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11/08/2004 - 17h27

Vencimento de dívida pressiona cotações e dólar sobe 0,29%

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JANAINA LAGE
da Folha Online

A tentativa de elevar os ganhos no vencimento de uma dívida cambial de US$ 1,529 bilhão previsto para amanhã pressionou as cotações nesta quarta-feira.

A moeda americana encerrou os negócios cotada a R$ 3,038, com alta de 0,29%. Na semana passada, o Banco Central renovou cerca de 18,4% do total da dívida. Durante a manhã, as tesourarias tentaram "inflar" as cotações a fim de elevar a Ptax (média oficial do dólar). Ela será utilizada na remuneração dos investidores.

De janeiro a maio, o BC realizou apenas resgates integrais de dívidas atreladas ao dólar. Em junho, o BC retomou a estratégia de renovar uma parte das dívidas em razão do aumento da procura por "hedge" (proteção contra o sobe-e-desce da moeda) com a piora no cenário externo.

A briga para formação da Ptax pôs fim ao otimismo no mercado de câmbio, após o aumento dos juros nos EUA em linha com as expectativas. Ontem, a moeda americana encerrou em baixa de 0,36% depois que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) elevou a taxa para 1,5% ao ano.

Petróleo

Mesmo depois da promessa de aumento da produção na Arábia Saudita, os preços do petróleo no mercado internacional continuaram a preocupar os investidores.

O ministro saudita do Petróleo, Ali al Nuaimi, afirmou hoje que a Arábia Saudita está preparada para aumentar imediatamente sua produção em 1,3 milhão de barris por dia se for necessário para abastecer o mercado interno e atender a uma eventual escassez no mercado mundial.

"O preço não refletiu essa perspectiva de melhora", afirma o chefe da mesa de câmbio do banco ING, Alexandre Vasarhely. Apesar da notícia positiva, as cotações continuaram acima dos US$ 44.

Juros

Para o analista do banco Rabobank, Jorge Kattar, o dólar deve continuar a operar com baixa volatilidade, apesar das preocupações com o crescimento da economia mundial em razão da escalada do petróleo.

Segundo o analista, os únicos fatores capazes de pressionar as cotações acima da faixa de R$ 3,02 a R$ 3,10 são o resultado do julgamento da contribuição dos inativos, previsto para a próxima semana, e um possível aumento dos juros até o fim do ano.

"Parte do mercado já trabalha com a hipótese de juros maiores do que 16% no fim de 2004", afirma Kattar. Para o analista, a preocupação com a meta de inflação do próximo ano poderia levar o Copom (Comitê de Política Monetária) a optar por um novo aumento da Selic.

Hoje, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou alta de 0,91% em julho, o maior valor desde abril de 2003. O resultado veio em linha com as expectativas de analistas. No ano, o IPCA acumula alta de 4,42%. A meta de inflação para este ano é de 5,5%, com margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais.

Especial
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