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05/08/2004
-
18h31
JANAINA LAGE
da Folha Online
O mercado de câmbio registrou a quarta alta consecutiva em agosto com mais um recorde no preço do petróleo e a piora no cenário interno com novas denúncias contra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
A moeda americana encerrou os negócios cotada a R$ 3,071, com alta de 0,52%. Na máxima do dia, o dólar chegou a ser cotado a R$ 3,079. O barril do petróleo atingiu os US$ 44,41, a maior cotação desde que começou a ser negociado em Nova York.
A petrolífera Yukos voltou a preocupar investidores depois que o governo russo proibiu a empresa de usar recursos de contas bloqueadas devido a uma dívida em impostos no valor de US$ 3,4 bilhões. Ontem, o preço do petróleo havia recuado após autoridades permitirem que a Yukos acessasse as contas para continuar financiando sua produção.
Meirelles
Novas denúncias contra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, trouxeram ainda mais tensão para o mercado de câmbio. Nesta tarde, a revista "Veja" divulgou, em seu site, que o presidente do BC tem uma conta não-declarada no exterior e que movimentou pouco mais de US$ 50 mil para uma outra conta de doleiros investigados pela CPI do Banestado por suspeita de lavagem de dinheiro.
Segundo o analista de câmbio do banco Rendimento, Hélio Ozaki, depois de tantas denúncias, a grande dúvida agora é quem pode substituir o presidente do BC caso ele peça demissão. "Os últimos diretores da instituição têm passado por crises e cobranças muito fortes, o mercado começa a questionar a condução da política econômica no futuro", diz. Para Ozaki, o mercado teme que, caso Meirelles peça para sair do cargo, o próximo presidente do BC não tenha um perfil de profissional do mercado.
O risco-país também refletiu a mudança de humor do mercado. O indicador da confiança do investidor brasileiro na economia brasileira registrou alta de 2,67%, para 614 pontos no fim da tarde. O principal título da dívida externa brasileira, o C-Bond, recuava 1,12% no mesmo horário, para 93,25% do seu valor de face.
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre os preços do petróleo
Acompanhe a cotação do dólar durante o dia
Dólar sobe 0,52% com novas denúncias e avanço do petróleo
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O mercado de câmbio registrou a quarta alta consecutiva em agosto com mais um recorde no preço do petróleo e a piora no cenário interno com novas denúncias contra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
A moeda americana encerrou os negócios cotada a R$ 3,071, com alta de 0,52%. Na máxima do dia, o dólar chegou a ser cotado a R$ 3,079. O barril do petróleo atingiu os US$ 44,41, a maior cotação desde que começou a ser negociado em Nova York.
A petrolífera Yukos voltou a preocupar investidores depois que o governo russo proibiu a empresa de usar recursos de contas bloqueadas devido a uma dívida em impostos no valor de US$ 3,4 bilhões. Ontem, o preço do petróleo havia recuado após autoridades permitirem que a Yukos acessasse as contas para continuar financiando sua produção.
Meirelles
Novas denúncias contra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, trouxeram ainda mais tensão para o mercado de câmbio. Nesta tarde, a revista "Veja" divulgou, em seu site, que o presidente do BC tem uma conta não-declarada no exterior e que movimentou pouco mais de US$ 50 mil para uma outra conta de doleiros investigados pela CPI do Banestado por suspeita de lavagem de dinheiro.
Segundo o analista de câmbio do banco Rendimento, Hélio Ozaki, depois de tantas denúncias, a grande dúvida agora é quem pode substituir o presidente do BC caso ele peça demissão. "Os últimos diretores da instituição têm passado por crises e cobranças muito fortes, o mercado começa a questionar a condução da política econômica no futuro", diz. Para Ozaki, o mercado teme que, caso Meirelles peça para sair do cargo, o próximo presidente do BC não tenha um perfil de profissional do mercado.
O risco-país também refletiu a mudança de humor do mercado. O indicador da confiança do investidor brasileiro na economia brasileira registrou alta de 2,67%, para 614 pontos no fim da tarde. O principal título da dívida externa brasileira, o C-Bond, recuava 1,12% no mesmo horário, para 93,25% do seu valor de face.
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