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28/07/2004 - 17h45

Dólar cai com demissão de Candiota e indicadores americanos

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JANAINA LAGE
da Folha Online

A demissão do diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Augusto Candiota, trouxe tranqüilidade para o mercado de câmbio.

A moeda americana fechou em baixa de 0,32%, a R$ 3,054. Analistas afirmam que embora já existissem rumores sobre a saída de Candiota, a notícia teve uma repercussão positiva.

Na última sexta-feira, uma reportagem da revista "Isto É" informou que Candiota e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, estão sendo investigados pelo Ministério Público e pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Banestado por suspeita de sonegação, omissão fiscal e evasão de divisas.

Para o analista do banco Rabobank, Jorge Kattar, o mercado absorveu a mudança com tranqüilidade. "Há uma percepção de que estas denúncias não têm um peso político forte, é um problema de um funcionário do Banco Central, uma instituição que tende a trabalhar cada vez mais de forma autônoma", afirma.

Segundo Sandra Utsumi, economista-chefe do BES Investimento, independente da comprovação das denúncias, a saída de Candiota traz alívio para o mercado e ajuda a reparar a imagem do BC. "Pelo menos agora não é um membro do BC que está sob o foco das investigações", diz.

Meirelles e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, indicaram Rodrigo Telles de Rocha Azevedo para a direção de Política Monetária. Ele foi analista da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo e desde 1994 ocupava o cargo de diretor-executivo do Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston.

Bens duráveis

O aumento de 0,7% nas vendas de bens duráveis decepcionou investidores. Analistas esperavam um crescimento da ordem de 1,4%. Com isso, a expectativa por um aumento mais agressivo da taxa de juros nos EUA diminuiu. "Muita gente se posicionou com a perspectiva de um resultado mais forte", afirma Kattar.

Petróleo

O avanço do preço do petróleo em razão do temor quanto ao fornecimento do produto e da interrupção nas vendas da Yukos contribuiu para que a moeda americana não registrasse uma queda mais acentuada.

O preço do barril chegou a bater US$ 43,05, o maior preço desde que começou a ser negociado na Bolsa Mercantil de Nova York. A Yukos anunciou hoje que a extração e venda de sua produção (de 1,7 milhão de barris por dia) poderá ser interrompida nos próximos dias.

Três unidades de produção da Yukos receberam ordem judicial "proibindo toda operação que afete o atual estado dos bens da empresa", segundo carta enviada pela Yukos ao ministro da Justiça russo, Yuri Shaika, informou a agência de notícias Interfax.

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