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29/07/2004 - 20h24

Risco Brasil fecha abaixo dos 600 pontos

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JANAINA LAGE
da Folha Online

Os rumores sobre uma possível elevação do rating (nota de crédito) do Brasil deu novo fôlego aos papéis da dívida externa. Com isso, o risco Brasil voltou a fechar abaixo dos 600 pontos.

Nesta quinta-feira, o indicador da confiança dos investidores estrangeiros na capacidade de pagamento do país fechou aos 590 pontos, com queda de 3,28%. Este é o menor patamar desde o último dia 20.

Em tese, uma melhora do chamado "rating soberano" (nota que mede o risco de calote de um título emitido por um governo) favorece a tomada de empréstimos no exterior, pois sinaliza uma chance menor de moratória na dívida.

O vice-presidente executivo de tesouraria do banco alemão WestLB, Flávio Farah, descarta a confirmação do rumor. "Apesar de estarmos surpreendendo com o superávit da balança comercial e com a melhora no perfil da dívida, acredito que as agências vão esperar a definição da contribuição dos inativos, prevista para agosto, antes de realizar mudanças", diz.

Na última semana, o fraco desempenho das Bolsas americanas e o avanço do preço do petróleo aumentaram a cautela entre os investidores. No cenário doméstico, o escândalo de espionagem da Brasil Telecom e as denúncias envolvendo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ex-diretor de Política Monetária, Luiz Augusto Candiota, prejudicaram a avaliação do país.

C-Bond

Os títulos da dívida fecharam em alta. O C-Bond avançou 0,80%, para 94,125% do seu valor de face. O Global 40 subiu 0,87%, para 97,7% do seu valor de face.

Indicadores econômicos positivos como a recuperação da produção industrial, das vendas do comércio, o recuo do desemprego, a arrecadação recorde de impostos e o avanço do saldo positivo da balança comercial contribuíram para aumentar o interesse dos investidores pelos papéis brasileiros.

Além disso, dados fracos do mercado de trabalho nos EUA afastaram o temor de um aumento mais agressivo dos juros nos EUA, o que poderia reduzir o apetite dos investidores por papéis emergentes.

O número de pedidos de auxílio desemprego nos EUA aumentou em 4 mil na semana encerrada em 24 de julho. Foram registrados 345 mil pedidos, de acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA. Na semana anterior, houve uma queda de 9 mil pedidos.

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