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14/08/2004
-
08h17
ELAINE COTTA
da Folha Online
A Embratel deu início a um processo de reestruturação operacional e demitiu pelo menos 1.300 funcionários, segundo o Sinttel (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro).
A reestruturação acontece em menos de um mês após a mexicana Telmex assumir oficialmente o controle da maior operadora de telefonia de longa distância do país. A Telmex admitiu as "mudanças", mas evitou confirmar o número do corte.
A operadora tem cerca de 15 mil funcionários. Se confirmadas as demissões, a redução no quadro funcional será da ordem de 8%.
Em 1998, logo após a privatização, a Embratel foi a primeira telefônica a enxugar a folha de pagamentos. Na época, a empresa promoveu um programa de demissão voluntária, que resultou no desligamento de 1.500 empregados --15,43% do total.
A empresa foi comprada pela MCI, ex-WorldCom, por R$ 2,65 bilhões durante o programa de privatização do sistema Telebrás.
Desligamento
Na sexta-feira da semana passada, a então vice-presidente de Marketing e Assuntos Externos, Purificación Carpinteyro, uma das principais executivas da Embratel, anunciou o seu desligamento da empresa.
O pedidos de demissão do então presidente, Jorge Luís Rodriguez, e sua vice, Cláudia de Azerêdo Santos, haviam sido entregues em junho --antes da entrada dos mexicanos na administração.
A venda da operadora para Telmex foi oficializada no dia 23 de julho deste ano. Os mexicanos pagaram US$ 400 milhões pela Embratel.
A compra causou polêmica e precisou ser aprovada pela Corte de Falência de Nova York, pois a ex-controladora, a americana MCI, estava em concordata quando anunciou a venda, em dezembro de 2003.
Negociação
Na próxima segunda-feira, o presidente da Fittel (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações), José Zunga, se reúne com o presidente da Embratel, Carlos Moreira, para tentar negociar a recontratação dos demitidos.
"Vamos tentar revogar as demissões e acredito que exista essa possibilidade", disse o sindicalista Zunga.
Ele, no entanto, não descartou a possibilidade de recorrer ao ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, caso o encontro não surta o resultado esperado.
Manifestação
Em protesto às demissões, o Sinttel organiza para a próxima segunda-feira manifestações nas portas dos principais edifícios da empresa no Rio do Janeiro.
"Primeiro vamos tentar negociar diretamente com a empresa. Mas, se isso não der certo, vamos recorrer ao ministro e à Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações]", disse Zunga.
A assessoria de imprensa da Embratel não confirmou a reunião com o sindicalista.
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Embratel demite 1.300, diz sindicato
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da Folha Online
A Embratel deu início a um processo de reestruturação operacional e demitiu pelo menos 1.300 funcionários, segundo o Sinttel (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro).
A reestruturação acontece em menos de um mês após a mexicana Telmex assumir oficialmente o controle da maior operadora de telefonia de longa distância do país. A Telmex admitiu as "mudanças", mas evitou confirmar o número do corte.
A operadora tem cerca de 15 mil funcionários. Se confirmadas as demissões, a redução no quadro funcional será da ordem de 8%.
Em 1998, logo após a privatização, a Embratel foi a primeira telefônica a enxugar a folha de pagamentos. Na época, a empresa promoveu um programa de demissão voluntária, que resultou no desligamento de 1.500 empregados --15,43% do total.
A empresa foi comprada pela MCI, ex-WorldCom, por R$ 2,65 bilhões durante o programa de privatização do sistema Telebrás.
Desligamento
Na sexta-feira da semana passada, a então vice-presidente de Marketing e Assuntos Externos, Purificación Carpinteyro, uma das principais executivas da Embratel, anunciou o seu desligamento da empresa.
O pedidos de demissão do então presidente, Jorge Luís Rodriguez, e sua vice, Cláudia de Azerêdo Santos, haviam sido entregues em junho --antes da entrada dos mexicanos na administração.
A venda da operadora para Telmex foi oficializada no dia 23 de julho deste ano. Os mexicanos pagaram US$ 400 milhões pela Embratel.
A compra causou polêmica e precisou ser aprovada pela Corte de Falência de Nova York, pois a ex-controladora, a americana MCI, estava em concordata quando anunciou a venda, em dezembro de 2003.
Negociação
Na próxima segunda-feira, o presidente da Fittel (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações), José Zunga, se reúne com o presidente da Embratel, Carlos Moreira, para tentar negociar a recontratação dos demitidos.
"Vamos tentar revogar as demissões e acredito que exista essa possibilidade", disse o sindicalista Zunga.
Ele, no entanto, não descartou a possibilidade de recorrer ao ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, caso o encontro não surta o resultado esperado.
Manifestação
Em protesto às demissões, o Sinttel organiza para a próxima segunda-feira manifestações nas portas dos principais edifícios da empresa no Rio do Janeiro.
"Primeiro vamos tentar negociar diretamente com a empresa. Mas, se isso não der certo, vamos recorrer ao ministro e à Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações]", disse Zunga.
A assessoria de imprensa da Embratel não confirmou a reunião com o sindicalista.
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