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29/07/2004 - 17h43

Rumor de mudança no rating e indicadores levam dólar a R$ 3,037

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JANAINA LAGE
da Folha Online

O fraco desempenho do mercado de trabalho norte-americano e os rumores de uma mudança no rating (nota de crédito) do país levaram o dólar a registrar a terceira queda consecutiva.

Em dia de otimismo no mercado de câmbio, a moeda americana recuou 0,55% e fechou cotada a R$ 3,037.

O número de pedidos de auxílio desemprego nos EUA aumentou em 4 mil na semana encerrada em 24 de julho. Foram registrados 345 mil pedidos, de acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA. Na semana anterior, houve uma queda de 9 mil pedidos. A fraca recuperação do mercado de trabalho norte-americano afasta o temor de uma elevação agressiva dos juros nos EUA.

Para o sócio-diretor da Pioneer Corretora de Câmbio, a ação de exportadores e a perspectiva de um aumento gradual dos juros nos EUA deram o tom dos negócios nesta quinta-feira. "Hoje foram negociados lotes grandes de exportação e o volume negociado aumentou", afirma.

Rating

Os títulos da dívida externa do Brasil se valorizam nesta quinta-feira. No fim da tarde, o C-Bond avançava 0,66%, para US$ 0,94. Com a alta dos papéis, o risco-país voltou a ficar abaixo de 600 pontos. No mesmo horário, o indicador cedia 3,27%, a 591 pontos. Há o rumor de que uma agência de classificação de risco pode melhorar em breve sua avaliação sobre a economia do país.

Em tese, uma melhora do chamado "rating soberano" (nota que mede o risco de calote de um título emitido por um governo) favorece a tomada de empréstimos no exterior, pois sinaliza uma chance menor de moratória na dívida.

O vice-presidente executivo de tesouraria do banco alemão WestLB, Flávio Farah, descarta a confirmação do rumor. "Apesar de estarmos surpreendendo com o superávit da balança comercial e com a melhora no perfil da dívida, acredito que as agências vão esperar a definição da contribuição dos inativos, prevista para agosto, antes de realizar mudanças", diz.

Hoje, o Tesouro informou que o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) teve um superávit primário (receita menos despesas, excluídos os juros) de R$ 5,533 bilhões em junho. No ano, o saldo acumulado é de R$ 34,179 bilhões, contra R$ 29,289 bilhões acumulados no mesmo período do ano passado.

Copom

A ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) adiou as previsões de novos cortes na taxa de juros. Segundo analistas, o BC deixou claro que pode aumentar a taxa caso os índices de inflação continuem em alta.

Segundo o analista da corretora Didier Levy, Júlio César Vogeler, a ata não pegou o mercado de câmbio de surpresa. "Todo mundo já estava falando em manutenção dos juros em 16% há um bom tempo", diz.

Especial
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