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09/07/2004
-
16h50
JANAINA LAGE
da Folha Online
O Banco do Brasil enviou comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para realizar uma oferta de subscrição privada de ações ordinárias no valor de R$ 1,57 bilhão. Simultaneamente, o banco pretende realizar a compra dos bônus "B" e "C" de subscrição de ações lançados em 1996.
Estes bônus foram distribuídos gratuitamente aos acionistas, como direito de subscrição futura de ações com valor preestabelecido. Para que a oferta de aquisição seja concluída o BB precisará obter a aprovação dos detentores, de forma a retirar do mercado 90% dos bônus.
A idéia de realizar as duas operações é antiga. O BB já havia divulgado dois fatos relevantes: o primeiro em novembro do ano passado e o segundo, em fevereiro. A interpretação do mercado para a notícia foi positiva. Desde que o banco fez o anúncio da mudança no ano passado, as ações saíram de R$ 17 para R$ 22.
"Como 90% dos bônus estão nas mãos do Tesouro, da Previ e do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], o mercado antecipou o sucesso da oferta", afirma Luiz Eduardo Franco de Abreu, vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais do Banco do Brasil.
O objetivo das operações é retirar o "teto virtual" que existe hoje sobre os papéis. Os detentores dos bônus têm o direito de trocar o papel por ações na data do vencimento a um preço acordado anteriormente. Se a ação sobe demais, a troca torna-se rentável. Por causa disso, cada vez que o papel registra uma alta expressiva e supera o valor de exercício dos bônus, os acionistas vendem os papéis a fim de evitar que a troca seja feita.
Quando os bônus são convertidos em ações, a remuneração ao acionista diminui. Isso acontece porque a base de acionistas e o número de papéis em circulação cresce numa proporção superior aos lucros.
Segundo o analista do setor bancário da consultoria Lopes Filho, João Augusto Salles, a perspectiva de redução dos ganhos para o investidor com a troca de bônus estava embutido no preço das ações. "Ao anunciar as duas operações, o banco poderá aumentar o capital de forma planejada", diz.
Somente investidores que já detêm ações do banco poderão comprar os papéis. Serão 70,522 milhões de ações. O sucesso das operações dependem da adesão dos detentores de bônus antigos e da subscrição de pelo menos 90% da emissão privada. O prazo para adesão ao aumento de capital termina no dia 13 de agosto.
Se a oferta for concluída, o Banco do Brasil ficará mais próximo do nível 3 do Novo Mercado da Bovespa. O banco já preenche um dos requisitos básicos: dispõe apenas de ações ordinárias. No entanto, o percentual de ações em circulação ainda é inferior ao mínimo exigido, de 25%.
Especial
Vej o que já foi publicado sobre o Banco do Brasil
Banco do Brasil pretende aumentar capital em R$ 1,57 bilhão
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da Folha Online
O Banco do Brasil enviou comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para realizar uma oferta de subscrição privada de ações ordinárias no valor de R$ 1,57 bilhão. Simultaneamente, o banco pretende realizar a compra dos bônus "B" e "C" de subscrição de ações lançados em 1996.
Estes bônus foram distribuídos gratuitamente aos acionistas, como direito de subscrição futura de ações com valor preestabelecido. Para que a oferta de aquisição seja concluída o BB precisará obter a aprovação dos detentores, de forma a retirar do mercado 90% dos bônus.
A idéia de realizar as duas operações é antiga. O BB já havia divulgado dois fatos relevantes: o primeiro em novembro do ano passado e o segundo, em fevereiro. A interpretação do mercado para a notícia foi positiva. Desde que o banco fez o anúncio da mudança no ano passado, as ações saíram de R$ 17 para R$ 22.
"Como 90% dos bônus estão nas mãos do Tesouro, da Previ e do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], o mercado antecipou o sucesso da oferta", afirma Luiz Eduardo Franco de Abreu, vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais do Banco do Brasil.
O objetivo das operações é retirar o "teto virtual" que existe hoje sobre os papéis. Os detentores dos bônus têm o direito de trocar o papel por ações na data do vencimento a um preço acordado anteriormente. Se a ação sobe demais, a troca torna-se rentável. Por causa disso, cada vez que o papel registra uma alta expressiva e supera o valor de exercício dos bônus, os acionistas vendem os papéis a fim de evitar que a troca seja feita.
Quando os bônus são convertidos em ações, a remuneração ao acionista diminui. Isso acontece porque a base de acionistas e o número de papéis em circulação cresce numa proporção superior aos lucros.
Segundo o analista do setor bancário da consultoria Lopes Filho, João Augusto Salles, a perspectiva de redução dos ganhos para o investidor com a troca de bônus estava embutido no preço das ações. "Ao anunciar as duas operações, o banco poderá aumentar o capital de forma planejada", diz.
Somente investidores que já detêm ações do banco poderão comprar os papéis. Serão 70,522 milhões de ações. O sucesso das operações dependem da adesão dos detentores de bônus antigos e da subscrição de pelo menos 90% da emissão privada. O prazo para adesão ao aumento de capital termina no dia 13 de agosto.
Se a oferta for concluída, o Banco do Brasil ficará mais próximo do nível 3 do Novo Mercado da Bovespa. O banco já preenche um dos requisitos básicos: dispõe apenas de ações ordinárias. No entanto, o percentual de ações em circulação ainda é inferior ao mínimo exigido, de 25%.
Especial
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