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09/07/2004
-
20h20
JANAINA LAGE
da Folha Online
A aquisição da mineradora canadense Noranda não será um bom negócio para a brasileira Vale do Rio Doce, segundo avaliação da Merril Lynch. A Vale ainda não confirmou oficialmente a operação.
Segundo a Merril Lynch, a compra pode gerar ganhos mais baixos para os acionistas. Em relatório, a corretora destaca a baixa sinergia entre as empresas, o custo alto da transação e o momento desfavorável para a aquisição de ativos (ações) no setor de cobre devido à evolução dos preços do produto.
Estima-se que o pagamento será feito com a entrega de ativos, com parte da recém inaugurada mina de cobre de Sossego, em Carajás (sul do Pará), e com recursos obtidos com a venda na participação na CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) para a francesa Arcelor.
A Vale anunciou a venda do controle da CST por US$ 578,5 milhões. De acordo com os rumores que circulam no mercado, a Vale estaria comprando pelo menos 51% das ações da Noranda.
O maior problema parece ser o custo da operação devido ao ciclo de preço do cobre. Para a Merril Lynch, os preços do produto devem atingir o pico em 2004, permanecer altos nos próximos dois anos e então declinar até níveis normais em 2007.
Aspectos secundários também são levados em conta na avaliação. Segundo a corretora, ao atuar em países de moeda forte como Canadá e EUA, os custos da empresa brasileira deverão aumentar. A Vale teria que lidar também com as diferenças na legislação ambiental canadense e as questões trabalhistas do país.
Além disso, a exposição da Vale no mercado de minério de ferro teria uma redução significativa. Hoje, a receita bruta deste segmento representa 63% do total das receitas da empresa.
Entre os principais pontos positivos da operação, a Merril Lynch ressalta a experiência e a tecnologia nos mercados de cobre e níquel da Noranda, que poderiam ser compartilhados com a empresa brasileira. Outro ponto positivo seria a venda da mina de Sossego acima do valor estimado pelo mercado.
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre a negociação entre a Vale e a Noranda
Para Merril Lynch, compra da Noranda não é um bom negócio para a Vale
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da Folha Online
A aquisição da mineradora canadense Noranda não será um bom negócio para a brasileira Vale do Rio Doce, segundo avaliação da Merril Lynch. A Vale ainda não confirmou oficialmente a operação.
Segundo a Merril Lynch, a compra pode gerar ganhos mais baixos para os acionistas. Em relatório, a corretora destaca a baixa sinergia entre as empresas, o custo alto da transação e o momento desfavorável para a aquisição de ativos (ações) no setor de cobre devido à evolução dos preços do produto.
Estima-se que o pagamento será feito com a entrega de ativos, com parte da recém inaugurada mina de cobre de Sossego, em Carajás (sul do Pará), e com recursos obtidos com a venda na participação na CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) para a francesa Arcelor.
A Vale anunciou a venda do controle da CST por US$ 578,5 milhões. De acordo com os rumores que circulam no mercado, a Vale estaria comprando pelo menos 51% das ações da Noranda.
O maior problema parece ser o custo da operação devido ao ciclo de preço do cobre. Para a Merril Lynch, os preços do produto devem atingir o pico em 2004, permanecer altos nos próximos dois anos e então declinar até níveis normais em 2007.
Aspectos secundários também são levados em conta na avaliação. Segundo a corretora, ao atuar em países de moeda forte como Canadá e EUA, os custos da empresa brasileira deverão aumentar. A Vale teria que lidar também com as diferenças na legislação ambiental canadense e as questões trabalhistas do país.
Além disso, a exposição da Vale no mercado de minério de ferro teria uma redução significativa. Hoje, a receita bruta deste segmento representa 63% do total das receitas da empresa.
Entre os principais pontos positivos da operação, a Merril Lynch ressalta a experiência e a tecnologia nos mercados de cobre e níquel da Noranda, que poderiam ser compartilhados com a empresa brasileira. Outro ponto positivo seria a venda da mina de Sossego acima do valor estimado pelo mercado.
Especial
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