Publicidade
Publicidade
19/07/2004
-
20h26
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
Terminou sem sucesso a última rodada de negociações entre empresários brasileiros e argentinos sobre a venda de eletrodomésticos produzidos no Brasil. Retomada hoje, a negociação envolvia a venda de lavadoras de roupa produzidas no Brasil para a Argentina.
Em nota oficial, a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) informou que não foi aceita a proposta de restrição de volumes de exportação apresentada pela Argentina.
A proposta restringia a 50 mil unidades o volume de exportações de lavadoras brasileiras para a Argentina no período entre julho e dezembro de 2004.
"A pretendida auto-limitação é impossível de ser aceita por parte dos fabricantes brasileiros por representar uma ameaça de indesejável desemprego, cancelamento de contratos de compras de insumos, entre outras conseqüências negativas", diz a Eletros em nota oficial.
Na nota, os fabricantes de eletrodomésticos informa ainda que os argentinos querem delimitar a participação brasileira nas vendas do país vizinho a 35%, mantendo 13% de mercado para fornecedores de terceiros países.
"A Eletros espera que o governo brasileiro adote as ações políticas necessárias para evitar a aplicação da resolução 444, por se tratar de uma infração ao Tratado de Assunção, em função da alteração das regras do jogo de comércio de forma unilateral", diz a Eletros.
Segundo a associação, "esses acordos voluntários restritivos distorcem o foco da verdadeira discussão entre os países e colocam nas mãos do setor empresarial brasileiro uma solução que não lhe compete".
Na semana passada, quando a reunião sobre lavadoras de roupa foi iniciada, os argentinos chegaram a dizer que esse seria o mais difícil dos acordos, já que as empresas brasileiras resistem em reduzir sua participação no mercado, estimada em cerca de 50%.
Geladeiras e fogões
Empresários brasileiros e argentinos conseguiram chegar a entendimento sobre as restrições da Argentina à importação de geladeiras e fogões.
Segundo a Eletros, foram fechados acordos para a venda de fogões e geladeiras.
O acordo de fogões limita as exportações brasileiras em 90 mil unidades em 2004. Para 2005, as exportações estão limitadas a 47,5 mil unidades no primeiro semestre.
No setor de geladeiras, adotou-se uma medida de transição, que prevê a criação de um grupo de trabalho por 60 dias (agosto e setembro) para determinar a dimensão do mercado consumidor argentino e seu crescimento.
Durante este período, para não interromper o fluxo de comércio entre os dois países, o Brasil poderá exportar 42.370 unidades, não contando as embarcadas até 19 de julho.
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre as barreiras comerciais da Argentina
Brasileiros rejeitam proposta da Argentina de limitar venda de lavadoras
Publicidade
da Folha Online
Terminou sem sucesso a última rodada de negociações entre empresários brasileiros e argentinos sobre a venda de eletrodomésticos produzidos no Brasil. Retomada hoje, a negociação envolvia a venda de lavadoras de roupa produzidas no Brasil para a Argentina.
Em nota oficial, a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) informou que não foi aceita a proposta de restrição de volumes de exportação apresentada pela Argentina.
A proposta restringia a 50 mil unidades o volume de exportações de lavadoras brasileiras para a Argentina no período entre julho e dezembro de 2004.
"A pretendida auto-limitação é impossível de ser aceita por parte dos fabricantes brasileiros por representar uma ameaça de indesejável desemprego, cancelamento de contratos de compras de insumos, entre outras conseqüências negativas", diz a Eletros em nota oficial.
Na nota, os fabricantes de eletrodomésticos informa ainda que os argentinos querem delimitar a participação brasileira nas vendas do país vizinho a 35%, mantendo 13% de mercado para fornecedores de terceiros países.
"A Eletros espera que o governo brasileiro adote as ações políticas necessárias para evitar a aplicação da resolução 444, por se tratar de uma infração ao Tratado de Assunção, em função da alteração das regras do jogo de comércio de forma unilateral", diz a Eletros.
Segundo a associação, "esses acordos voluntários restritivos distorcem o foco da verdadeira discussão entre os países e colocam nas mãos do setor empresarial brasileiro uma solução que não lhe compete".
Na semana passada, quando a reunião sobre lavadoras de roupa foi iniciada, os argentinos chegaram a dizer que esse seria o mais difícil dos acordos, já que as empresas brasileiras resistem em reduzir sua participação no mercado, estimada em cerca de 50%.
Geladeiras e fogões
Empresários brasileiros e argentinos conseguiram chegar a entendimento sobre as restrições da Argentina à importação de geladeiras e fogões.
Segundo a Eletros, foram fechados acordos para a venda de fogões e geladeiras.
O acordo de fogões limita as exportações brasileiras em 90 mil unidades em 2004. Para 2005, as exportações estão limitadas a 47,5 mil unidades no primeiro semestre.
No setor de geladeiras, adotou-se uma medida de transição, que prevê a criação de um grupo de trabalho por 60 dias (agosto e setembro) para determinar a dimensão do mercado consumidor argentino e seu crescimento.
Durante este período, para não interromper o fluxo de comércio entre os dois países, o Brasil poderá exportar 42.370 unidades, não contando as embarcadas até 19 de julho.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice