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26/07/2004 - 13h33

BNDES diz que oferta do Poupação deve atingir R$ 500 mi a R$ 1 bi

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IVONE PORTES
da Folha Online, no Rio

O Poupação, novo produto para o mercado de ações que deve ser lançado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ainda está em estudo, segundo o diretor-financeiro do banco estatal, Marcio Henrique Monteiro de Castro.

De acordo com ele, o objetivo do banco com produtos como o PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa), composto por ações de diversas empresas, e o Poupação é "usar o mercado de capitais para descentralizar a propriedade de capital".

Castro informou que o Poupação ainda não tem formato definido, mas que a oferta deve girar entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão. O produto deve ser voltado exclusivamente para investidor pessoa física e garantirá, no mínimo, o rendimento da poupança. O banco estuda também a possibilidade de o trabalhador utilizar recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para aplicar no Poupação.

A idéia de criar esse novo produto, segundo ele, surgiu após a operação de lançamento do PIBB, que apesar ter uma adesão menor do que se esperava pequeno investidor, foi considerada "bastante satisfatória".

"O resultado [do lançamento do PIBB] nos encorajou a pensar em outras operações visando esse público [pessoa física]", disse Castro, se referindo ao Poupação.

O BNDES captou cerca de R$ 600 milhões com a venda de aproximadamente 22,8 milhões de cotas do novo fundo, no valor de R$ 26,29 cada, preço de desconto. A demanda do varejo somou R$ 304 milhões, mas a expectativa do banco era que a procura por pequenos investidores atingisse todo o montante ofertado. O banco chegou até a aumentar em um dia o prazo para a operação.

A demanda pelo novo fundo do BNDES, de acordo com Castro, superou R$ 1,5 bilhões, incluindo grandes investidores. No entanto, o banco limitou a oferta a R$ 600 milhões, como previsto inicialmente, por causa do preço. Ou seja, se fosse atender toda a demanda, o BNDES teria que oferecer as cotas do PIBB com deságio superior a 1%.

"Nós, do BNDES, esperávamos participação maior dos pequenos investidores. Eu acho que os bancos não conseguiram vender o produto porque não é fácil virar para as pessoas e vender um índice, embora seja composto pelas maiores empresas do país", afirmou.

Para ele, a operação foi um sucesso, pois supera a adesão de investidores pessoas físicas nas últimas emissões de ações feitas por empresas. O superintendente da área financeira do BNDES, José Roberto Fiorencio, citou como exemplo as emissões realizadas pela ALL (América Latina Logística), da companhia aérea Gol, da Natura e da VCP (Votorantim Celulose e Papel). Segundo dados de Fiorencio, o pequeno investidor aplicou R$ 107 milhões nas ações ALL, R$ 88 milhões na Gol, R$ 128 milhões na Natura e R$ 58 milhões na VCP.

Além disso, a cota do PIBB abriu hoje no mercado com alta superior a 2%, a R$ 26,90.

Remanejamento

Sobre o remanejamento realizado no BNDES, Castro afirmou que a saída de Roberto Timótheo da Costa da diretoria financeira e o afastamento do chefe do departamento do mercado de capitais do banco, Sérgio Weguelling, não tiveram relação com a operação de lançamento do PIBB e que é comum haver uma rotatividade dentro do banco.

"Assumi a área [financeira] porque o Thimótheo tinha programado férias e temos um rodízio de áreas dentro do banco."

Especial
  • Arquivo: veja o que já foi publicado sobre o PIBB

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