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14/07/2004
-
08h07
SANDRA BALBI
JULIANA SOFIA
da Folha de S.Paulo, em SP e Brasília
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) julgará hoje o pedido da Nestlé para que reveja a decisão, tomada em fevereiro, que vetou a fusão da multinacional suíça com a Garoto. Esta será a última sessão com os atuais conselheiros do órgão, autores do veto.
A Procuradoria Geral do Cade já emitiu parecer contrário ao pedido da Nestlé para que o conselho reaprecie a decisão. No início de junho, o Ministério Público Federal manifestou-se a favor da reapreciação do caso.
Juntas, Nestlé e Garoto detêm 58,4% do mercado total de chocolates, segundo dados fornecidos pelos fabricantes à Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), referentes a 2001. A Lacta, controlada pela Kraft Foods, tem uma participação de 33,15%.
A concentração do setor após a compra da Garoto, em fevereiro de 2002, já repercute na redução dos gastos publicitários dos fabricantes de chocolate. Segundo pesquisa da revista Meio e Mensagem, os investimentos da Nestlé (com Garoto) encolheram 17,9% no ano passado em relação a 2002. Já os gastos da Lacta com publicidade caíram 8,45% no período.
Analistas do setor dizem que em mercados muito concentrados é comum haver queda de gastos publicitários devido à redução do espaço para a concorrência.
Recurso
No recurso encaminhado ao Cade, a Nestlé se dispôs a vender parte das marcas de chocolates das duas empresas a terceiros, para poder ficar com a Garoto. Ela venderia uma fatia de 10% do setor de tabletes, barras, bombons, candy bar, caixas mistas e ovos de Páscoa. E mais 20% dos chocolates para coberturas.
No entanto, como a Nestlé não divulgou, ainda, quais marcas serão vendidas, alguns fabricantes de chocolate interessados no negócio temem que ela se desfaça apenas de produtos sem grande penetração de mercado. Tais itens não sobreviveriam nas prateleiras sem os atuais sobrenomes.
A Nestlé foi procurada pela Folha para que esclarecesse quais as linhas de chocolates que serão postas à venda, mas a empresa informou por meio de sua assessoria que não se manifestará antes da decisão do Cade.
A partir do dia 19 muda a composição do órgão: assumem a nova presidente, Elizabeth Farina, e três novos conselheiros --Ricardo Villas Boas Cueva, Luiz Carlos Thadeu Delorme Prado e Cleveland Prates Teixeira.
Especial
Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre a negociação envolvendo a Nestlé e a Garoto
Cade julga hoje novo recurso para reverter veto à compra da Garoto
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JULIANA SOFIA
da Folha de S.Paulo, em SP e Brasília
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) julgará hoje o pedido da Nestlé para que reveja a decisão, tomada em fevereiro, que vetou a fusão da multinacional suíça com a Garoto. Esta será a última sessão com os atuais conselheiros do órgão, autores do veto.
A Procuradoria Geral do Cade já emitiu parecer contrário ao pedido da Nestlé para que o conselho reaprecie a decisão. No início de junho, o Ministério Público Federal manifestou-se a favor da reapreciação do caso.
Juntas, Nestlé e Garoto detêm 58,4% do mercado total de chocolates, segundo dados fornecidos pelos fabricantes à Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), referentes a 2001. A Lacta, controlada pela Kraft Foods, tem uma participação de 33,15%.
A concentração do setor após a compra da Garoto, em fevereiro de 2002, já repercute na redução dos gastos publicitários dos fabricantes de chocolate. Segundo pesquisa da revista Meio e Mensagem, os investimentos da Nestlé (com Garoto) encolheram 17,9% no ano passado em relação a 2002. Já os gastos da Lacta com publicidade caíram 8,45% no período.
Analistas do setor dizem que em mercados muito concentrados é comum haver queda de gastos publicitários devido à redução do espaço para a concorrência.
Recurso
No recurso encaminhado ao Cade, a Nestlé se dispôs a vender parte das marcas de chocolates das duas empresas a terceiros, para poder ficar com a Garoto. Ela venderia uma fatia de 10% do setor de tabletes, barras, bombons, candy bar, caixas mistas e ovos de Páscoa. E mais 20% dos chocolates para coberturas.
No entanto, como a Nestlé não divulgou, ainda, quais marcas serão vendidas, alguns fabricantes de chocolate interessados no negócio temem que ela se desfaça apenas de produtos sem grande penetração de mercado. Tais itens não sobreviveriam nas prateleiras sem os atuais sobrenomes.
A Nestlé foi procurada pela Folha para que esclarecesse quais as linhas de chocolates que serão postas à venda, mas a empresa informou por meio de sua assessoria que não se manifestará antes da decisão do Cade.
A partir do dia 19 muda a composição do órgão: assumem a nova presidente, Elizabeth Farina, e três novos conselheiros --Ricardo Villas Boas Cueva, Luiz Carlos Thadeu Delorme Prado e Cleveland Prates Teixeira.
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