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16/08/2004 - 17h54

Dólar fecha a R$ 3,008, menor nível em quase um mês

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JANAINA LAGE
da Folha Online

A queda nos preços do petróleo no mercado internacional após a vitória do presidente Hugo Chávez no primeiro referendo revogatório da história da Venezuela trouxe tranqüilidade para o mercado de câmbio. Havia o temor de que, caso a oposição ganhasse, as exportações de petróleo fossem paralisadas. Em Nova York, o barril fechou cotado a US$ 46,05, em baixa de 1,13%.

A moeda americana encerrou os negócios a R$ 3,008, em baixa de 0,43%. Este é o menor patamar desde o dia 20 de julho. Analistas citaram o ingresso de recursos como um dos fatores que contribuíram para a terceira queda consecutiva do dólar. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, o superávit da balança comercial no acumulado do ano chega a US$ 20,248 bilhões no ano, o que representa um crescimento de 55,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

A mudança nas expectativas de inflação também aumentou o otimismo entre os investidores. Pela primeira vez em 13 semanas, o mercado reduziu a projeção para o índice oficial de inflação, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A previsão para o indicador caiu de 7,20% para 7,16%.

Nesta semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia a nova taxa básica de juros. A maioria do mercado aposta em manutenção da Selic em 16% ao ano. "Todo mundo espera manutenção, mas depois da ata da última reunião, o mercado deve ficar de olho", afirma Júlio César Vogeler, analista da corretora de câmbio Didier Levy.

Inativos

Apesar do otimismo no mercado de câmbio, analistas ainda são reticentes quanto à perspectiva do dólar manter-se próxima dos R$ 3. Nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar o julgamento sobre a constitucionalidade da contribuição dos inativos. Quando o julgamento foi interrompido, o governo perdia por 2 votos a 1.

Esta é a principal mudança aprovada pela reforma da Previdência em 2003. Os membros do tribunal, composto por 11 ministros, não têm uma posição uniforme a respeito da questão.

As atenções do mercado devem se concentrar no resultado. Segundo Vogeler, caso a contribuição não seja aprovada, deverá haver um impacto no superávit fiscal. Em relatório, o Unibanco afirma que caso a medida seja considerada inconstitucional haverá uma piora da situação fiscal por queda da arrecadação e por aumento da dívida pública.

O banco destaca que pode haver uma mudança na percepção de risco associada ao país já que nem mesmo uma emenda constitucional seria capaz de resolver parcialmente o problema da previdência pública no país. No fim da tarde, o risco-país operava em baixa de 1,59%, aos 554 pontos.

Especial
  • Arquivo: veja o que já foi publicado sobre a contribuição dos inativos à Previdência
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