia. O índice se refere a preços de produtos e serviços consumidos por famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.
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